Desmaio: o que é, sintomas, causas, tipos e o que fazer

Atualizado em outubro 2023

Desmaio é a perda total e transitória da consciência e do tônus postural, seguida de uma recuperação espontânea, e ocorre devido a diminuição do fluxo sanguíneo e oxigênio para o cérebro.

Geralmente, é possível perceber que vai desmaiar, pois alguns sintomas surgem antes do desmaio, como tontura, fraqueza, náusea ou visão turva, que podem ocorrer de forma repentina. 

O desmaio, chamado cientificamente de síncope, é um sintoma que pode ser causado por queda da pressão arterial, problemas cardíacos, jejum prolongado ou desidratação, devendo sempre ser avaliado pelo médico, para que seja indicado o tratamento de acordo com sua causa.

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Sintomas de desmaio

Os principais sintomas de desmaio são:

  • Tontura;
  • Palidez;
  • Visão turva ou embaçada;
  • Fraqueza;
  • Suor frio;
  • Náuseas ou ânsia de vômito.

Esses sintomas geralmente surgem de forma repentina antes da pessoa desmaiar e perder a consciência. No entanto, algumas pessoas podem não apresentar sintomas.

Durante o desmaio, a pessoa normalmente não perde o controle dos esfíncteres, ou seja, não urina ou defeca, e raramente apresenta enrijecimento do corpo.

Quanto tempo dura um desmaio?

O desmaio geralmente dura de 1 a 2 minutos, sendo seguido de uma recuperação espontânea completa.

Após o episódio de desmaio, pode-se sentir fraqueza generalizada e, raramente, confusão mental, como acontece em pessoas com crises convulsivas.

O que fazer no caso de um desmaio 

Ao identificar que uma pessoa desmaiou e está respirando normalmente, deve-se deitar a pessoa no chão, de barriga para cima e com as pernas elevadas, acima da altura do coração, para facilitar o fluxo sanguíneo para o cérebro. Veja como deve ser os primeiros socorros durante o desmaio.   

Caso a pessoa não esteja respirando ou não tenha batimentos cardíacos, deve-se lugar para o SAMU no número 192 e iniciar a massagem cardíaca até que a ambulância chegue. Saiba como fazer a massagem cardíaca corretamente.  

O que fazer se tiver sensação de desmaio

No caso da pessoa ter a sensação de desmaio, é recomendado deitar com as pernas levantadas acima da altura do coração, para facilitar o fluxo sanguíneo para o cérebro.

Caso não seja possível deitar, deve-se sentar, abaixar o tronco para frente, colocando a cabeça entre os joelhos.

É importante permanecer em uma dessas posições até que a sensação de desmaio passe.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do desmaio é feito pelo clínico geral através da avaliação dos sintomas e sua duração, assim como do histórico de saúde, de uso de remédios e das situações que possam ter levado ao episódio de desmaio.

Além disso, o médico deve solicitar exames cardiológicos e neurológicos para identificar a causa do desmaio.

Caso seja identificado algum problema cardíaco ou cerebral, a pessoa é encaminhada para o cardiologista ou neurologista para acompanhamento e tratamento adequado de acordo com a doença diagnosticada.

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Possíveis causas

O desmaio é causado por uma diminuição do fluxo sanguíneo e oxigênio para o cérebro.

As principais causas de desmaio são:

  • Diabetes ou hipoglicemia;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou de drogas​;
  • Gravidez;
  • Ansiedade ou crise de pânico;
  • Medo de injeções, exames de sangue ou animais;
  • Ficar em pé por tempo prolongado ou estar em lugares lotados com muitas pessoas;
  • Cansaço extremo ou estresse excessivo;
  • Problemas cardiopulmonares, como arritmias, cardiomiopatias, infarto ou embolia pulmonar.

Além disso, doenças cerebrovasculares, como AVC, aneurisma, estreitamento da artéria carótida ou doença da artéria basilar no cérebro, também podem provocar desmaio.

Outras causas de desmaio em crianças são anemia, desidratação, diarreia intensa, jejum prolongado ou altas doses de remédios anti-hipertensivos ou antidiabéticos, em idosos, por exemplo.

Tipos de desmaio

O desmaio pode ser classificado em alguns tipos de acordo com sua causa, sendo os principais:

1. Síncope vasovagal

A síncope vasovagal, também chamada de síncope neurocardiogênica, síncope reflexa, síncope neuromediada ou desmaio comum, é o tipo mais comum de desmaio.

Esse tipo de desmaio é causado por uma diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos por um estímulo inapropriado ao nervo vago, geralmente por causas emocionais, como ansiedade, estresse ou medo, mas também pode surgir devido a exercícios físicos intensos. Veja outras causas da síncope vasovagal.

2. Síncope postural ou ortostática

A síncope postural ou hipotensão ortostática ocorre quando há uma queda brusca da pressão arterial, que pode surgir por se levantar muito depressa, desidratação, diarreia, consumo excessivo de álcool, neuropatia periférica ou uso de remédios. Confira todas as causas da hipotensão ortostática.

3. Síncope situacional

A síncope situacional ocorre devido a um distúrbio do fluxo sanguíneo e do tônus vascular, provocado por tosse, defecação, deglutição, ao urinar ou após se alimentar.

4. Síncope cerebrovascular

A síncope cerebrovascular é causada por alterações nos vasos sanguíneos do cérebro, devido a AVC, aneurismas ou doença da artéria basilar no cérebro.

5. Síncope cardiogênica

Esse tipo de desmaio é causado por problemas no coração, como arritmias, cardiomiopatias, ruptura da aorta ou problemas em válvulas cardíacas, por exemplo.

Como é feito o tratamento

O tratamento do desmaio deve ser feito com orientação do clínico geral, e varia de acordo com sua causa.

No caso do desmaio ter sido causado por causas emocionais ou exercícios físicos intensos, o médico deve recomendar evitar os estímulos que possam causar o desmaio, e em alguns casos remédios como antidepressivos ou beta-bloqueadores, por exemplo.

Já no caso do desmaio ser causado por hipotensão ortostática, é recomendado levantar-se lentamente da cama ou da cadeira, usar meias de compressão e reavaliação do tratamento com remédios.

Quando o desmaio é causado por problemas cardíacos ou cerebrovasculares, o tratamento deve ser feito pelo cardiologista ou neurologista, de acordo com a doença diagnosticada, de forma a evitar os episódios de desmaio.