O que fazer para conviver melhor com o idoso que está com confusão mental

Para conviver com o idoso com confusão mental, que não sabe onde está e recusa-se a colaborar, ficando agressivo, deve-se manter a calma e tentar não contrariá-lo para que ele não fique ainda mais agressivo e agitado.

Foto doutora realizando uma consulta
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O idoso com confusão mental, que pode ser causado por uma doença mental como Alzheimer ou devido a desidratação, por exemplo, pode não compreender o que é dito e resistir às atividades diárias como o banho, alimentação ou tomar os remédios.

As dificuldades do convívio diário com o idoso confuso pode levar a discussões entre ele e o seu cuidador, colocando em risco a sua segurança.

Veja o que pode fazer para facilitar o cuidado e o convívio nesta situação:

Como falar com o idoso com confusão mental

O idoso confuso pode não encontrar as palavras para se expressar ou mesmo não compreender o que lhe é dito, não cumprindo ordens, e, por isso, é importante ter calma enquanto comunica com ele, devendo:

  • Estar próximo e olhar nos olhos o paciente, para que perceba que estão falando para ele;
  • Segurar a mão do paciente, para demonstrar carinho e compreensão e diminuir a agressividade;
  • Falar calmamente e dizer muito frases curtas como: "Vamos comer";
  • Fazer gestos para explicar o que está dizendo, exemplificando caso seja necessário;
  • Usar sinônimos para dizer a mesma coisa para o paciente compreender;
  • Ouvir o que o paciente quer dizer, mesmo que seja algo que já disse várias vezes, pois é normal ele repetir as ideias.

Além disso, o idoso pode ouvir e ver mal e, por isso, pode ser necessário falar mais alto e de frente para o paciente para que este ouça corretamente.

Como manter a segurança do idoso com confusão mental

Geralmente, o idoso que está com confusão, pode não conseguir identificar os perigos e, pode por em risco sua vida e dos outros indivíduos. Assim, é importante:

  • Colocar uma pulseira de identificação com o nome, morada e telefone de um familiar no braço do paciente;
  • Informar os vizinhos do estado do paciente, para caso necessário, ajudá-lo;
  • Manter as portas e janelas fechadas para evitar que o idoso saia de casa e se perca;
  • Esconder chaves, principalmente de casa e do carro porque o idoso poderá ter vontade de conduzir ou sair de casa;
  • Não ter objetos perigosos visíveis, como copos ou facas, por exemplo.

Além disso, pode ser necessário, o nutricionista indicar uma dieta que seja mais fácil de engolir para evitar engasgamento e desnutrição do idoso.

Como cuidar da higiene do idoso com confusão mental

Quando o idoso está confuso, é comum precisar de ajuda para fazer sua higiene, como tomar banho, vestir-se, ou pentear-se por exemplo, pois, além de se esquecer de ter que cuidar de si, podendo andar sujo, deixa de reconhecer a função dos objetos e como se faz cada tarefa.

Assim, para o paciente se manter limpo e confortável, é importante ajudá-lo na sua realização, mostrando como se faz para que este consiga repetir e envolvendo-o nas tarefas, para que este momento não lhe cause confusão e gere agressividade.

Em alguns casos, como na doença de Alzheimer avançada o idoso já não é capaz de colaborar e, nesses casos, tem de ser o familiar a tratar do idoso.

O que fazer quando o idoso está agressivo

A agressividade é uma característica do idoso que está confuso, manifestando-se através de ameaças verbais, violência física e destruição de objetos, podendo-se machucar ou machucar os outros.

Geralmente, a agressividade surge porque o paciente não compreende as ordens e não reconhece pessoas e ao ser contrariado, fica agitado e agressivo. Nestes momentos, o cuidador deve manter a calma, procurando:

  • Não discutir nem criticar o idoso, desvalorizando a situação e falando com calma;
  • Não tocar na pessoa, nem que seja para fazer um carinho, porque se pode machucar;
  • Não mostrar medo nem ansiedade quando o idoso está agressivo;
  • Evitar dar ordens, mesmo que simples durante esse momento;
  • Retirar objetos que possam ser atirados da proximidade do paciente;
  • Mudar de assunto e incentivar o paciente a fazer algo que gosta, como ler o jornal, por exemplo, de modo a esquecer-se do que provocou a agressividade.

Geralmente, os momentos de agressividade são rápidos e passageiros e, normalmente o doente não se recorda do acontecimento, podendo ao final de alguns segundo estar com um comportamento normal.