Cordocentese: o que é, para que serve, como é feita e riscos

Cordocentese é um exame que consiste na retirada uma amostra de sangue do bebê a partir do cordão umbilical, para detectar alterações genéticas, como a síndrome de Down, ou doenças como toxoplasmose, rubéola, anemia fetal ou citomegalovírus, por exemplo.

Foto doutora realizando uma consulta
Encontre um Obstetra perto de você! Parceria com Buscar Médico

A cordocentese, também chamada de amostra percutânea de sangue do cordão umbilical, é feita pelo obstetra após a 17ª semana de gestação, quando os resultados da amniocentese, da amostra das vilosidades coriônicas ou do ultrassom não fornecem informações precisas ou são inconclusivos. Saiba como é feita a amniocentese.

O resultado da cordocentese sai em 2 ou 3 dias, e deve ser interpretado pelo obstetra, juntamente com o resultados de outros exames e histórico de saúde da gestante e histórico familiar de alterações genéticas.

Obstetra fazendo ultrassom na gestante para localizar o cordão umbilical

Para que serve

A cordocentese serve para detectar alterações genéticas, doenças do sangue ou infecções, quando os resultados de outros exames, como amniocentese, amostra das vilosidades coriônicas ou ultrassom não são claros ou os resultados são inconclusivos.

Além disso, a cordocentese também pode ser indicada como forma de tratamento para transfusão sanguínea intrauterina ou quando é necessário administrar medicamentos no tratamento de doenças fetais, por exemplo.

Quando fazer a cordocentese

A cordocentese pode ser feito após a 17ª semana de gestação, ou seja, a partir da 18ª semana de gravidez, sendo realizado pelo obstetra em ambiente hospitalar, e os resultados devem ser interpretados pelo médico.

Preocupado com o resultado do seu exame?

Estamos aqui para ajudar! Fale com os nossos profissionais e receba orientação especializada sobre o que fazer a seguir.

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Quais doenças detecta

A cordocentese permite o estudo do DNA, do cariótipo e de doenças como:

  • Malformações fetais;
  • Anormalidades cromossômicas, como a síndrome de Down;
  • Talassemia ou anemia falciforme;
  • Hemofilia, doença de Von Willebrand, trombocitopenia autoimune ou púrpura trombocitopênica;
  • Distrofia muscular de Duchenne ou doença de Tay-Sachs;

Além disso, a cordocentese também pode identificar a hidropsia fetal, doença hemolítica fetal ou a compatibilidade do sangue do feto com o da mãe.

Leia também: Como saber se o bebê tem síndrome de Down tuasaude.com/sindrome-de-down-na-gravidez

Preparo para a cordocentese

Para se preparar para a cordocentese, é importante esclarecer todas as dúvidas com o obstetra sobre o procedimento e seus riscos e informar se tem alguma alergia e se toma remédios diariamente.

Além disso, deve-se fazer jejum pelo tempo orientado pelo médico e tomar os remédios de uso habitual com um pouco de água, a menos que tenha sido orientado pelo médico interromper o uso de algum remédio.

O médico também deve receitar antibióticos para reduzir o risco de infecção uterina, que pode ser feito 30 a 60 minutos no dia do exame através de aplicação na veia.

No dia do exame, o médico deve solicitar à gestante para assinar um termo de consentimento esclarecido sobre como é feito a cordocentese e os riscos, sendo importante que a grávida leve todos os exames realizados anteriormente.

Como é feita a cordocentese

A cordocentese é feita pelo obstetra em ambiente hospitalar usando uma agulha percutânea, guiada por ultrassom, para coletar o sangue do bebê pelo cordão umbilical.

Para realizar a cordocentese, o médico deve seguir alguns passos:

  1. Solicitar a gestante para deitar de barriga para cima;
  2. Realizar a limpeza da pele da barriga com antissépticos;
  3. Aplicar o gel de ultrassom sobre a pele para identificar a localização do cordão umbilical;
  4. Aplicar anestesia local, se necessário, para reduzir o desconforto do procedimento;
  5. Inserir uma agulha específica no local onde se une o cordão umbilical e a placenta;
  6. Coletar uma pequena amostra do sangue do bebê com cerca de 2 a 5 mL;
  7. Remover a agulha e enviar a amostra para o laboratório para análise.

Durante o exame a grávida poderá sentir cólicas abdominais quando a agulha é inserida no útero.

Cuidados após o exame

Após a cordocentese, o médico deve orientar alguns cuidados, como repouso durante 24 a 48 horas após o exame e não ter contato íntimo durante 7 dias após o exame.

Após o exame podem surgir sintomas como perda de líquido, sangramento vaginal, contrações, febre e dor no pé da barriga.

Para alívio da dor e do desconforto pode ser útil tomar um comprimido de Buscopan, sob indicação médica.

Quais são os riscos da cordocentese

Os principais riscos da cordocentese são:

  • Ruptura prematura das membranas fetais;
  • Parto prematuro por cesariana de emergência;
  • Aborto espontâneo;
  • Perda de sangue no local onde é inserida a agulha;
  • Diminuição dos batimentos cardíacos do bebê;
  • Infecções no bebê ou no útero;
  • Descolamento da placenta.

Geralmente, o médico pede uma cordocentese quando há suspeita de alguma síndrome genética ou doença que não tenha sido identificada através da amniocentese ou ultrassom.

Vídeos relacionados

ATIVIDADES para ESTIMULAR o bebê com Síndrome de Down

06:04 | 80.834 visualizações

Como aliviar os Sintomas de Gravidez

11:13 | 65.889 visualizações