Corrimento na gravidez: é normal? causas e quando ir ao médico

O corrimento na gravidez é bastante normal, especialmente quando é claro ou esbranquiçado, sendo apenas um sinal do aumento de estrogênios no corpo, assim como aumento da circulação na região pélvica.

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No entanto, quando a grávida apresenta corrimento cinza, amarelo ou verde, e tiver acompanhado de sintomas como mau cheiro, coceira, dor ou ardor ao urinar, pode ser sinal de infecções, como clamídia, vaginose ou gonorreia, por exemplo.

Nesses casos, deve-se ir imediatamente ao hospital ou consultar rapidamente o obstetra, para que seja identificada a causa do corrimento na gravidez, e iniciado o tratamento mais adequado.

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Quando o corrimento é normal na gravidez

O corrimento na gravidez é considerado normal quando apresenta as seguintes características:

  • Transparente ou esbranquiçado;
  • Ligeiramente espesso, semelhante a muco;
  • Sem cheiro.

Esse tipo de corrimento é chamado de leucorreia, e é normal na gravidez devido aos altos níveis de estrogênio e progesterona no corpo, não precisando de tratamento específico, sendo apenas recomendado manter os cuidados de higiene habituais.

No entanto, qualquer alteração nas características do corrimento normal deve ser avaliada pelo obstetra, já que pode indicar algum tipo de infecção, que precisa ser tratada adequadamente.

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Corrimento rosa

O corrimento rosa na gravidez pode surgir devido à implantação do embrião, levando ao início da gravidez e, por isso, não é motivo de preocupação. Porém, pode também acontecer devido ao desprendimento do óvulo ou da planta, gravidez ectópica ou ser sinal de aborto espontâneo, sendo importante consultar o obstetra.

Leia também: Corrimento rosado na gravidez: 8 causas e o que fazer tuasaude.com/corrimento-rosado-na-gravidez

Causas de corrimento alterado na gravidez

As causas mais comuns de corrimento alterado na gravidez são:

1. Candidíase

A candidíase vaginal é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, levando ao surgimento de sintomas, como corrimento esbranquiçado, semelhante a queijo cottage, coceira intensa na região genital e vermelhidão.

Este tipo de infecção é bastante comum na gravidez devido às alterações hormonais normais, que podem levar a um desequilíbrio da microbiota vaginal e favorecer o crescimento de fungos.

Embora a candidíase não afete o desenvolvimento do bebê no útero, precisa ser tratada para evitar que durante o parto o bebê seja contaminado com os fungos e desenvolva a candidíase oral, conhecida popularmente como "sapinho”.

O que fazer: deve-se consultar o obstetra ou o ginecologista para iniciar o tratamento com pomadas ou comprimidos antifúngicos, como miconazol ou terconazol, por exemplo. No entanto, também se podem usar alguns remédios caseiros, como o iogurte natural, para aliviar os sintomas e acelerar o tratamento recomendado pelo médico. Veja como é feito o tratamento da candidíase na gravidez.

2. Vaginose bacteriana

A vaginose é uma infecção vaginal bastante frequente, mesmo durante a gravidez, pois a alteração nos níveis de estrogênios facilita o desenvolvimento de fungos e bactérias, especialmente se não existir uma higiene adequada da região.

Nestes casos, o corrimento apresenta-se ligeiramente cinza ou amarelado e com cheiro a peixe podre, que se intensifica durante o contato íntimo.

A vaginose durante a gravidez, quando não tratada, pode aumentar o risco de aborto espontâneo, parto prematuro, ruptura das membranas, endometrite, corioamnionite e baixo peso do bebê ao nascer, além de maior risco de ter infecções sexualmente transmissíveis.

O que fazer: é preciso consultar o obstetra ou o ginecologista para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento com antibióticos seguros para a gestação, como o metronidazol ou a clindamicina, por cerca de 7 dias. Veja mais sobre como é feito o tratamento da vaginose.

3. Gonorreia

Esta é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, transmitida através do contato íntimo desprotegido com o (a) parceiro (a) infectado (a).

Os sintomas da gonorreia incluem dor ou sensação de queimação ao urinar, incontinência urinária, coceira na região íntima, sangramento ou caroços na vagina, por exemplo.

Uma vez que a gonorreia pode afetar a gravidez, aumentando o risco de aborto, parto prematuro ou infecção do líquido amniótico, é muito importante iniciar rapidamente o tratamento. Veja outras complicações podem surgir no bebê.

O que fazer: se existir suspeita de infecção com uma doença sexualmente transmissível é muito importante ir rapidamente ao hospital ou ao obstetra para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento, que neste caso é feito com o uso de antibióticos, como a penicilina, ofloxacina ou ciprofloxacina. Saiba mais sobre o tratamento da gonorreia na gravidez.

4. Tricomoníase

A tricomoníase é outra infecção sexualmente transmissível, causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que também pode surgir na gravidez caso aconteça uma relação íntima sem preservativo com o(a) parceiro(a) infectado(a).

Os sintomas mais característicos da tricomoníase são corrimento esverdeado ou amarelado, mau cheiro, vermelhidão na região genital, dor ao urinar, coceira e presença de pequenos sangramentos vaginais.

A tricomoníase pode aumentar o risco de parto prematuro ou baixo peso do bebê ao nascer e, por isso, deve ser tratada o mais rápido possível.

O que fazer: deve ir ao obstetra ou ginecologista para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento com um antibiótico, como o metronidazol, por cerca de 3 a 7 dias. Entenda como é feito o tratamento da tricomoníase.

5. Clamídia

A clamídia também é uma infecção sexualmente transmissível, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, levando ao surgimento de corrimento amarelado, semelhante a pus, dor e ardor ao urinar, dor e sangramento durante o contato íntimo ou dor pélvica.

Essa infecção durante a gravidez pode aumentar o risco de parto prematuro, ruptura das membranas ou baixo peso ao nascer.

Além disso, quando a grávida tem a infecção e não fez o tratamento adequado, a infecção pode passar para o bebê durante o parto, e causar complicações no recém-nascido, como conjuntivite ou pneumonia.

O que fazer: é importante seguir o tratamento indicado pelo obstetra, que normalmente é feito com o uso de antibióticos como azitromicina ou doxiciclina. Veja mais detalhes do tratamento da clamídia.

Corrimento ou rompimento da bolsa?

Para diferenciar o corrimento vaginal do rompimento da bolsa deve-se levar em consideração a cor e a espessura do líquido, sendo que:

  • Corrimento: é viscoso e pode ter cheiro ou cor;
  • Líquido amniótico: é bastante fluido, sem cor ou um amarelo muito clarinho, mas sem cheiro;
  • Tampão mucoso: geralmente é amarelado, grosso, parecendo catarro ou pode ter vestígios de sangue, tendo uma coloração acastanhada sendo bastante diferentes dos corrimentos que a mulher já possa ter tido na vida. Saiba como identificar o tampão mucoso.

Algumas mulheres podem apresentar pequenas perdas de líquido amniótico antes do trabalho de parto ter começado e, por isso, se houver suspeita de rompimento da bolsa é importante informar o obstetra para que ele a possa avaliar. Confira como identificar se está entrando em trabalho de parto.

Desta forma, é importante ficar atenta e colocar um absorvente para perceber a cor, a quantidade e a viscosidade da secreção, pois também pode ser sangue.

Quando ir no médico

É recomendado ir ao obstetra sempre que a grávida apresentar os seguintes sintomas:

  • Corrimento amarelo, verde, marrom ou esverdeado;
  • Corrimento com mau cheiro ou com sangue;
  • Dor e ardência ao urinar;
  • Coceira, sensação de queimação ou vermelhidão na região genital;
  • Dor durante o contato íntimo ou sangramento;
  • Sangramento vaginal;
  • Suspeita de rompimento da bolsa.

Na consulta médica deve-se informar quando os sintomas começaram e mostrar a calcinha suja para que o médico confira a cor, cheiro e espessura do corrimento, para chegar ao diagnóstico e então indicar que providências se deve tomar.

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