Corrimento rosado na gravidez: 8 causas e o que fazer

O corrimento rosado na gravidez pode surgir devido a implantação do embrião não sendo motivo de preocupação, mas também pode surgir devido ao descolamento ovular ou da placenta, gravidez ectópica ou até aborto espontâneo, por exemplo.

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Dependendo da sua causa, o corrimento rosado pode estar acompanhado de outros sintomas como cólica, dor pélvica, coceira, sensação de queimação na região íntima ou sangramento intenso.

Na presença de corrimento rosado na gravidez, deve-se consultar o obstetra para identificar sua causa e indicar o tratamento mais adequado. Nos casos de sangramento vaginal, deve-se ir ao pronto-socorro imediatamente.

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8 causas de corrimento rosado na gravidez

As principais causas de corrimento rosado na gravidez são:

1. Implantação do embrião

O corrimento rosado no início da gravidez é normal e pode ser causado pela implantação do embrião no útero, chamada nidação, o que ocorre cerca de 6 a 12 dias depois da fecundação, e geralmente dura cerca de 2 dias, podendo também ocorrer uma pequena cólica.

Nessa fase inicial da gravidez, também surgem sintomas como enjoo matinal ou sensibilidade nas mamas, que podem ser confundidos com sintomas da TPM. Saiba como diferenciar sintomas da TPM e gravidez.  

O que fazer: ao ter corrimento rosado e sentir cólica no início da gravidez, é recomendado repousar e relaxar, o que pode ajudar a aliviar o desconforto relacionado à implantação do embrião, e que normalmente melhora dentro de 2 dias. Além disso, deve-se fazer um teste de gravidez e consultar o ginecologista.

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2. Irritação do colo do útero

A irritação do colo do útero pode causar corrimento rosa amarronzado durante a gravidez, e acontecer devido ao contato íntimo, por exemplo.

Isto porque durante a gestação o colo do útero fica mais vascularizado, devido às alterações hormonais normais da gravidez, podendo sangrar facilmente.

O que fazer: deve-se fazer o acompanhamento pré-natal de forma que o médico possa verificar se a causa do corrimento rosado é por alterações hormonais normais e trauma no colo do útero durante ou contato íntimo ou se existem condições de saúde que possam estar causando o corrimento. 

3. Infecções sexualmente transmissíveis

Algumas infecções sexualmente transmissíveis (IST’s), como a clamídia ou gonorreia, podem causar sintomas como corrimento rosado, verde, amarelo ou cinza, geralmente com mau cheiro.

Outros sintomas que podem surgir são coceira, sensação de queimação na região íntima, dor e ardor ao urinar ou vermelhidão na região genital, por exemplo.

O que fazer: é muito importante iniciar rapidamente o tratamento indicado pelo obstetra, de acordo com o tipo de IST, uma vez que essas infecções podem aumentar o risco de aborto, ruptura das membranas, parto prematuro, infecção do líquido amniótico ou baixo peso do bebê ao nascer. Veja como é feito o tratamento das ISTs.

4. Descolamento do saco gestacional

O descolamento do saco gestacional, também chamado de descolamento ovular ou hematoma subcoriônico, pode causar corrimento rosado, sangramento, cólica ou dor abdominal.

O descolamento do saco gestacional pode acontecer durante o primeiro trimestre de gravidez devido a um acúmulo de sangue ou hematoma abaixo do córion, que é uma membrana que é uma membrana em torno do embrião. 

Nos casos mais leves, esse hematoma pode desaparecer sozinho até o fim do segundo trimestre de gestação. No entanto, quando o hematoma é grande, existe um risco maior de aborto espontâneo ou descolamento da placenta.

O que fazer: deve-se ir ao hospital mais próximo imediatamente para que seja realizado o ultrassom e avaliada a necessidade de iniciar o tratamento mais adequado, que pode ser feito com repouso parcial ou absoluto, evitar o contato íntimo, e em alguns casos, tratamento hormonal com progesterona, indicado pelo obstetra. Veja mais detalhes do tratamento do descolamento do saco gestacional.  

Leia também: Hematoma subcoriônico: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/hematoma-subcorionico

5. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica é o desenvolvimento do embrião fora do útero, sendo mais comum nas trompas de Falópio, podendo causar corrimento rosado ou marrom, sangramento vaginal ou cólica intensa em apenas um lado da barriga e que piora com o movimento.

Outros sintomas da gravidez ectópica são dor durante o contato íntimo, tonturas, náuseas, vômitos ou desmaios.

O que fazer: deve-se procurar o pronto socorro mais próximo imediatamente para que sejam feitos exames, confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado, que geralmente é feito a partir de uma cirurgia para retirada do embrião. Veja como é feito o tratamento da gravidez ectópica.

6. Aborto espontâneo

O corrimento rosado ou amarronzado pode ser um dos primeiros sinais de aborto espontâneo, podendo evoluir para sangramento intenso ou saída de coágulos de sangue ou tecidos pela vagina. 

Outros sintomas do aborto espontâneo são cólica intensa no pé da barriga, dor na região lombar e/ou na pelve,dor de cabeça intensa ou constante, ou mal estar generalizado. Saiba identificar todos os sintomas de aborto espontâneo.

O aborto espontâneo é mais comum de acontecer no primeiro trimestre da gravidez, devido a várias situações, como excesso de atividade física, uso de medicamentos, consumo de determinados chás, infecções ou traumatismos. 

O que fazer: deve-se procurar o pronto-socorro imediatamente, para realizar exames como ultrassom e avaliação dos batimentos cardíacos do feto, e assim ter o diagnóstico. No caso de confirmação de aborto espontâneo, o tratamento deve ser realizado pelo obstetra através de uma curetagem. Saiba como é feita a curetagem.  

7. Descolamento da placenta

O descolamento da placenta acontece quando a placenta é separada da parede do útero como resultado de inflamações ou alteração na circulação de sangue na placenta.

Esse descolamento pode causar corrimento rosado, seguido de sangramento vaginal, cólicas intensas ou dor lombar, sendo mais comum após as 20 semanas de gestação.

O descolamento da placenta pode ser causado por esforço físico intenso e pressão alta ou pré-eclâmpsia.

O que fazer: o descolamento da placenta é uma emergência médica, pois pode pôr em risco a saúde da mãe e do bebê. Por isso, deve-se procurar o pronto socorro o mais rápido possível para que seja iniciado o tratamento, sendo necessário em alguns casos internamento hospitalar, uso de oxigênio e controle da pressão arterial e frequência cardíaca. Saiba mais sobre o tratamento do descolamento da placenta.  

8. Início do trabalho de parto

No início do trabalho de parto, pode ocorrer a saída de um corrimento rosado gelatinoso, ligeiramente marrom ou contendo um pouco de sangue, que é a perda do tampão mucoso.

O tampão mucoso é produzido pelo corpo nos primeiros meses de gravidez, que tem como objetivo evitar que bactérias e outros microrganismos cheguem até o útero e interfira no desenvolvimento do bebê e na continuidade da gestação.

Quando o trabalho de parto inicia, acontece a saída do tampão mucoso, devido à dilatação do colo uterino, indicando que o corpo está se preparando para o trabalho de parto. Veja outros sintomas do trabalho de parto.

O que fazer: deve-se sempre comunicar ao médico quando apresentar esse tipo de corrimento vaginal. No caso de ocorrer sangramento intenso, a mulher apresentar contrações frequentes e regulares, rompimento da bolsa amniótica, ou diminuição ou ausência de movimentos fetais, deve-se entrar em contato com o médico imediatamente e ir ao hospital mais próximo.

Quando ir ao médico

É importante que a mulher consulte o obstetra ou procure o pronto-socorro mais próximo imediatamente quando o corrimento rosado estiver acompanhado de sintomas como:

  • Mau cheiro, ou cor esbranquiçada, verde, amarelo ou cinza;
  • Coceira, sensação de queimação ou vermelhidão na região genital;
  • Dor ou sangramento durante o contato íntimo;
  • Sangramento vaginal marrom ou vermelho vivo;
  • Dor pélvica ou abdominal;
  • Febre e mal estar geral.

Desta forma, o obstetra deve fazer o exame ginecológico e solicitar exames complementares, de forma a identificar a causa do corrimento rosado e, assim, indicar o tratamento mais adequado, se necessário.

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