Criptosporidiose: o que é, sintomas, transmissão e tratamento

Criptosporidiose é uma infecção gastrointestinal causada pelo parasita Cryptosporidium sp., que resulta em sintomas como dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia, por exemplo.

Esse parasita é transmitido principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados, sendo uma das causas mais comuns de diarreia em crianças e em pessoas com o sistema imune enfraquecido.

O tratamento da criptosporidiose é feito pelo clínico geral, pediatra ou gastroenterologista com medidas de suporte, de acordo com os sintomas apresentados.

Sintomas de criptosporidiose

Os principais sintomas de criptosporidiose são:

• Diarreia aquosa ou com muco;
• Dor abdominal;
• Náuseas e vômitos;
• Dor de cabeça, nas articulações ou nos olhos;
• Febre baixa;
• Perda de peso;
• Desidratação.

Os sintomas duram em média 10 dias e podem variar de acordo com a idade, sistema imune e ocorrência de outras infecções.

Crianças e pessoas que possuem o sistema imune mais comprometido, como por exemplo aquelas portadoras do vírus HIV, têm mais chance de infecção pelo Cryptosporidium sp.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da criptosporidiose é feito pelo clínico geral, pediatra ou gastroenterologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame de fezes.

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Através do exame parasitológico, é possível verificar a presença de oocistos nas fezes, que também podem ser identificados por meio da biópsia intestinal ou raspado de mucosa.

Como ocorre a transmissão

A principal via de transmissão do Cryptosporidium é feca-oral, que ocorre através de:

• Consumo de água ou alimentos contaminados;
• Uso de piscinas ou banheiras mal higienizadas ou com resquícios de fezes contaminadas;
• Contato direto com a pessoa infectada;
• Contato com animais que estão eliminando os oocistos por meio das fezes.

A infecção pelo Cryptosporidium é mais comum de acontecer em ambientes com grande concentração de pessoas, como creches e hospitais, por exemplo, ou por meio do contato sexual, apesar dessa última forma ser mais rara.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a criptosporidiose deve ser feito com orientação do clínico geral, pediatra ou gastroenterologista, com medidas de suporte com o objetivo de aliviar os sintomas.

Os principais tratamentos para criptosporidiose são:

1. Aumentar a ingestão de líquidos

Aumentar a ingestão de líquidos, como água, sopas, sucos naturais sem açúcar ou chás, ajuda a evitar a desidratação principalmente em crianças, idosos e pessoas com o sistema imune enfraquecido.

Além disso, pode-se preparar o soro caseiro para repor água e eletrólitos perdidos na diarreia e/ou vômitos.

2. Internamento hospitalar

Nos casos de desidratação grave causada pela criptosporidiose, pode ser necessário internamento hospitalar para receber soro e eletrólitos na veia.

3. Repouso

O repouso pode ajudar a recuperar mais rápido da criptosporidiose, além de ser importante devido ao cansaço excessivo que pode ser causado por diarreia ou vômitos.

4. Isolamento

O isolamento é recomendado para evitar transmitir a criptosporidiose para outras pessoas.

Desta forma, é recomendado não levar a criança à escola ou ir ao trabalho por até 24 horas após a melhora da diarreia e dos outros sintomas e cura da infecção.

Além disso, é recomendado evitar o contato íntimo, o uso de piscinas e tomar banho com outras pessoas por pelo menos 2 semanas após a melhora da diarreia.

5. Remédios para criptosporidiose

O uso de remédios para criptosporidiose pode ser indicado pelo médico para o tratamento da diarreia causada pelo Cryptosporidium parvum, perincipalmente em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.

O principal remédio que pode ser indicado nesse caso é a nitazoxanida (Annita) que deve ser tomado nas doses e pelo tempo de tratamento orientado pelo médico. Saiba como tomar a nitazoxanida.

Como prevenir

Para evitar criptosporidiose, é importante:

• Higienizar alimentos antes de prepará-los ou consumi-los;
• Não engolir água de piscinas ou beber água de lagos, rios, nascentes, lagoas e córregos não tratados;
• Ter cuidados especiais de higiene pessoal e com os objetos utilizados;
• Evitar o contato com pessoas infectadas;
• Evitar nadar em piscinas públicas com água não tratada adequadamente;
• Beber água somente filtrada ou fervida;
• Usar preservativos durante o contato íntimo, para evitar a transmissão anal-fecal.

Além disso, é importante também lavar bem as mãos com água e sabão neutro antes de cozinhar, comer, após ir ao banheiro ou trocar fraldas. Veja como lavar as mãos corretamente para evitar infecções.

Assista o vídeo a seguir com dicas de como lavar as mãos corretamente e evitar a criptosporidiose: