Gravidez de risco: o que é, sintomas, causas e cuidados

Gravidez de risco é a gestação que tem um risco aumentado de complicações para a mãe e o bebê, normalmente relacionada a alguma doença na mulher antes da gestação ou desenvolvimento de doenças durante a gravidez, ou durante ou após o parto.

Foto doutora realizando uma consulta
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Alguns fatores podem contribuir para a gravidez de risco, como idade menor que 17 anos ou maior que 35, doenças autoimunes, hábitos pouco saudáveis ou excesso de peso.

Quando é diagnosticada uma gravidez de risco, é importante seguir as orientações do obstetra e fazer todas as consultas de pré-natal e exames, que tendem a ser em maior frequência, além de ter atenção com a alimentação, hidratação e os hábitos de vida.

Conheça um pouco mais sobre a gravidez de risco com a Dra. Danielle Paiva no vídeo a seguir:

GRAVIDEZ DE RISCO: causas, sintomas, exames de monitoramento e parto prematuro

13:28 | 2.185 visualizações

Sintomas de gravidez de risco

Os principais sintomas que podem indicar uma gravidez de risco são:

  • Sangramento vaginal ou liberação de fluído amniótico antes do tempo;
  • Dor abdominal que não melhora;
  • Contrações uterinas antes do tempo;
  • Palpitações cardíacas ou dor no peito;
  • Inchaço repentino do rosto ou pernas;
  • Cansaço excessivo, tonturas ou desmaio.

Além disso, outros sintomas de gravidez de risco são dor de cabeça intensa que não melhora ou piora com o tempo, sentir os movimentos do bebê lentos ou não sentir, ou  sensação de sede frequente, por exemplo.

Outros sintomas são dor ou ardor ao urinar, dificuldade para urinar, contrações frequentes antes do final da gravidez, convulsões ou aumento da pressão arterial.

Quando se sente algum desses sintomas é recomendado ir ao hospital o mais rápido possível para que seja possível identificar a causa e, assim, iniciar o tratamento mais adequado para prevenir complicações para a mulher e para o bebê.

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Como saber se a gravidez é de risco

Para saber se a gravidez é de risco, é fundamental que o obstetra seja consultado para que sejam feitos exames que avaliem o estado geral de saúde tanto da mulher quanto do bebê, levando em consideração todos os sintomas apresentados pela mulher.

Assim, o médico pode indicar a realização de exames laboratoriais, como dosagem de colesterol total e frações, glicemia em jejum, hemoglobina glicada, teste de tolerância oral à glicose e hemograma, além da medição da pressão arterial e exames de imagem, como o ultrassom. Veja mais sobre os exames indicados no pré-natal.

No caso de ser confirmada a gravidez de risco, o médico pode indicar outros exames, como cardiotoco, MAPA, perfil bioquímico fetal e ecocardiograma fetal, por exemplo. 

Leia também: Exames na gravidez: quais precisa fazer (e complementares) tuasaude.com/exames-na-gravidez

Principais causas

As principais causas de gravidez de risco são:

1. Pressão alta e pré-eclampsia

​A pressão alta na gravidez é um problema comum e ocorre quando esta é superior a 140/90 mmHg após duas medições realizadas com um intervalo mínimo de 6 horas.

A pressão alta na gravidez pode ser causada por alimentação rica em sal, sedentarismo ou mal formação da placenta, aumentando as chances de ter pré-eclampsia, que é o aumento da pressão arterial e perda de proteínas, podendo levar a aborto, convulsões, coma e até mesmo a morte da mãe e do bebê, quando a situação não é devidamente controlada.

Leia também: 8 principais sintomas de aborto tuasaude.com/sintomas-do-aborto

2. Diabetes

A mulher que é diabética ou que desenvolve a doença durante a gestação também possui maior chance de ter uma gravidez de risco, pois o açúcar elevado no sangue pode atravessar a placenta e chegar ao bebê, o que pode fazer com que ele cresça muito e pese mais de 4 Kg.

Um bebê grande dificulta o parto, sendo necessário fazer cesárea, além de haver maior chances de nascer com problemas como ictericia, pouco açúcar no sangue e problemas respiratórios.

3. Gravidez de gêmeos

A gravidez de gêmeos é considerada de risco porque o útero tem de se desenvolver mais e todos os sintomas de gravidez estão mais presentes.

Além disso, existem maiores chances de ter todas as complicações de uma gravidez, principalmente pressão alta, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e dores nas costas, por exemplo.

4. Consumo de álcool, cigarro e drogas

O consumo de álcool e drogas, como heroína, durante a gravidez atravessam a placenta e afetam o bebê provocando atraso no crescimento, retardo mental e mal formações no coração e na face e, por isso, é preciso fazer vários exames para verificar como o bebê está se desenvolvendo.

A fumaça do cigarro também aumenta as chances de ter aborto, podendo causar efeitos no bebê e na grávida, como fadiga muscular, falta de açúcar no sangue, perda de memória, dificuldade respiratória e síndrome de abstinência.

5. Uso de remédios perigosos durante a gravidez

Alguns medicamentos como fenitoína, triantereno, trimetoprim, lítio, estreptomicina, as tetraciclinas e a varfarina, morfina, anfetaminas, barbitúricos, codeína e fenotiazinas, podem aumentar o risco de gravidez de risco.

Isso porque esses remédios podem passar pela placenta e chegar ao bebê, aumentando o risco de complicações no seu desenvolvimento.

6. Sistema imune fraco

O sistema imunológico mais enfraquecido também pode ser considerado um fator de aumenta a chance de gravidez de risco, isso porque há maior probabilidade da mulher adquirir infecções que podem ser passadas para o bebê caso não sejam tratadas.

7. Grávida com baixo peso ou obesidade

Gestantes muito magras, com IMC abaixo de 18,5 kg/ m2, podem ter um parto prematuro, aborto e atraso de crescimento do bebê porque a grávida oferece poucos nutrientes ao bebê, limitando seu crescimento, o que o pode levar a ficar doente facilmente e a desenvolver doenças cardíacas.

Além disso, mulheres com peso excessivo, principalmente quando IMC maior que 35 kg/ m2, apresentaram mais risco de ter complicações e também podem afetar o bebê que pode desenvolver obesidade e diabetes.

8. Doenças preexistentes

Doenças preexistentes são aquelas que a mulher já tinha antes de engravidar, como pressão alta, diabetes, esclerose múltipla, lúpus, doenças da tireoide ou renais, por exemplo.

Essas doenças podem aumentar o risco de complicações durante a gestação, tanto para a mulher como para o bebê.

Outro fator que pode levar a complicações na gravidez é a infecção pelo HIV, que a mulher pode ter antes da gestação ou adquirir durante a gravidez.

9. Idade

A idade materna também pode causar gravidez de risco, sendo que mulheres com menos de 17 anos ou mais de 35 anos, têm maior risco de complicações na gestação, como pré-eclâmpsia ou hipertensão gestacional.

Leia também: Gravidez depois dos 40 anos: riscos e cuidados tuasaude.com/riscos-de-engravidar-depois-dos-40

10. Alterações na placenta

As alterações na placenta, como placenta prévia ou descolamento da placenta, pois podem causar complicações como hemorragias graves, parto prematuro ou baixo peso ao nascer, por exemplo.

Leia também: Descolamento de placenta: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/descolamento-da-placenta

Cuidados durante a gravidez de risco

Durante a gravidez de risco é importante que a mulher tenha alguns cuidados para evitar complicações para a mulher e para o bebê, como por exemplo:

  • Ter uma alimentação saudável e equilibrada, rica em frutas, vegetais, cereais integrais, peixe, carnes brancas, como frango e peru, e sementes, como gergelim ou sementes de girassol;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas, já que pode aumentar o risco de malformações no bebê, parto prematuro e aborto espontâneo;
  • Repousar, de acordo com as orientações do obstetra;
  • Controlar o peso, pois o excesso de peso pode aumentar o risco de complicações, como hipertensão, diabetes gestacional e malformações no bebê;
  • Não fumar e evitar ambientes com fumaça, pois pode aumentar o risco de aborto, parto prematuro e malformações no bebê, além de aumentar o risco de complicações, como trombose.

É fundamental também que sejam feitas consultas regulares com o obstetra para que possa ser feito o acompanhamento adequado da gestação e, assim, seja possível identificar precocemente algumas alterações e, assim, iniciar o tratamento adequado o mais cedo possível, de forma a manter a saúde da mãe e do bebê.

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