Sedentarismo: o que é, sintomas, consequências e como combater

Sedentarismo é um estilo de vida em que se pratica pouca ou nenhuma atividade física, não promovendo um gasto calórico significativo, resultando em sintomas como cansaço constante, falta de disposição ou acúmulo de gordura abdominal.

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Devido à falta de prática de exercício e vida pouco ativa, a pessoa sedentária tem um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes ou obesidade.

Para sair do sedentarismo é necessário mudar a alimentação e praticar atividades físicas, sendo recomendado primeiro consultar o clínico geral ou cardiologista para avaliar o estado geral de saúde e iniciar os exercícios físicos de forma gradual. Saiba como sair do sedentarismo.

Imagem ilustrativa número 3

Sintomas de sedentarismo

Os sintomas de sedentarismo podem ser percebidos através de alguns sinais, como:

1. Cansaço constante

A pessoa sedentária geralmente apresenta cansaço constante, uma vez que há diminuição do metabolismo já que não são praticadas atividades que promovam a sua ativação.

Além disso, quando se pratica exercício físico, o corpo produz e libera endorfinas, serotonina e dopamina, que são hormônios naturais, que aumentam a sensação de prazer, disposição, estado de alerta, bem estar físico e mental, além de reduzir a sensação de cansaço.

Desta forma, ao ter uma vida sedentária, a quantidade desses hormônios é diminuída, causando um cansaço constante.

2. Diminuição da força muscular

Ter uma vida sedentária, leva a uma diminuição da força e da massa muscular, uma vez que os músculos não são ativados pelos exercícios físicos, e a realização de tarefas do dia a dia não são suficientes para trabalhar todos os músculos do corpo.

Essa diminuição da força muscular é ainda mais impactante em pessoas mais velhas, pois com o envelhecimento natural do corpo, ocorre uma redução da massa e da força muscular, e que podem causar lesões ou aumentar o risco de quedas.

Por isso, praticar exercício físico regular, com treinos de fortalecimento, é essencial para reduzir a perda, manter e melhorar a força e a resistência muscular.

3. Dor nas articulações

A dor nas articulações também é um sintoma do sedentarismo que ocorre devido ao ganho de peso, pela ausência de exercícios físicos, que provoca uma sobrecarga nas articulações e nos ossos, especialmente nos joelhos.

Além disso, a falta de exercício físico leva a um enfraquecimento dos ossos e das articulações pois o crescimento ósseo e resistência e a densidade dos ossos, ficam prejudicadas, levando à dor nas articulações e aumentando o risco de lesões ou fraturas.

4. Acúmulo de gordura abdominal

O acúmulo de gordura abdominal ocorre pois a energia fornecida pelos alimentos da refeição não é gasta, ficando depositada na forma de gordura no corpo, especialmente no abdômen.

Além disso, o sedentarismo também pode levar ao aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos, que se acumulam dentro dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

5. Aumento excessivo do peso

O aumento excessivo de peso é um dos sintomas mais comuns do sedentarismo, já que não há gasto calórico e/ou de energia, devido à falta de exercícios físicos, e, quando não se gasta energia, esta se transforma em gordura, o que leva ao aumento do peso.

6. Má qualidade do sono

O sedentarismo pode levar à uma má qualidade do sono, isso porque a falta de exercícios físicos reduz a produção e liberação de neurotransmissores no cérebro, como a serotonina, noradrenalina e a dopamina, que são responsáveis por regular o sono.

Assim, mesmo que a pessoa sedentária se sinta cansada durante o dia, o sono não é reparador, relaxador e profundo.

Além disso, o sedentarismo pode deixar os músculos respiratórios mais enfraquecidos, dificultando a passagem do ar pelos pulmões, e causar ronco excessivo ou apneia do sono, o que contribui para a má qualidade do sono.

Quais são as causas do sedentarismo?

As principais causas de sedentarismo no Brasil são:

  • Falta de interesse em fazer atividades físicas;
  • Passar muito tempo no celular, computador ou assistindo tv;
  • Uso de carro frequente, mesmo em trajetos curtos;
  • Trabalhar muitas horas em frente ao computador;
  • Passar a maior parte do dia sentado, seja por trabalho ou estudos;
  • Falta de tempo ou de planejamento das atividades diárias.

Além disso, outras causas do sedentarismo são condições de saúde, como insuficiência cardíaca congestiva, demência, problemas nas articulações, depressão ou obesidade, por exemplo.

Outras causas são pouco acesso à academias, ausência de espaços públicos para fazer caminhada ou ciclismo, por exemplo.

Níveis de sedentarismo

O sedentarismo pode ser classificado em diferentes níveis de acordo com o grau de falta de atividade física, como:

1. Sedentarismo nível 1

O sedentarismo nível 1 é o menos grave, sendo caracterizado por a pessoa se movimentar mas não praticar atividades físicas moderadas a intensas.

Nesse tipo de sedentarismo, mesmo que a pessoa se movimente, não chega a realizar o tempo de atividade física recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A OMS recomenda 60 minutos por dia de atividade física aeróbica moderada a vigorosa, durante toda a semana, para crianças e adolescentes, e 150 a 300 minutos de exercícios aeróbicos moderada durante a semana, para adultos dos 18 aos 64 anos.

Desta forma, a pessoa que não segue essas recomendações, é considerada sedentária.

2. Sedentarismo nível 2

O sedentarismo nível 2 é o tipo mais comum, caracterizado por a pessoa fazer algum esforço físico no dia a dia ou praticar alguma atividade física, porém raramente ou com pouca frequência.

A pessoa nesse nível de sedentarismo não tira um tempo no dia para realizar atividades físicas moderadas a intensas.

3. Sedentarismo nível 3

O sedentarismo nível 3 é caracterizado por a pessoa evitar fazer qualquer atividade física ou esforços no dia a dia.

Nesse tipo de sedentarismo, a pessoa sempre usa o carro mesmo para trajetos curtos, usa sempre elevador ou escadas rolantes e evita carregar sacolas ou pesos, por exemplo.

4. Sedentarismo nível 4

O sedentarismo nível 4 é o mais grave e o que tem maior risco para a saúde.

Nesse tipo de sedentarismo, a pessoa passa a maior parte do tempo sentada ou deitada, não fazendo esforços físicos mínimos no dia a dia.

Consequências do sedentarismo

As consequências do sedentarismo são:

  • Sobrepeso ou obesidade;
  • Diabetes tipo 2 ou pré-diabetes;
  • Doenças cardiovasculares, como pressão alta, aterosclerose, infarto ou AVC;
  • Colesterol ruim (LDL) e triglicerídeos altos;
  • Osteoporose, atrofia muscular ou dor crônica no joelho;
  • Depressão ou ansiedade;
  • Ronco excessivo ou apneia do sono.

Além disso, o sedentarismo pode aumentar o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o câncer de intestino, de mama, do endométrio, do ovário ou da próstata, por exemplo.

Como combater

Para combater o sedentarismo, deve-se primeiro consultar o clínico geral ou o cardiologista para que seja feito um check-up geral para que seja possível identificar a presença de alguma doença e indicar se a pessoa pode ou não praticar determinados exercícios físicos e em que intensidade e frequência.

Marque uma consulta com o cardiologista na região mais próxima de você:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Inicialmente, é recomendado que sejam feitas caminhadas curtas para que o corpo seja estimulado aos poucos e não exista grande impacto sobre as articulações.

Leia também: 6 passos para sair do sedentarismo (e ter uma vida mais saudável) tuasaude.com/sair-do-sedentarismo

Dessa forma, ao manter a prática de exercícios, é possível combater as consequências do sedentarismo e promover o bem estar. Conheça outros benefícios dos exercícios físicos.

Além disso, é importante que a pessoa sedentária adote hábitos alimentares mais saudáveis, evitando o consumo de alimentos industrializados, refrigerantes e ricos em açúcar, pois assim é possível garantir os benefícios dos exercícios.

Veja no vídeo a seguir algumas trocas saudáveis que podem ser feitas e que promovem a saúde:

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