A constelação familiar é uma terapia alternativa desenvolvida pelo psicoterapeuta Bert Hellinger, que tem como objetivo facilitar o entendimento de transtornos psicológicos, especialmente aqueles que podem estar sendo estimulados pela dinâmica das relações familiares ou de relacionamentos.
Este tipo de abordagem é considerada uma pseudociência, pois não existem comprovações científicas da sua eficácia e, por isso, não é aprovada pelo Conselho Federal de Psicologia e nem pelo Conselho Federal de Medicina. No entanto, é reconhecida e oferecida pelo SUS, como parte do Programa Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).
É importante ressaltar que a constelação familiar não promove a cura e não substitui a psicoterapia feita com psicólogos e nem os tratamentos médicos para doenças psiquiátricas.
Para que serve
De acordo com a teoria que serve de base para a constelação familiar, as sessões podem ajudar a resolver problemas de origem familiar, dificuldades de relacionamento entre pais e filhos, assim como desafios nas relações íntimas.
Assim, as pessoas que geralmente recorrem à constelação familiar são aquelas que:
- Buscam resolver problemas familiares;
- Precisam tratar padrões de relacionamento negativos;
- Querem ultrapassar um tumulto interno;
- Que vivenciaram um trauma ou perda significativa.
Além disso, a terapia de constelação familiar também parece ser uma ótima ferramenta para quem busca atingir um nível superior de sucesso profissional ou pessoal.
Como funciona a terapia
De forma geral, neste tipo de abordagem, é utilizado um grupo de pessoas que não se conhece para substituir e assumir o papel de alguns membros da família da pessoa que está buscando achar uma solução para a dificuldade ou preocupação que apresenta.
Depois, o terapeuta incentiva a interação com esses "membros da família" e pede que cada indivíduo tente identificar quais as emoções que estão por trás das frases e comportamentos da pessoa que está buscando a solução. É importante, assim, que nenhuma das pessoas representando a família conheça a pessoa que está fazendo a terapia, nem o problema a ser tratado, já que esses fatores não devem influenciar a forma como as emoções são interpretadas.
Durante esse tempo, o terapeuta fica do lado de fora da interação e tenta avaliar todas as perspectivas para, depois, junto com as emoções reportadas por cada pessoa, mostre à pessoa todos os fatos sobre a sua interação com a "família", identificando pontos de maior estresse, que precisam ser trabalhados.
Uma vez que é uma terapia relativamente complexa, a constelação familiar nem sempre traz resultado imediatos, podendo ser necessárias várias sessões até que a pessoa comece a identificar o que precisa mudar na sua interação com alguns membros da família. De uma sessão para a outra, é comum que o terapeuta troque os papéis dos diferentes "membros da família" até achar a organização/constelação que melhor ajuda a pessoa a identificar seus obstáculos.