Clofazimina: o que é, para que serve e como usar

O que é:

A clofazimina é um remédio antibacteriano capaz de promover a eliminação da bactéria Mycobacterium leprae, sendo principalmente indicada para o tratamento da lepra, também chamada de hanseníase. Normalmente, a clofazimina é usada em combinação com outros remédios para lepra, como dapsona e rifampicina, para evitar que a doença piore e para promover a cura.

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A clofazimina é um remédio fornecido pelo SUS, administrado por via oral, podendo ser usado por adultos e crianças, sempre com indicação e prescrição médica. 

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Para que serve

A clofazimina é indicada para o tratamento de algumas formas de lepra que incluem a hanseníase multibacilar e a hanseníase paucibacilar.

É importante que o uso da clofazimina seja orientado e acompanhado por um médico pois faz parte do esquema de tratamento da hanseníase em combinação com outros medicamentos.

Como usar

A clofazimina deve ser usada por via oral, as cápsulas ou os comprimidos devem ser tomados sempre no mesmo horário e após a alimentação. Se esquecer de tomar uma dose na hora certa, tomar assim que lembrar e depois reajustar os horários de acordo com esta última dose, continuando o tratamento de acordo com os novos horários programados. Não dobrar a dose para compensar a dose esquecida.

As doses da clofazimina variam de acordo com a idade e inclui:

  • Adultos: uma dose mensal de 300 mg (3 cápsulas de 100 mg) com administração supervisionada por um profissional de saúde, e uma dose de 50 mg por dia administrada em casa pela pessoa;
  • Crianças: uma dose mensal de 150 mg (3 comprimidos de 50 mg) com administração supervisionada por um profissional de saúde, e uma dose de 50 mg em dias alternados administrada em casa por um responsável pela criança;

O tempo de tratamento com a clofazimina, geralmente, é de 6 meses para a hanseníase paucibacilar e de 12 meses para a hanseníase multibacilar, não devendo ser interrompido o tratamento mesmo que a pessoa se sinta melhor, pois a hanseníase pode ficar completamente curada se seguir corretamente as orientações e as doses prescritas pelo médico.

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Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns da clofazimina, e que devem ser comunicados ao médico, incluem prisão de ventre ou diarréia, sensação de queimação no estômago, indigestão, perda do apetite, náusea, vômito e dor ou desconforto no peito, no estômago ou na garganta.

Além disso, pode ocorrer ressecamento ou alteração na cor da pele, que pode ficar avermelhada ou acinzentada, mas que volta ao normal quando termina o tratamento.

Quem não deve tomar

A clofazimina não deve ser utilizada por mulheres que estejam amamentando, pois pode passar para o bebê pelo leite materno, e por mulheres grávidas, pois pode prejudicar o feto, por isso, é recomendado que a mulher utilize um anticoncepcional durante o tratamento com clofazimina e por pelo menos 4 meses após a última dose. Além disso, se o parceiro estiver em tratamento com a clofazimina e a mulher engravidar, também há risco de defeitos no feto.

Clofazimina e COVID-19

O uso da clofazimina tem sido estudado para o tratamento e/ou profilaxia da COVID-19, pois uma pesquisa com células, realizadas in vitro, mostraram que a clofazimina tem um potente efeito antiviral contra o coronavírus, impedindo a replicação do vírus [1].

Além disso, nesse mesmo estudo, o uso da clofazimina em animais em laboratório mostrou que este remédio diminuiu a resposta inflamatória exagerada que está associada à gravidade da COVID-19, reduziu a quantidade de vírus nos pulmões e os danos pulmonares, mesmo quando administrada em animais sem o vírus, mostrando que também pode ter efeito profilático.

No entanto, este medicamento ainda precisa passar por vários estudos com humanos, para entender qual a sua real eficácia, segurança e dose de tratamento e/ou profilaxia para a COVID-19. Confira a lista de remédios aprovados e em estudo para a COVID-19.