5 possíveis causas de Alzheimer

A doença de Alzheimer pode acontecer devido a alterações genéticas, acúmulo de proteínas anormais no cérebro, diminuição da liberação de acetilcolina pelos neurônios ou infecção pelo HSV-1. No entanto, as causas de Alzheimer ainda são bastante discutidas.

Foto doutora realizando uma consulta
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A doença de Alzheimer é um tipo de síndrome demencial que causa a morte de neurônios do cérebro e comprometimento das suas funções, como a memória, atenção, linguagem, orientação, percepção, raciocínio e pensamento. Conheça os principais sintomas da doença de Alzheimer.

Em caso de suspeita de Alzheimer é importante consultar um neurologista. O tratamento pode envolver medicamentos anticolinesterásicos, como rivastigmina ou memantina, fisioterapia e terapia ocupacional, por exemplo.

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Possíveis causas

As causas mais estudadas para a doença Alzheimer são:

1. Genética

Já foram identificadas mais de 20 alterações genéticas que afetam o funcionamento das células no cérebro, provocando inflamação e alterando metabolismo de substâncias, e aumentam o risco de Alzheimer. 

Acredita-se que quanto mais alterações existirem no DNA da pessoa, maior o risco de desenvolver a doença. Embora estas alterações normalmente surjam ao acaso, também podem ser transmitidas de pais para filhos. 

Além disso, sabe-se que mutações nos genes APP, PSEN1 e PSEN2, são responsáveis por casos raros de Alzheimer dentro de uma mesma família, especialmente em pessoas entre 40 e 50 anos. Nestes casos, existe 50% de chance da pessoa transmitir a doença para os filhos. Saiba se o Alzheimer pode ser hereditário.

2. Acúmulo de proteínas no cérebro

Observou-se que pessoas com a doença de Alzheimer têm um acúmulo anormal de proteínas, chamadas proteína beta-amiloide e proteína Tau, que causam inflamação, desorganização e destruição de neurônios, principalmente nas regiões do cérebro como o hipocampo e córtex.

Sabe-se que estas alterações podem ser influenciadas pelos genes que foram citados, entretanto, ainda não se descobriu o que causa este acúmulo exatamente, e nem o que fazer para impedi-lo, e, por isto, a cura do Alzheimer ainda não foi encontrada.

3. Diminuição do neurotransmissor acetilcolina

A acetilcolina é um neurotransmissor liberado pelos neurônios que tem um papel importante em funções cerebrais como aprendizado, memória e atenção, por exemplo, e está diminuído em pessoas com a doença de Alzheimer. 

Acredita-se que a perda de neurônios que liberam acetilcolina no cérebro em pessoas com esta doença seja responsável por alguns dos sintomas, mas ainda não se sabe a sua causa. 

Assim, no tratamento do Alzheimer, normalmente são indicados medicamentos, como a donepezila, galantamina e rivastigmina, que agem aumentando a quantidade de acetilcolina no cérebro.

4. Riscos do ambiente

Além das alterações genéticas, existem características do histórico de saúde que se acredita favorecer as alterações do funcionamento do cérebro, aumentando o risco de desenvolver a doença de Alzheimer, como:

  • Tabagismo;
  • Falta de atividade física; 
  • Colesterol elevado e aterosclerose, que é o acúmulo de gordura nos vasos;
  • Idade acima dos 65 anos;
  • Histórico de AVC ou traumatismo craniano, devido a acidentes ou prática de esportes, por exemplo;
  • Surdez;
  • Depressão.

Por estes motivos, uma importante forma de evitar o mal de Alzheimer é adotar hábitos saudáveis, preferindo uma alimentação rica em vegetais, com poucos produtos industrializados, além da prática de atividade física.

5. Vírus da herpes

Alguns estudos indicam que outra possível causa do Alzheimer é a infecção pelo vírus da herpes labial, o HSV-1, que pode entrar no organismo ainda durante a infância e permanecer adormecido no sistema nervoso, sendo reativado apenas em períodos de estresse e enfraquecimento do sistema imunológico.

Acredita-se que pessoas portadoras do gene APOE4 e do vírus HSV-1 possuem mais chances de ter Alzheimer e que, com o envelhecimento, ocorre o enfraquecimento do sistema imunológico, favorecendo a chegada do vírus ao cérebro e o acúmulo de proteínas anormais. 

Assim, os pesquisadores têm procurado opções de tratamento que possam ajudar a retardar os sintomas do Alzheimer ou até mesmo curar a doença através do uso de medicamentos antivirais, como o aciclovir.

Qual médico consultar

Em caso de suspeita de Alzheimer é recomendado consultar um neurologista, que pode realizar testes específicos para avaliar a memória e raciocínio e indicar exames, como a avaliação neuropsicológica ou ressonância magnética, para confirmar o diagnóstico. Veja como é feito o diagnóstico de Alzheimer.

Caso deseje marcar uma consulta, é possível encontrar o neurologista mais próximo de você utilizando a ferramenta abaixo:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Além disso, o neurologista pode indicar outros exames, como a dosagem de vitaminas e hormônios tireoidianos no sangue para descartar outras doenças que podem causar alterações da memória, como hipotireoidismo e deficiência de vitamina B12.

Tratamento para Alzheimer

A doença de Alzheimer não tem cura. No entanto, o tratamento pode diminuir os sintomas, podendo ser indicados medicamentos como donepezila, galantamina, rivastigmina ou memantina, de acordo com a orientação do médico. 

Além disso, também pode ser recomendado fazer fisioterapia, terapia ocupacional e psicoterapia, dependendo das dificuldades identificadas. Entenda melhor como é feito o tratamento para a doença de Alzheimer.