Colestase é a diminuição ou interrupção da saída da bile da vesícula biliar para o intestino, causando sintomas como coceira intensa, pele e olhos amarelados, fezes claras, urina escura ou perda do apetite.

Essa condição pode ser causada por doenças do fígado, como cirrose ou hepatite, gravidez, pedra na vesícula, estreitamento do ducto biliar, câncer de pâncreas ou uso de remédios, por exemplo.

O tratamento da colestase é feito pelo gastroenterologista, clínico geral ou obstetra e, normalmente, envolve o uso de remédios para aliviar os sintomas ou até cirurgia para desobstruir os ductos biliares.

Sintomas de colestase

Os principais sintomas de colestase são:

Coceira no corpo todo;
Pele e olhos amarelados;
Fezes claras ou gordurosas e com mau cheiro;
Urina escura;
Náuseas e vômitos.

Além disso, podem surgir perda do apetite ou dor abdominal na parte superior direita que pode irradiar para o ombro direito.

Como é a coceira de colestase?

A colestase causa coceira intensa devido ao acúmulo de bilirrubina no sangue, que se deposita na pele, quando os dutos biliares estão bloqueados.

Essa coceira pode afetar a palma das mãos, sola dos pés ou todo o corpo e, geralmente, piora à noite.

Com confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da colestase é feito pelo gastroenterologista, clínico geral ou obstetra através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exames físico, laboratoriais e de imagem.

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Assim, o médico pode solicitar exames de sangue que medem os níveis de bilirrubina, colesterol ou enzimas do fígado, além do hemograma completo, por exemplo.

Outros exames são ultrassom abdominal, tomografia computadorizada, colangiopancreatografia por ressonância magnética ou biópsia do fígado, em alguns casos.

Possíveis causas

As principais causas da colestase são:

Pedra na vesícula;
Cirrose no fígado;
Hepatite aguda ou hepatite B ou C crônica;
Hepatite autoimune ou alcoólica;
Infecções, como mononucleose, HIV ou citomegalovírus;
Inflamação da vesícula biliar (colecistite), ducto biliar (colangite) ou pâncreas (pancreatite);
Câncer do ducto biliar, do pâncreas ou do fígado.

Além disso, durante a gravidez pode ocorrer colestase, devido às alterações hormonais que podem resultar em alterações do fluxo da bile.

Outras causas são uso de remédios, como antibióticos, antidepressivos, imunossupressores, pílulas anticoncepcionais ou terapia de reposição hormonal, por exemplo, ou nutrição parenteral total.

Tipos de colestase

Os principais tipos de colestase são:

1. Colestase intra-hepática

A colestase intra-hepática é causada por condições que afetam o fígado, levando a uma diminuição da produção de bile.

Algumas causas desse tipo de colestase são, gravidez, hepatites, cirrose, uso de remédios ou alteração genética, como a colestase intra-hepática familiar progressiva.

2. Colestase extra-hepática

A colestase extra-hepática é causada por condições que não afetam o fígado, estando relacionada a obstruções no ducto biliar por pedras na vesícula, estreitamento desse ducto, câncer de pâncreas ou inflamação no pâncreas (pancreatite), por exemplo.

3. Colestase gestacional

A colestase gestacional é um tipo de colestase intra-hepática que surge na gravidez, geralmente no 2º ou 3º trimestre de gestação.

Esse tipo de colestase, também chamada de colestase obstétrica, está relacionada às alterações hormonais normais, predisposição genética ou fatores ambientais que levam a redução ou interrupção do fluxo da bile.

A colestase gestacional deve ser tratada rapidamente pelo obstetra para evitar complicações para o bebê.

4. Colestase neonatal

A colestase neonatal afeta recém nascidos provocando icterícia neonatal. Saiba identificar os sintomas de icterícia neonatal.

Esse tipo de colestase é raro, podendo ser causado por obstrução dos ductos biliares por mal formações, além de infecções ou até doenças genéticas.

Como é feito o tratamento

O tratamento da colestase deve ser feito com orientação do gastroenterologista, clínico geral ou obstetra para aliviar os sintomas e restabelecer o fluxo normal da bile, o que varia de acordo com sua causa.

Os principais tratamentos para colestase são:

1. Remédios para colestase

Os remédios para colestase que podem ser indicados pelo médico são:

Ácido ursodesoxicólico, para dissolver pedras na vesícula;
Colestiramina, anti-histamínicos ou naltrexona, para aliviar a coceira no corpo;
Antibióticos, para tratar infecções;
Odevixibat, para colestase intra-hepática familiar progressiva;
Ácido obeticólico, para o tratamento da colangite biliar primária.

O uso de remédios para colestase deve sempre ser indicado pelo médico, de acordo com sua causa.

No caso da colestase ter sido causada pelo uso de remédios, o médico pode orientar sua interrupção e/ou substituição por outro remédio que não aumente o risco de colestase.

2. Suplementos alimentares

A colestase crônica pode causar diminuição da absorção de vitaminas, principalmente as vitaminas lipossolúveis, como A, D, E e K.

Nesses casos, o médico pode recomendar tomar suplementos alimentares dessas vitaminas para tratar ou prevenir deficiências.

3. Cirurgia

A cirurgia par colestase normalmente é indicada para desobstruir o ducto biliar, podendo ser feita por endoscopia ou cirurgia tradicional.

Além disso, durante o exame de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), o médico também pode descomprimir os ductos biliares, tratando pedras na vesícula, colangite, pancreatite ou tumores, por exemplo.

Colestase: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento