Colite pseudomembranosa: o que é, sintomas, causas e tratamento

O que é:

A colite pseudomembranosa é uma inflamação da porção final do intestino, o cólon e o reto, sendo frequentemente associada ao uso de antibióticos amplo espectro, como amoxicilina e clindamicina, o que pode ter como consequência a proliferação da bactéria Clostridium difficile, que libera toxinas e leva ao aparecimento de sintomas, como diarreia, febre e dor abdominal.

Foto doutora realizando uma consulta
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A colite pseudomembranosa é mais frequente em pessoas com sistema imune mais fragilizado e, por isso, pode surgir em idosos, crianças, pessoas com doenças autoimunes ou que estão em quimioterapia.

Essa condição tem cura, sendo importante consultar o gastroenterologista para que seja feita uma avaliação e iniciado o tratamento, que normalmente é feito com a troca ou suspensão do antibiótico e uso de probióticos para equilibrar a microbiota intestinal.

Imagem ilustrativa número 3

Principais sintomas

Os principais sintomas da colite pseudomembranosa são:

  • Diarreia com consistência muito líquida;
  • Cólicas abdominais intensas;
  • Náuseas;
  • Perda do apetite;
  • Febre acima de 38ºC;
  • Fezes com pus ou muco.

Os sintomas da colite pseudomembranosa estão relacionados com a proliferação da bactéria Clostridium difficile e produção e liberação de toxinas, podendo aparecer 5 a 10 dias após o início do uso do antibiótico, por exemplo. No entanto, em casos mais raros, pode também aparecer até 10 semanas após o término do uso de antibiótico.

Dessa forma, é importante que qualquer pessoa que tenha tido sintomas após o uso de antibióticos consulte o gastroenterologista para que seja feita uma investigação e iniciado o tratamento mais adequado.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da colite pseudomembranosa é feito por um gastroenterologista através da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa e realização de alguns exames, como colonoscopia, exame de fezes ou da biópsia do material colhido da parede intestinal.

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Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Causas da colite pseudomembranosa

A colite pseudomembranosa é uma condição que pode acontecer devido ao uso de antibióticos de espectro amplo ou moderado, como amoxicilina, ampicilina, cefalosporinas e clindamicina, por exemplo, que podem provocar um desequilíbrio na microbiota intestinal, favorecendo a proliferação da Clostridium difficile e, consequentemente, a produção de toxinas que afetam o revestimento interno do intestino, provocando sintomas de colite pseudomembranosa.

Além disso, outras condições como a doença inflamatória intestinal, vasculite, uso de medicamentos quimioterapêuticos ou envenenamento por metais pesados também podem provocar o desenvolvimento da colite pseudomembranosa.

A colite pseudomembranosa é contagiosa?

A bactéria responsável pela colite pseudomembranosa é capaz de formar esporos e permanecer no ambiente. De forma que podem aderir a alimentos ou estar presentes na água, podendo ser transmitida para a pessoa quando esses alimentos ou água são consumidos.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a colite pseudomembranosa deve ser orientado por um gastroenterologista e, normalmente, é feito apenas com a suspensão da ingestão do antibiótico que causou o problema.

Porém, nos casos em que a colite não desaparece após terminar o antibiótico, o médico pode recomendar o uso de outro antibiótico, como Metronidazol ou Vancomicina, pois são específicos para eliminar a bactéria que está se desenvolvendo no intestino.

Nos casos mais graves, em que nenhum tratamento anterior ajuda a aliviar os sintomas da colite pseudomembranosa, o médico pode recomendar fazer o tratamento com cirurgia para remover uma pequena porção do intestino afetado ou experimentar um transplante de fezes para equilibrar a microbiota intestinal. Veja como é feito o transplante de fezes.

Possíveis complicações

Quando a colite pseudomembranosa não é tratada corretamente ou é recente, pode provocar outras condições, como megacolon tóxico, perfuração intestinal ou sepse, que devem ser tratadas pelo médico de forma urgente devido ao risco de morte.