Contrave: para que serve, como tomar e efeitos colaterais

O Contrave é um medicamento que possui duas substâncias ativas, a bupropiona e naltrexona, que agem no cérebro reduzindo e controlando o apetite, além do desejo intenso por comida, o que leva à diminuição do consumo de alimentos, ajudando no emagrecimento em pessoas que sofrem de obesidade ou sobrepeso.

E esse remédio permite perder até 10% do peso em 12 meses quando associado a uma dieta saudável e prática de exercício físico regular. Além disso, o Contrave permite reduzir o perímetro da cintura, prevenindo diabetes ou doenças cardíacas, por exemplo.

O Contrave é aprovado pela ANVISA e pode ser encontrado em farmácias ou drogarias na forma de cápsulas, contendo 90 mg de cloridrato de bupropiona e 8 mg de cloridrato de naltrexona, vendido somente com prescrição médica e retenção de receita pela farmácia.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

O Contrave é indicado para o tratamento da obesidade em adultos com IMC maior que 30 Kg/m², ou em adultos com sobrepeso, em que o IMC é superior a 27 kg/m2, e existem outras doenças relacionadas, como diabetes, colesterol elevado ou pressão alta. Veja como calcular o IMC

Esse remédio deve ser usado com indicação médica e apenas para complementar o tratamento da obesidade ou sobrepeso, que deve incluir ainda uma dieta de baixas calorias e prática regular de exercício físico.

É importante ressaltar que o Contrave não trata diabetes, colesterol alto ou pressão alta, mas ajuda no emagrecimento, o que favorece um melhor controle dessas doenças.

Conheça outros medicamentos que ajudam a emagrecer no vídeo a seguir:

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Como tomar

A dose normalmente recomendada do Contrave é de 1 cápsula pela manhã e outra à noite, ou conforme orientação médica. 

O Contrave deve ser tomado por via oral, com um copo de água, sem partir, abrir ou mastigar a cápsula, e não deve ser tomado junto com refeições ricas em gordura.

No caso de esquecimento de uma dose, deve-se tomar assim que lembrar, sendo indicado pular a dose esquecida se estiver perto da hora da próxima dose. Não é recomendado tomar duas cápsulas de uma vez para compensar a dose esquecida.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com o  Contrave são boca seca, dor de cabeça, tontura, prisão de ventre ou diarréia, náusea, vômito, insônia, irritabilidade, depressão, ansiedade, agitação, dor muscular ou nas articulações.

Esses efeitos colaterais são mais comuns nas primeiras semanas de tratamento e, geralmente, tendem a diminuir com o tempo. Deve-se procurar ajuda médica imediatamente se surgirem sintomas como aumento dos batimentos cardíacos, dor de cabeça forte, visão turva, zumbido no ouvido, ansiedade ou convulsão.

Além disso, o Contrave pode causar reações alérgicas graves que também necessitam de atendimento médico imediato. Por isso, deve-se interromper o tratamento e procurar o pronto socorro mais próximo ao apresentar sintomas de alergia grave como dificuldade para respirar, sensação de garganta fechada, inchaço na boca, língua ou rosto, coceira ou urticária, febre ou formação de ínguas ou caroços sobre a pele. Saiba identificar os sintomas de reação alérgica grave.

Quem não deve usar

O Contrave não deve ser usado por crianças ou adolescentes com menos de 18 anos, mulheres grávidas ou em amamentação, ou por pessoas que tenham alergia a bupropiona, naltrexona ou qualquer outro componente da fórmula.

Além disso, o Contrave não deve ser nos casos de:

  • Doenças cardíacas, pressão alta, infarto ou derrame;
  • Depressão ou transtorno bipolar;
  • Pensamentos suicidas;
  • Histórico de transtorno convulsivo;
  • Tumor ou infecção no cérebro ou medula espinhal;
  • Hipoglicemia;
  • Baixos níveis de sódio no sangue;
  • Insuficiência hepática ou renal;
  • Tratamento da dependência de drogas ou consumo abusivo de bebidas alcoólicas;
  • Dependência de remédios opióides ou em tratamento com opióides.

O Contrave também não deve ser usado por pessoas que utilizam medicamentos inibidores da monoamina oxidase (IMAO), como isocarboxazida, fenelzina ou tranilcipromina, por exemplo, devendo-se esperar pelo menos 14 dias após o término do tratamento com os inibidores da monoaminoxidase para iniciar o tratamento com o Contrave.

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