Craniotomia: o que é, para que serve, recuperação e sequelas

Craniotomia é uma cirurgia indicada para retirar tumores cerebrais, reparar aneurismas, corrigir fraturas do crânio, aliviar a pressão intracraniana e remover coágulos do cérebro, em caso de acidente vascular cerebral, por exemplo.

Foto doutora realizando uma consulta
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Essa cirurgia é feita pelo neurocirurgião retirando uma parte do osso do crânio para operar partes do cérebro, sendo que depois essa parte é colocada novamente.

A craniotomia pode ser feita com anestesia geral ou com a pessoa acordada, o que varia com a região do cérebro a ser tradada, podendo ser feita em alguns casos a craniotomia descompressiva para reduzir a pressão intracraniana.

Imagem ilustrativa número 1

Quando é indicada

A craniotomia é uma cirurgia realizada no cérebro e pode ser indicada para as seguintes condições:

  • Câncer ou tumores cerebrais;
  • Traumatismo cranioencefálico;
  • Aneurisma cerebral ou coágulos no cérebro;
  • Hemorragia ou hematomas cerebrais;
  • Malformações de casos sanguíneos cerebrais ou fístulas de artérias e veias;
  • Cisto hidático ou neurocisticercose;
  • Abscesso cerebral;
  • Fraturas do crânio.

Esta cirurgia também pode ser indicada por um neurologista para aliviar a pressão intracraniana causada pelo traumatismo craniano ou AVC, e assim reduzir o inchaço dentro do cérebro.

A craniotomia pode ser usada para colocação de implantes específicos para o tratamento de doença de Parkinson e epilepsia. Entenda o que é epilepsia, quais são os sintomas e o tratamento.

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Como se preparar para a cirurgia

Para se preparar para a craniotomia, é importante realizar os exames solicitados pelo neurocirurgião, como risco cirúrgico, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou angiografia, por exemplo.

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Além disso, é importante informar ao médico qualquer tipo de alergia e todos os medicamentos, vitaminas, fitoterápicos ou suplementos alimentares que são usados com frequência.

Antes do início da craniotomia é indicado que a pessoa fique de jejum absoluto por pelo menos 8 horas, conforme orientação médica.

Como é feita

A cirurgia de craniotomia é feita pelo neurocirurgião, no hospital, com anestesia geral ou com a pessoa acordada, principalmente quando a cirurgia é realizada em partes do cérebro que controlam os movimentos, a fala ou a visão.

Para realizar a craniotomia, o médico deve seguir alguns passos:

  1. Aplicar a anestesia geral, ou anestesia local, caso a pessoa precise ficar acordada durante a cirurgia;
  2. Raspar os cabelos no local em que serão feitos os cortes;
  3. Fazer um corte em regiões específicas da pele da cabeça;
  4. Afastar os músculos cranianos;
  5. Fazer pequenos furos no osso do crânio;
  6. Cortar com uma serra cirúrgica entre cada furo para remover um pedaço do osso do crânio;
  7. Remover ou reparar partes do cérebro afetada;
  8. Colocar o osso do crânio no lugar;
  9. Fechar o corte na pele com pontos ou grampos.

A craniotomia dura em média 5 horas e durante a cirurgia os médicos obterão imagens do cérebro em computadores, através da tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para fornecer a localização exata da parte do cérebro que precisa ser operada.

Qual é a diferença entre craniotomia e craniectomia?

Tanto a craniotomia como a craniectomia são cirurgias em que o neurocirurgião remove um pedaço do osso do crânio.

No entanto, na craniotomia, após terminar a cirurgia, o médico coloca o pedaço do crânio imediatamente no logar e fecha o corte na pele.

Já na craniectomia, também chamada de craniotomia descompressiva, o pedaço do crânio não é colocado imediatamente ao final da cirurgia, para permitir que o cérebro se expanda nos casos de edema cerebral, para reduzir a pressão intracraniana.

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Como é a recuperação

Após a craniotomia, é necessário a pessoa ficar em observação na UTI, e depois é encaminhada para o quarto do hospital, em que poderá ficar internada em média 7 dias para receber antibióticos, para evitar infecções, e remédios para aliviar a dor.

Durante internamento hospitalar são feitos vários exames para testar a função do cérebro e verificar se a cirurgia causou alguma sequela, como dificuldade para enxergar ou movimentar alguma parte do corpo.

Cuidados após a craniotomia

Depois da alta hospitalar, é importante manter curativo no local aonde foi feita a cirurgia, tomando cuidados para manter o corte sempre limpo e seco, sendo importante proteger o curativo durante o banho.

O médico poderá solicitar o retorno no consultório nos primeiros dias, para verificar a cicatrização e retirar os pontos.

Além disso, é importante tomar os remédios conforme indicação do médico e ficar atento a sinais de infecções, como febre, dor, vermelhidão, inchaço ou dor na cicatriz.

Possíveis complicações

As principais complicações da craniotomia são:

  • Infecção;
  • Sangramento ou formação de coágulos de sangue;
  • Pneumonia;
  • Convulsões;
  • Fraqueza muscular.

Desta forma, é importante procurar atendimento médico imediatamente se surgirem sintomas, como febre, calafrios, mudanças na visão, sonolência excessiva, confusão mental, fraqueza nos braços ou pernas, tonturas, dificuldades para respirar, dor no peito.

Sequelas da craniotomia

A craniotomia pode deixar sequelas a longo prazo, como problemas de equilíbrio ou coordenação motora, dificuldades na fala, problemas de memória ou mudanças de comportamento.

Além disso, a craniotomia pode deixar uma cicatriz visível.