Cisto de Baker é um bolsa preenchido com líquido sinovial na parte de trás do joelho, que pode causar sintomas como caroço e dor atrás do joelho, inchaço, rigidez e dificuldade de movimento.
Normalmente, o cisto de Baker no joelho surge em pessoas com histórico de pancadas ou acidentes no joelho, doenças articulares ou que fizeram sobrecarga da articulação, devido a exercícios físicos intensos, por exemplo.
O tratamento do cisto de Baker, também chamado de cisto poplíteo ou cisto parameniscal, é feito pelo ortopedista e pode envolver repouso, fisioterapia, uso de remédios ou até cirurgia.

Sintomas de cisto de Baker
Os principais sintomas do cisto de Baker são:
- Dor, desconforto ou sensação de pressão atrás do joelho;
- Dor atrás do joelho que piora com esforços;
- Caroço na parte de trás do joelho;
- Dificuldade para esticar ou dobrar a perna.
Os cistos pequenos normalmente causam poucos ou nenhum sintoma, no entanto, podem aumentar de tamanho com o tempo se não forem tratados adequadamente, e levar ao surgimento dos sintomas.
Quando o cisto de Baker é muito grande pode comprimir vasos ou nervos próximos, levando ao surgimento de outros sintomas como formigamento, fraqueza ou inchaço na perna.
Leia também: Dor atrás do joelho: 10 principais causas (e o que fazer) tuasaude.com/dor-atras-do-joelhoCisto de Baker rompido
O cisto de Baker pode se romper caso seja muito grande ou se existir um acúmulo rápido de líquido, provocando sintomas como dor intensa, vermelhidão e inchaço na perna.
Neste caso, o inchaço ou caroço atrás do joelho tende a desaparecer e pode ocorrer a sensação de água escorrendo pela perna.
Em caso de suspeita de cisto de Baker rompido é recomendado procurar uma emergência para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento apropriado.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico de cisto de Baker geralmente é feito pelo ortopedista ou reumatologista através da avaliação sintomas apresentados e histórico de acidentes, pancadas no joelho e doenças articulares.
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Além disso, o médico deve fazer o exame físico e, em alguns casos, solicitar exames como ultrassom do joelho ou ressonância magnética para confirmar o diagnóstico.
Cisto de Baker é grave?
O cisto de Baker é uma condição benigna e geralmente não é considerado um problema grave.
No entanto, é importante confirmar o diagnóstico e, quando indicado, realizar o tratamento adequado, para evitar a piora dos sintomas e o surgimento de complicações.
Possíveis causas
As principais causas de cisto de Baker são:
- Acidentes ou pancadas diretas no joelho;
- Osteoartrite ou artrite reumatoide;
- Lesão ou ruptura do menisco;
- Tumor benigno do tipo sinovite vilonodular pigmentada;
- Sobrecarga frequente da articulação, devido a exercícios físicos intensos.
Essas condições podem levar ao acúmulo de líquido sinovial dentro da bursa atrás do joelho, formando o caroço na fossa poplítea, por isso também é chamado de cisto poplíteo.
Cisto de Baker é câncer?
O cisto de Baker não é câncer e não aumenta o risco de câncer, sendo uma condição benigna.
Esse cisto é formado pelo acúmulo de líquido sinovial na bursa poplítea, uma bolsa localizada naturalmente atrás do joelho que funciona como um amortecedor, além de reduzir a fricção entre os ossos, os tendões e os músculos das articulações.
Como é feito o tratamento
O tratamento do cisto de Baker deve ser feito com orientação do ortopedista e é indicado nos casos em que o cisto provoca sintomas.
Os principais tratamentos para cisto de Baker são:
1. Evitar esforços e repouso
Evitar esforços é importante para prevenir que o cisto provoque dor ou aumente de tamanho.
Além disso, em caso de dor, evitar andar muito ou carregar pesos, por exemplo, é importante para prevenir a piora e permitir a recuperação adequada.
2. Aplicação de compressas frias
A aplicação de compressas frias pode ser recomendada em caso de dor e inchaço.
Para isso, pode-se enrolar um saco com gelo em uma toalha e aplicar sobre o local da dor por cerca de 15 minutos pela manhã e à noite, para aliviar os sintomas.
3. Uso de anti-inflamatórios
Quando a dor é intensa, o médico pode indicar o uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno ou diclofenaco, para diminuir a inflamação e aliviar a dor. Confira os principais anti-inflamatórios e como usar.
4. Sessões de fisioterapia
A realização de fisioterapia, exercícios de reabilitação e alongamentos é indicada para fortalecer os músculos do joelho e evitar a pressão exagerada sobre a articulação.
Assim, a fisioterapia é eficaz em aliviar os sintomas, principalmente nos casos em que a dor é leve.
5. Tratamento de doenças associadas
O tratamento adequado de outros problemas e doenças articulares, como artrite reumatoide e osteoartrite, é fundamental para evitar que o cisto aumente de tamanho e os sintomas causados pelo cisto piorem.
Por isso, o médico pode orientar o tratamento de outras condições ou encaminhar para outro especialista. Veja como é feito o tratamento da osteoartrite.
6. Injeção de corticoide
A injeção de corticoide diretamente no cisto pode aliviar a dor e diminuir o tamanho.
Geralmente, é indicada quando os sintomas persistem mesmo com o uso de medicamentos ou a realização de fisioterapia.
Além disso, é mais utilizada quando o cisto está associado a outras doenças como osteoartrite ou artrite reumatoide.
7. Aspiração do cisto por agulha
A aspiração do cisto por agulha pode ser indicada em alguns casos e pode ser combinada com a injeção de corticoide, para alívio da dor e redução do tamanho do cisto.
Normalmente, a aspiração por agulha é mais eficaz em pessoas jovens e sem outras doenças que afetam as articulações.
8. Cirurgia
A cirurgia para cisto de Baker geralmente é indicada quando os outros tipos de tratamento não tiveram bons resultados e inclui a correção de outras alterações do joelho, além do próprio cisto.
Neste caso, o tratamento pode envolver uma cirurgia aberta ou por meio de artroscopia. Entenda melhor o que é a artroscopia do joelho.
Possíveis complicações
A principal complicação do cisto de Baker é a pseudo tromboflebite, que pode surgir quando o cisto é grande ou se rompe.
Nesses casos podem surgir sintomas semelhantes à trombose venosa profunda, como inchaço, sensação de calor e dor intensa na panturrilha.