Corrimento com sangue: 8 causas (e o que fazer)

O corrimento com sangue pode acontecer no início ou final da menstruação, durante o climatério ou menopausa, após a relação sexual, ou ser causada por infecção, polipo, uso de anticoncepcional, endometriose ou câncer de útero.

Foto doutora realizando uma consulta
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Dependendo da causa, o corrimento com sangue pode ser acompanhado por outros sintomas, como dor e ardor ao urinar, perda de peso, inchaço abdominal, cólicas intensas e menstruação excessiva. 

Assim, caso o corrimento com sangue seja persistente e acompanhado por outros sintomas, é indicado consultar o ginecologista para que seja feita uma avaliação, identificada a causa e, assim, iniciado o tratamento mais adequado.

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As principais causas do corrimento com sangue são:

1. Início ou final da menstruação

No início ou final da menstruação, é comum notar a presença de pequena quantidade de sangue no corrimento vaginal. No início, devido à baixa quantidade de sangue, é comum que o corrimento fique mais rosado, enquanto que no final da menstruação, o corrimento é mais escuro devido à oxidação do sangue.

O que fazer: nesse caso, não é necessário realizar qualquer tipo de tratamento, uma vez que é uma situação normal, acontecendo regularmente todos os meses. Entenda como funciona o ciclo menstrual.

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2. Relação sexual

Em alguns casos, após a relação sexual pode haver um ligeiro corrimento com sangue devido à irritação da vagina e pequenas feridas que podem ser formadas no canal vaginal.

O que fazer: de forma geral, não é necessário que o ginecologista seja consultado. Porém, caso o corrimento com sangue permaneça após alguns dias depois da relação, seja muito intenso ou acompanhado por outros sintomas, é importante que o médico seja consultado para que seja feita uma avaliação da região genital e seja indicado o melhor tratamento, caso haja necessidade.

3. Pólipos

A presença de pólipos endometriais também pode provocar o corrimento com sangue, sendo normalmente acompanhado por outros sintomas, como dor abdominal e dificuldade para engravidar. Veja mais sobre o pólipo endometrial.

O que fazer: é importante que o ginecologista seja consultado para que seja investigada a presença do pólipo e, assim, iniciado o tratamento, que pode envolver a realização de cirurgia para remover o pólipo, principalmente quando é grande. Porém, nos casos em que o pólipo endometrial é pequeno, pode ser apenas recomendado o acompanhamento regular com o médico.

4. Climatério ou menopausa

O climatério e a menopausa são situações em que há o desbalanço hormonal, de forma que pode haver pequenos corrimentos com sangue durante esse período, além de outros sintomas como ondas de calor, mudanças do humor, alteração na libido e cansaço.

O climatério é o período de transição da mulher, em que passa da fase reprodutiva para a não-reprodutiva, tendo início entre os 40 e 45 anos, dura cerca de 3 anos e podem acontecer ciclos menstruais irregulares. Já a menopausa, é quando há a ausência de menstruação. Conheça mais sobre a menopausa.

O que fazer: é recomendado consultar o ginecologista para que seja feita uma avaliação dos níveis hormonais e, assim, dar início ao tratamento de reposição hormonal que ajudar a controlar e aliviar os sintomas, promovendo a qualidade de vida da mulher.

5. Uso de anticoncepcional

O uso de pílulas anticoncepcionais também pode levar ao corrimento com sangue, principalmente no início do uso, já que o corpo ainda está se adaptando os níveis hormonais. Além disso, pode também haver corrimento com sangue na troca de anticoncepcionais e no período de pausa do uso do anticoncepcional, o que é considerado normal.

O que fazer: o ginecologista deverá indicar o melhor anticoncepcional e orientar sobre o seu uso, bem como os efeitos. Caso o corrimento com sangue seja frequente e/ ou acompanhado de outros sintomas, como cólicas e desconforto abdominal, por exemplo, é importante informar ao médico para que seja avaliada a possibilidade de trocar o anticoncepcional. Veja mais detalhes de como funciona o anticoncepcional.

6. Infecção

Algumas infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), principalmente a clamídia, podem ter como sintoma o corrimento com sangue, que pode acontecer após a relação sexual ou entre os ciclos menstruais. Além do corrimento com sangue, outros sintomas podem ser notados, como dor e ardor ao urinar e dor pélvica. Conheça outros sintomas de clamídia.

O que fazer: nesse caso, é recomendado fazer o tratamento conforme orientação do médico, que pode indicar o uso de antibióticos para promover a eliminação da bactéria. É importante que o tratamento seja feito até o fim, não devendo ser interrompido quando os sintomas tiverem desaparecido, já que a bactéria pode ainda não ter sido eliminada.

7. Endometriose

A endometriose é uma condição em que há o crescimento das células endometriais fora do útero, provocando sintomas como cólica intensa, dor durante a relação sexual, inchaço abdominal, prisão de ventre ou diarreia, menstruação abundante e, em alguns casos, corrimento com sangue. Saiba reconhecer os sintomas de endometriose.

O que fazer: é importante seguir o tratamento orientado pelo ginecologista para aliviar os sintomas e evitar a progressão da doença. Assim, pode ser recomendado o uso de medicamento anti-inflamatórios e hormonais, além de cirurgia, nos casos mais avançados. Confira mais detalhes do tratamento para endometriose.

8. Câncer de útero

O câncer de útero, também chamado de câncer cervical, pode também ter como sintoma o corrimento com sangue, principalmente nas fases mais avançadas da doença, que pode acontecer após a relação sexual, em alguns casos. Além disso, também provoca dor abdominal, sensação de pressão na parte de baixo da barriga e perda de peso sem causa aparente.

O que fazer: o tratamento para o câncer de útero deve ser orientado pelo ginecologista de acordo com a causa do câncer, sintomas apresentados e estágio da doença, podendo ser indicada a realização de conização do útero, histerectomia, radioterapia e quimioterapia. Saiba como é feito o tratamento para câncer uterino.