O carcinoma de células escamosas é um tipo de câncer que surge na camada mais superficial da pele, e que normalmente aparece nas regiões do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço, braços ou pernas.
Este tipo de câncer pode ser difícil de identificar, mas geralmente aparece como uma mancha rugosa ligeiramente avermelhada ou marrom que pode aumentar de tamanho ao longo do tempo ou causar o aparecimento de uma ferida que não cicatriza, por exemplo.
O tratamento para o carcinoma de células escamosas depende do tamanho, local e profundidade do tumor, idade da pessoa e condições gerais de saúde. Assim, é recomendado consultar um dermatologista sempre que se identifica uma mancha que não existia na pele, que vai crescendo ao longo do tempo ou que causa algum tipo de sintoma, como dor ou formigamento.
Principais sintomas
Os principais sintomas de carcinoma de células escamosas são:
- Nódulo firme e vermelho;
- Ferida com crosta escamosa;
- Dor e rugosidade em uma cicatriz ou úlcera antiga.
O carcinoma de células escamosas ocorre mais frequentemente na pele exposta ao sol, como o couro cabeludo, mãos, ouvidos ou lábios.
Além disso, pode também surgir uma mancha áspera e escamosa no lábio que pode evoluir para uma ferida aberta, uma úlcera dolorida ou áspera vermelho dentro da boca ou o surgimento de uma ferida semelhante a verrugas no ânus ou nos genitais.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico do carcinoma de células escamosas é feito pelo dermatologista a partir da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa e dos nódulos e feridas presentes na pele. Normalmente, pode ser feita a remoção de parte da lesão para ser avaliada em laboratório e, assim, ser possível confirmar o diagnóstico.
Marque uma consulta com o dermatologista mais próximo, usando a ferramenta a seguir, para que seja feita uma avaliação detalhada da pele:
Possíveis causas
O carcinoma de células escamosas da pele acontece principalmente devido à exposição crônica à luz solar, uso frequente de câmaras de bronzeamento artificial e possuir feridas na pele, já que o câncer pode aparecer em queimaduras, cicatrizes, úlceras, feridas mais antigas e em partes do corpo previamente expostas a raios-X ou a outros químicos.
Além disso, também pode se desenvolver a partir de infecções crônicas e inflamações na pele ou em pessoas com HIV, doenças auto-imunes ou pessoas que estejam a fazer ou tenham feito quimioterapia e certos medicamentos que tornam o sistema imunológico mais fraco, diminuindo a resistência a doenças e aumentando o risco de desenvolver câncer de pele.
Quem tem maior risco
Embora se pense que este tipo de câncer possa ser hereditário e surgir de forma espontânea, os casos em que existe maior tendência para desenvolver carcinoma das células escamosas são:
- Ter pele e cabelos claros ou olhos azuis, verdes ou acinzentados;
- Exposição ao sol frequente, principalmente nas horas mais quentes;
- Ter historia de carcinoma basocelular;
- Possuir uma doença chamada de xerodermia pigmentoso;
- Ter mais de 50 anos;
Além disso, esta doença é mais frequente em homens do que mulheres.
Como é feito o tratamento
O tratamento do carcinoma de células escamosas deve ser adaptado ao tipo, tamanho, local e profundidade do tumor, idade da pessoa e condições gerais de saúde, podendo ser recomendado pelo médico:
1. Cirurgia de Mohs
A cirurgia de Mohs consiste na remoção da parte visível do tumor, que é avaliado em laboratório. O procedimento vai sendo repetido até o ultimo tecido retirado estar livre de células tumorais. Depois da remoção, a ferida pode cicatrizar normalmente ou ser reconstruída com cirurgia plástica.
2. Cirurgia excisional
Com este procedimento, é removido todo o tecido com câncer, assim como uma borda de pele em torno da lesão, como margem de segurança. A ferida é fechada com pontos e o tecido retirado é enviado para análise, para verificar se todas as células cancerígenas foram removidas.
3. Curetagem e eletrodissecção
Neste procedimento, o câncer é raspado com um instrumento chamado de cureta, e depois é utilizada uma agulha eletro-cauterizadora que destrói as células malignas e controla o sangramento. Esse procedimento é geralmente repetido mais vezes, para assegurar que todas as células cancerígenas foram eliminadas.
Este procedimento não é considerado eficaz em carcinomas mais invasivos e agressivos ou câncer em áreas críticas, como pálpebras, genitais, lábios e orelhas.
4. Criocirurgia
Na criocirurgia, o tumor é destruído por congelamento do tecido com nitrogênio líquido, sem ser necessário cortes ou anestesia. O procedimento pode ter que ser repetido várias vezes, para que todas as células malignas sejam destruídas.
Este método não é muito usado para tratar cânceres mais invasivos, pois não é tão eficaz em regiões mais profundas do tumor.
5. Radioterapia
Neste procedimento são aplicados raios- X diretamente na lesão, sendo também desnecessária a anestesia ou corte, no entanto, é necessário realizar uma série de tratamentos, administrados várias vezes por um período de cerca de um mês.
A radioterapia é indicada para tumores difíceis de tratar através da cirurgia ou para situações em que esta não é recomendada.
6. Terapia fotodinâmica
A terapia fotodinâmica é mais usada em pessoas cujo câncer se desenvolve na face ou no couro cabeludo. Neste procedimento é utilizado o ácido 5-aminolevulínico, que é aplicado nas lesões e no dia seguinte é utilizada uma luz forte. Este tratamento destrói as células do carcinoma sem causar danos ao tecido normal.
7. Cirurgia a laser
Nesta técnica, é utilizado um laser que remove a camada externa da pele e quantidades variadas de pele mais profunda, sem que haja sangramento. Os riscos de cicatrizes e perda de pigmento são um pouco maiores do que em outras técnicas, e as taxas de recorrência são semelhantes às da terapia fotodinâmica.