Aspirina na gravidez: pode causar aborto?

Durante a gravidez, o uso da aspirina, quando utilizado em altas doses no primeiro trimestre da gestação, pode causar aborto espontâneo ou malformações no feto. Já quando utilizado no terceiro trimestre da gestação, pode aumentar o risco de problemas cardíacos no bebê, ou complicações durante o parto.

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No entanto, alguns estudos científicos mostram que a aspirina quando tomada em baixas doses, geralmente entre 60 mg a 100 mg, durante o primeiro trimestre da gravidez,  não é prejudicial, podendo ser recomendado pelo médico nos casos de mulheres que tiveram abortos espontâneos, ou que tenham problemas de coagulação ou pré-eclâmpsia. 

Por isso, é importante ter a orientação do obstetra durante toda a gestação, evitar o uso de remédios por contra própria, e tomar a aspirina somente se recomendado pelo médico, após avaliação do estado de saúde da mulher.

Imagem ilustrativa número 1

Dose segura de aspirina na gravidez

Para usar a aspirina na gravidez, as doses normalmente recomendadas são:

Período de Gestação

Dose

1º trimestre (1 a 13 semanas)

No máximo 100 mg por dia

2º trimestre (14 a 26 semanas)

No máximo 100 mg por dia

3º trimestre (depois das 27 semanas)

Contraindicado - Nunca usar

Durante a amamentação

No máximo 150 mg por dia

Apesar do médico poder receitar o uso de pequenas doses de aspirina no 1º e no 2º trimestre de gestação, a aspirina é absolutamente contraindicada no 3º trimestre, pois pode causar problemas cardíacos ou renais no bebê, além de pode reduzir a quantidade de líquido amniótico, causar parto prematuro, ou complicações na hora do parto, como hemorragia pós-parto, o que pode colocar em risco a vida da mulher. 

Marque uma consulta com o obstetra mais próximo para verificar se é seguro usar a aspirina:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

O uso da aspirina depois do parto também deve ser feito com cautela porque doses diárias acima de 150 mg passam pelo leite materno e podem prejudicar o bebê. Se houver necessidade de tratamento com doses maiores, o médico deve recomendar interromper a amamentação.

Outras alternativas à aspirina

Para combater a febre e a dor durante a gravidez, o único remédio recomendado é o paracetamol, que é um analgésico indicado para o alívio da dor. No entanto, recomenda-se entrar em contato com o obstetra que faz o acompanhamento pré-natal para garantir o uso seguro e na dose correta durante a gravidez. Saiba como tomar o paracetamol na gravidez

Ainda assim, é importante usar o paracetamol na menor dose possível e pelo menor período de tempo, já que existe um pequeno risco de afetar o normal desenvolvimento do bebê.

Remédios caseiros contra febre e dor na gravidez

Alguns remédios caseiros contra febre e dor na gravidez são:

  • Febre: é mais indicado adotar estratégias simples como tomar banho, molhar os pulsos, as axilas e a nuca com água fresca e usar menos roupa, descansando num local bem ventilado;
  • Dor: tomar o chá de camomila que tem ação calmante ou aproveitar a aromaterapia com lavanda que tem o mesmo efeito. Confira os chás que a grávida não deve tomar na gravidez

É importante consultar o obstetra sempre que surgir dor ou febre na gravidez, para que seja identificada a causa, e indicado o tratamento mais adequado.

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