Hipertricose: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento

O que é:

A hipertricose é uma condição extremamente rara em que a pessoa apresenta um crescimento excessivo de pelos em qualquer parte do corpo, tanto em quantidade como em espessura, podendo acontecer tanto em homens como em mulheres.

Foto doutora realizando uma consulta
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A hipertricose, também conhecida como síndrome do lobisomem, pode surgir logo durante a infância, quando a síndrome é causada por uma alteração genética, mas também pode ocorrer em adultos, devido a alterações como má nutrição ou uso de alguns tipos de medicamentos.

Ainda não existe uma cura para a hipertricose que consiga impedir o crescimento do pelo, assim, é comum que as pessoas recorram as técnicas, como depilação a cera ou com lâminas, para tentar reduzir temporariamente a quantidade de pelos e melhorar a estética. No entanto, o médico pode indicar a depilação com diferentes tipos de laser, que ajudam a eliminar quase definitivamente os pelos.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de hipertricose

O principal sintoma da hipertricose é o crescimento excessivo de pelos em qualquer parte do corpo, que pode apresentar características diferentes como:

  • Velino que é um pelo fino e curto, muitas vezes chamado de “penugem de pêssego” que geralmente surge solas dos pés, orelhas, lábios ou palmas das mãos;
  • Lanugo que é um pelo muito fino, suave e sem cor ou cinza-prateados, que cobre todo o corpo do recém nascido, exceto palmas das mãos, solas dos pés e prepúcio;
  • Terminal que é um tipo de pelo comprido, grosso e muito escuro, sendo mais frequente no couro cabeludo, rosto, axilas e na virilha.

Além disso, em algumas pessoas com hipertricose também é relativamente comum o aparecimento de problemas nas gengivas, como gengivas mais largas, e até falta de alguns dentes.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da hipertricose é feito clinicamente pelo pediatra logo após o nascimento ou infância, ou dermatologista no caso de adultos, através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e características dos pelos, assim como das regiões do corpo afetadas.

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Além disso, no caso de adultos, o médico deve avaliar se a pessoa toma algum medicamento e também pode solicitar exames para avaliar os níveis de hormônios da tireoide ou testosterona, assim como avaliar o estado nutricional.

Possíveis causas

A causa exata da hipertricose não é totalmente conhecida, no entanto, acredita-se que ocorra devido a uma mutação genética, uma vez que é possível observar vários casos de hipertricose em membros da mesma família.

Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento de hipertricose, como:

  • Mutações genéticas no bebê durante a gestação;
  • Níveis altos de testosterona na puberdade;
  • Má nutrição;
  • Infecção avançada pelo HIV;
  • Hipotireoidismo ou dermatomiosite juvenil;
  • Acromegalia;
  • Lesões traumáticas no cérebro;
  • Porfiria cutânea tardia.

Além disso, uma causa comum de hipertricose em adultos é o uso de remédios, como ciclosporina, minoxidil, cetuximabe, erlotinibe, panitumumabe, corticoides, fenitoína ou fenoterol, por exemplo.

Tipos de hipertricose

A porfiria pode ser classificada em diferentes tipos que de acordo com a distribuição de pelos no corpo, idade em que surgiu e tipo de pelo, sendo os principais:

1. Hipertricose lanuginosa congênita

A hipertricose lanuginosa congênita afeta recém-nascidos, sendo caracterizada pela presença de pelos finos e sem cor por todo o corpo.

Geralmente, o bebê nasce com o lanugo, porém normalmente o lanugo cai algumas semanas após o nascimento. No entanto, nesse tipo de hipertricose, o lanugo não cai, e o pelo continua crescendo.

2. Hipertricose congênita terminal

A hipertricose congênita terminal afeta o bebê, iniciando-se após o nascimento até a vida adulta, apresentando pelo longo e grosso por todo o corpo e rosto.

3. Hipertricose universal congênita

A hipertricose universal congênita, também conhecida como síndrome de Ambras, afeta o recém-nascido que apresenta pelos longos, finos, sedosos e claros no rosto, ombros e nariz.

4. Hipertricose pré-puberal

A hipertricose pré-puberal inicia-se na infância, sendo caracterizada pelo crescimento generalizado de pelos, especialmente no rosto, nas regiões da testa, têmporas e orelhas, além das costas.

5. Hipertricose adquirida

A hipertricose adquirida geralmente afeta adultos, podendo ser generalizada, afetando todo o corpo ou localizada, e pode surgir devido ao uso de remédios ou algumas doenças.

Nesse tipo de hipertricose, o pelo pode ter características de velino ou terminal.

Como é feito o tratamento

Uma vez que não existe uma forma de tratamento capaz de curar a hipertricose, normalmente é utilizada depilação para melhorar a estética corporal e tentar reduzir a quantidade de pelo.

Algumas das técnicas mais utilizadas incluem:

  • Cera: remove os pelos pela raiz permitindo que o seu crescimento seja mais lento, no entanto, é mais dolorosa e não pode ser utilizada no rosto e outros locais mais sensíveis;
  • Lâminas depilatórias: não provoca dor pois o pelo é cortado perto da raiz com uma lâmina, porém os pelos voltam a surgir mais rapidamente;
  • Cremes depilatórios: é semelhante à depilação com lâmina, mas é feita com um cremes que dissolvem os pelos, eliminando-os;
  • Laser: além de eliminar quase definitivamente os pelos, diminui as cicatrizes e irritações na pele que podem surgir com os outros métodos.

Devido ao uso excessivo de depilação podem surgir alguns problemas de pele, como cicatrizes, dermatite ou reações de hipersensibilidade, e por isso o dermatologista pode orientar o melhor tratamento para reduzir o crescimento do pelo.