Cateterismo: o que é, 14 tipos e possíveis riscos

Cateterismo é um procedimento médico em que um tubo de plástico, denominado de cateter, é inserido para o interior do corpo, como vaso sanguíneo, órgão ou cavidade corporal, com o objetivo de facilitar a passagem de sangue ou outros fluidos.

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O tipo de cateterismo mais frequentemente realizado é o cateterismo cardíaco, que é realizado para auxiliar o diagnóstico e o tratamento de doenças cardíacas, no entanto, também pode ser feito na bexiga, no umbigo ou no estômago, por exemplo.

Como qualquer outro procedimento médico, o cateterismo apresenta riscos, que variam de acordo com o local da colocação do cateter, sendo importante que a pessoa seja acompanhada por uma equipe de enfermagem com o objetivo de evitar possíveis complicações.

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Quando é indicado

O cateterismo é indicado nas seguintes situações:

  • AVC isquêmico;
  • Infarto, cardiomiopatias ou arritmias;
  • Retenção urinária aguda ou crônica;
  • Aplicação remédios ou soros intravenosos;
  • Monitoramento da pressão venosa central;
  • Medir a pressão nas câmaras cardíacas;
  • Alimentação ou retirada de fluidos do estômago ou do esôfago.

O tipo de cateterismo varia com a condição a ser tratada e é feita no hospital pelo médico ou equipe de enfermagem, em alguns casos.

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Tipos de cateterismo

Os principais tipos de cateterismo são:

1. Cateterismo cardíaco

O cateterismo cardíaco é feito pelo cardiologista inserindo um cateter através de uma artéria, de uma perna ou de um braço até o coração, sendo quase sempre, realizado com anestesia local associada ou não, à sedação.

Dependendo do objetivo, os cateteres podem ser utilizados para medir a pressão, observar o interior dos vasos sanguíneos, alargar uma válvula cardíaca ou desentupir uma artéria bloqueada.

É possível também, através da utilização de instrumentos introduzidos através do cateter se obter amostras de tecido do coração para biópsia.

2. Cateterismo vesical

O cateterismo vesical é a introdução de um cateter pela uretra, que chega até a bexiga com intenção de esvaziá-la.

Este procedimento pode ser realizado na preparação de cirurgias, no pós cirúrgico ou para verificar a quantidade de urina produzida pela pessoa.

O cateterismo vesical pode ser feito com dois tipos de sonda diferentes, a sonda de alívio e a sonda vesical de demora, o que varia com a condição a ser tratada. Saiba mais sobre o cateterismo vesical.

Leia também: Como cuidar da sonda vesical em casa tuasaude.com/como-cuidar-da-pessoa-com-sonda-vesical

3. Cateterismo umbilical

O cateterismo umbilical é feito introduzindo um cateter pelo umbigo para medir a pressão arterial, verificar a gasometria e outros procedimentos médicos.

Geralmente é realizado em bebês prematuros durante o tempo que estão na UTI neonatal, não sendo um procedimento de rotina, já que possui riscos.

4. Cateterismo nasogástrico

O cateterismo nasogástrico é caracterizado pela introdução de um tubo de plástico, o cateter, no nariz da pessoa e que chega até o seu estômago.

Esse procedimento pode ser feito para alimentação ou retirada de fluidos do estômago ou do esôfago e deve ser introduzido pelo médico ou enfermeiro e a posição do cateter deve ser confirmada com uma radiografia.

Leia também: Gastrostomia: o que é, como alimentar e cuidados com a sonda tuasaude.com/gastrostomia

5. Cateterismo venoso periférico

O cateterismo venoso periférico é feito pelo médico ou enfermeiro para puncionar uma veia, com o objetivo de aplicar soro ou remédios na veia.

6. Cateterismo venoso central

O cateterismo venoso central é feito pelo médico introduzindo um cateter totalmente implantável na veia jugular no pescoço, subclávia abaixo do ombro ou veia femoral na virilha ou perna.

Esse tipo de cateterismo normalmente é indicado nos casos de quimioterapia, hemodiálise, transfusão de sangue ou de hemoderivados ou nutrição parenteral, por exemplo.

Leia também: Nutrição parenteral: o que é, para que serve e como administrar tuasaude.com/nutricao-parenteral

7. Cateterismo pulmonar

O cateterismo da artéria pulmonar é feito introduzindo um cateter, chamado cateter de Swan-Ganz, na artéria pulmonar para monitorar a pressão no coração.

Esse tipo de cateterismo é muito utilizado em UTIs para monitorar os parâmetros hemodinâmicos.

Leia também: Hemodinâmica: o que é, para que serve (e exames) tuasaude.com/hemodinamica

8. Cateterismo peritoneal

O cateterismo peritoneal é feito pelo m édico introduzindo um cateter, chamado cateter de Tenckhoff, no cavidade peritoneal no abdômen.

Esse tipo de cateterismo normalmente é indicado para a diálise peritoneal em pessoas com insuficiência renal.

Leia também: Diálise peritoneal: o que é, como funciona e indicações tuasaude.com/dialise-peritoneal

Além disso, também existe um cateter intraperitoneal que é usado durante cirurgias para aplicar quimioterapia aquecida a uma temperatura de 40ºC a 43ºC diretamente na cavidade abdominal nos casos de câncer de ovário ou metástase de outros cânceres no abdômen. Saiba como é feita a quimioterapia.

9. Cateterismo epidural

O cateterismo epidural normalmente é feito introduzindo um cateter no espaço epidural, que fica na coluna vertebral.

Geralmente, esse tipo de cateterismo é feito para aplicar anestesia durante o parto ou cirurgias abdominais, pélvicas, nas pernas ou tórax, quando não existe necessidade de relaxamento muscular. Veja como é feita a anestesia epidural.

Além disso, o cateterismo epidural também pode ser feito para aplicação de analgésicos durante ou após cirurgias, conectado a uma bomba de infusão que libera a medicação em doses muito pequenas para aliviar a dor.

10. Cateterismo biliar

O cateterismo biliar é feito colocando um cateter dentro do ducto biliar para drenar a bile acumulada na vesícula biliar.

Esse tipo de cateterismo pode ser indicado quando existe alguma obstrução do ducto biliar, causado por pedras na vesícula, tumores, radioterapia ou quimioterapia, por exemplo.

11. Cateterismo de drenagem

O cateterismo de drenagem normalmente é indicado para drenar líquidos em cavidades do corpo nos casos de derrame pleural, abscessos ou após cirurgias.

Geralmente, é colocado um dreno no local que permanece por algum tempo, o que varia com a condição a ser tratada, drenando o pus e/ou sangue no local.

12. Cateterismo renal

O cateterismo renal pode ser feito pelo cirurgião urológico utilizando dois tipos de cateter diferentes para drenar a urina dos rins quando existe alguma obstrução nos ureteres ou ou rins.

Assim, pode ser colocado pelo médico o cateter duplo J, também chamado de stent uretérico, que possui duas pontas com furinhos, que ficam uma na pelve renal e outro na bexiga, drenando a urina acumulada no rim.

Leia também: Duplo J: o que é, para que serve, como é colocado (e retirada) tuasaude.com/duplo-j

O outro cateter é chamado de cateter de nefrostomia percutânea, que é colocado pelo médico dentro do rim, ligado a uma bolsa coletora externa para drenar a urina.

13. Cateterismo arterial

O cateterismo arterial é feito com a colocação de um cateter na artéria femoral na virilha ou braquial no braço.

Geralmente, esse tipo de cateterismo é indicado para monitorar a pressão arterial ou os níveis de oxigênio e gás carbônico na circulação.

14. Cateterismo cerebral

O cateterismo cerebral é feito nos casos de AVC isquêmico para desobstruir o vaso sanguíneo entupido por coágulos, e permitir a passagem do sangue para a região do cérebro afetada.

Esse tipo de cateterismo deve ser feito após 24 horas do aparecimento dos sintomas do AVC. Veja os principais sintomas de AVC.

Leia também: Cateterismo cerebral: o que é, para que serve e possíveis riscos tuasaude.com/cateterismo-cerebral

Riscos do cateterismo

Os principais riscos do cateterismo são:

  • Reações alérgicas;
  • Sangramentos ou hemorragias;
  • Obstrução do cateter;
  • Infecções;
  • Trombose.

Os cateteres normalmente são trocados periodicamente, sendo sempre realizada a assepsia do local.