Ceratoacantoma: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento

Ceratoacantoma é um tumor benigno da pele que cresce rapidamente, causando sintomas com caroço redondo na pele, firme e bem delimitado, afetando áreas da pele expostas ao sol, como testa, nariz, lábio superior, braços e mãos.

Este tipo de lesão é causado por exposição à radiação UV do sol, fatores genéticos ou traumas na pele, tendo características muito semelhantes ao carcinoma de células escamosas, sendo, por isso, importante a realização de um diagnóstico correto.

O tratamento do ceratoacantoma é feito pelo dermatologista e, normalmente, envolve a realização de cirurgia, ou uso de pomadas ou quimioterapia diretamente na lesão na pele.

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Imagem ilustrativa número 1
Foto de ceratoacantoma

Sintomas de ceratoacantoma

O principal sintoma do ceratoacantoma é um caroço na pele, com as seguintes características:

  • Firme e bem delimitado;
  • Tamanho de 1 a 2 cm, na maioria dos casos;
  • Cor da pele ou levemente avermelhado;
  • Forma de cúpula, como se fosse metade de uma esfera;
  • Crostas endurecidas no centro da lesão.

O ceratoacantoma surge principalmente no rosto, cabeça, pescoço e dorso das mãos, sendo mais raro surgir no tórax.

Embora tenha esta aparência, geralmente ceratoacantoma não causa sintomas.

No entanto, é importante consultar o dermatologista para que seja confirmado o diagnóstico e descartadas condições com sintomas semelhantes, como carcinoma de células escamosas, por exemplo.

Leia também: Carcinoma de células escamosas: o que é, sintomas e tratamento tuasaude.com/carcinoma-de-celulas-escamosas-da-pele

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do ceratoacantoma é feito pelo dermatologista, através do um exame físico, observando as características da lesão, podendo também ser feito o exame de dermatoscopia.

Marque uma consulta com o dermatologista na região mais próxima de você:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Além disso, o médico pode solicitar uma biópsia da pele, já que a aparência do ceratoacantoma é muito semelhante ao câncer de pele do tipo carcinoma de células escamosas.

Leia também: Biópsia de pele: como é feita, tipos e quando é indicada tuasaude.com/biopsia-de-pele

Estágios do ceratoacantoma

O ceratoacantoma pode ser classificado em diferentes estágios, que são:

Estágio Características
Fase proliferativa ou ceratoacantoma proliferativo

Apresenta crescimento rápido.

Geralmente, essa fase dura de 6 a 8 semanas. 

Fase de maturação 

É a fase em que o ceratoacantoma para de crescer, mantendo a aparência de crosta dura no centro.

Essa fase dura semanas a meses.

Fase de regressão ou ceratoacantoma em regressão

É o estágio final em que o ceratoacantoma regride espontaneamente, começando a ter um formato mais achatado e a crosta no centro começa a se desprender e depois cai.

Isso dá uma aparência de vulcão com uma cratera no centro.

Ao final dessa fase, fica uma cicatriz na pele.

A cicatrização completa dura de 2 a 12 meses.

O tempo entre as fases pode variar de uma pessoa para outra, sendo que a fase do ceratoacantoma é identificado pelo dermatologista através dos exames de diagnóstico.

Possíveis causas

As principais causas do ceratoacantoma são:

  • Exposição à luz UV do sol;
  • Fatores genéticos;
  • Infecção pelo HPV;
  • Exposição a produtos químicos, como alcatrão, piche ou óleos minerais;
  • Traumas ou radiação na pele.

Além disso, o uso de remédios como vismodegibe ou sonidegibe para o tratamento do câncer de pele basocelular, ou vemurafenibe, dabrafenibe ou encorafenibe para melanoma, também parecem aumentar o risco de ceratoacantoma.

O ceratoacantoma ocorre com mais frequência em homens, pessoas entre 50 e 69 anos ou que tenham o sistema imunológico enfraquecido. 

Tipos de ceratoacantoma

Os principais tipos de ceratoacantoma são:

1. Ceratoacantoma solitário

O ceratoacantoma solitário é o tipo mais comum, caracterizado por uma lesão única na pele, com um diâmetro de 1 a 2 cm, e que cresce rapidamente.

Esse tipo de ceratoacantoma costuma regredir espontaneamente em 4 a 6 meses.

2. Ceratoacantoma centrífugo marginado

O ceratoacantoma centrífugo marginado é um tipo raro caracterizado por crescer na periferia, ou seja, nas bordas e ao mesmo tempo apresenta uma cicatrização no centro da lesão.

Esse tipo de ceratoacantoma pode atingir 20 cm ou mais de tamanho e, geralmente, não regride espontaneamente.

3. Ceratoacantoma gigante

O ceratoacantoma gigante também é um tipo raro, caracterizado por lesões com tamanho de 2 cm ou mais, afetando principalmente o nariz ou as pálpebras.

4. Ceratoacantoma familiar múltiplo

O ceratoacantoma familiar múltiplo de Witten e Zak é causado por mutações genéticas autossômicas dominantes.

Isso significa que se um dos pais apresenta o gene defeituoso, existe uma chance de 50% de passar o gene alterado para o filho e causar a doença.

Geralmente, esse tipo de ceratoacantoma, surge na infância afetando principalmente o nariz e as bochechas.

Esse tipo de ceratoacantoma é raro e é caracterizado por várias lesões minúsculas na pele, semelhantes a milium, além de lesões típicas do ceratoacantoma e nódulos ulcerativos. 

Leia também: Milium na pele: o que é, sintomas, causas (e como tirar) tuasaude.com/como-tirar-milium-da-pele

5. Ceratoacantoma eruptivo generalizado

O ceratoacantoma eruptivo generalizado de Grzybowski é também um tipo raro que afeta o rosto, a parte superior do tronco, a língua, boca ou laringe, ou dedos.

Esse tipo de ceratoacantoma, também chamado de síndrome de Grzybowski, é caracterizado por centenas a milhares de lesões na pele de 1 a 5 mm de tamanho, que causam coceira intensa.

Como é feito o tratamento

O tratamento do ceratoacantoma deve ser feito com orientação do dermatologista e geralmente envolve a remoção da lesão e/ou uso de remédios.

Os principais tratamentos para o ceratoacantoma são:

1. Cirurgia

A cirurgia para o ceratoacantoma é feita pelo dermatologista para retirar toda a lesão da pele e algum do tecido saudável em volta.

Este tipo de cirurgia é realizado com anestesia local, sendo de rápida recuperação, deixando na região uma pequena cicatriz.

2. Crioterapia

A crioterapia para ceratoacantoma também é uma opção de tratamento e consiste em realizar o congelamento da lesão na pele através da utilização de nitrogênio líquido.

A crioterapia não necessita de anestesia, pois não provoca dor, entretanto sua realização é comum a região da pele ficar vermelha e um pouco inchada. Saiba mais sobre a crioterapia.

3. Uso de pomadas

O uso de pomadas para ceratoacantoma podem ser indicadas pelo dermatologista para eliminar as lesões na pele.

As principais pomadas para ceratoacantoma são:

  • 5-fluorouracila (5-FU), ajuda a eliminar as células que provocam a lesão;
  • Imiquimode, ajuda a fortalecer o sistema imunológico a eliminar as células da lesão.

O tipo de pomada de acordo com as características da lesão na pele, como tamanho e localização, além do tipo de ceratoacantoma.

4. Quimioterapia intralesional

A quimioterapia intralesional é feita pelo dermatologista nos casos de ceratoacantoma solitário em pessoas em que a cirurgia é contraindicada ou quando a lesão na pele é de difícil acesso, por exemplo.

Esse tipo de tratamento consiste na aplicação de quimioterápicos, como bleomicina ou metotrexato, diretamente na lesão do ceratoacantoma.

Isso resulta na morte das células do ceratoacantoma, e sua eliminação.

5. Acompanhamento médico regular

É importante que a pessoa saiba que, após a remoção da lesão, poderão aparecer novos ceratoacantoma, sendo por isso importante o acompanhamento médico regular com o dermatologista.

Não ignore os sinais que seu corpo está dando!

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Como prevenir

Para evitar o surgimento do ceratoacantoma, principalmente em pessoas que têm casos na família ou que já sofreram lesões, é muito importante evitar a exposição solar, principalmente em horas de maior calor.

Além disso, sempre que a pessoa sair de casa, deve aplicar proteção solar, de preferência, com um fator de proteção solar de 50+.

As pessoas com maior risco, devem ainda evitar o uso de cigarro e examinar frequentemente a pele, de forma a detectar precocemente as lesões.