O que é:
Coledocolitíase é a presença de pedras no ducto biliar comum, também chamado ducto colédoco, resultando em sintomas como dor abdominal no lado superior direito, náuseas, febre ou pele e olhos amarelados.
As pedras no ducto biliar comum podem ser formadas por colesterol, pigmentos e/ou lipídios, sendo que alguns fatores podem aumentar o risco da sua formação, como obesidade, alimentação rica em gordura e açúcares, ou gravidez, por exemplo.
O tratamento da coledocolitíase é feito pelo hepatologista, gastroenterologista ou clínico geral, e envolve a remoção das pedras do ducto biliar comum através de cirurgia.
Sintomas de coledocolitíase
Os principais sintomas de coledocolitíase são:
- Dor abdominal no lado superior direito;
- Dor que pode irradiar para as costas;
- Febre ou calafrios;
- Náuseas e vômitos;
- Perda do apetite;
- Pele e olhos amarelados (icterícia);
- Coceira no corpo;
- Fezes claras e urina escura.
A dor da coledocolitíase pode ser moderada ou intensa, e surgir algumas vezes sem regularidades ou ser prolongada.
No caso de surgir dor intensa, confusão mental ou pressão baixa, deve-se ir imediatamente ao hospital, pois é uma emergência médica que precisa de cuidados imediatos.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da coledocolitíase é feito pelo hepatologista, gastroenterologista ou clínico geral, através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame físico.
Além disso, o médico deve solicitar exames de sangue, como hemograma completo, e níveis de fosfatase alcalina, bilirrubina, alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e gama glutamil transferase (GGT), que avaliam a função do fígado.
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Para confirmar o diagnóstico, o médico deve solicitar um ultrassom em que é possível verificar a dilatação do ducto biliar comum e a presença de pedras.
No caso do ultrassom dar resultado negativo, o médico também pode solicitar uma ressonância magnética, para confirmar o diagnóstico e descartar outras condições com sintomas semelhantes, como câncer ou estreitamento do ducto biliar, ou cisto colédoco, por exemplo.
Possíveis causas
A coledocolitíase é causada pela formação de pedras dentro do ducto biliar comum ou ducto colédoco, ou pela passagem de pedras na vesícula para o ducto biliar comum.
Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento da coledocolitíase, como:
- Fatores genéticos;
- Alimentação rica em gordura e açúcares;
- Gravidez;
- Obesidade;
- Perda de peso rápida associada à cirurgia de bypass ou dietas restritivas em calorias e gorduras;
- Cirrose no fígado;
- Anemia falciforme.
Além disso, o jejum prolongado em pessoas recebendo nutrição parenteral total também pode aumentar o risco de coledocolitíase.
Outros fatores que também podem contribuir para o desenvolvimento de pedras nos ductos biliares são o uso de remédios, como estrogênio, clofibrato ou análogos da somatostatina, por exemplo.
Tipos de coledocolitíase
Existem dois tipos de coledocolitíase que são classificadas de acordo com a origem da pedra no ducto biliar:
- Coledocolitíase primária: a pedra é formada dentro do ducto biliar comum ou ducto colédoco, formadas principalmente por pigmentos preto ou marrom;
- Coledocolitíase secundária: a pedra se forma na vesícula biliar e se move para o ducto biliar comum, formada principalmente por colesterol.
O tipo de coledocolitíase é identificado pelo médico através dos exames de diagnóstico.
Como é feito o tratamento
O tratamento da coledocolitíase é feito no hospital pelo hepatologista, gastroenterologista ou clínico geral através da cirurgia para remover as pedras do ducto biliar comum.
A cirurgia para remoção das pedras do ducto biliar comum pode ser feita através de endoscopia, chamada colangiografia endoscópica retrógrada (CPRE), sendo normalmente indicada para a coledocolitíase primária.
Nos casos de coledocolitíase secundária, pode também ser feita uma cirurgia chamada colecistectomia, em que é feita a remoção da vesícula biliar. Veja como é a recuperação da cirurgia de vesícula.
Possíveis complicações
Algumas complicações da coledocolitíase são:
- Colangite, que é a inflamação dos ductos biliares;
- Pancreatite biliar;
- Cirrose;
- Insuficiência hepática ou renal.
Além disso, também podem ocorrer complicações da cirurgia, como pancreatite pós CPRE, infecções, retenção ou recorrência das pedras, lesão no ducto biliar ou vasos sanguíneos do fígado, ou sepse, por exemplo.