Depressão na gravidez: sintomas, causas e tratamento

Depressão na gravidez é caracterizada por variações de humor, ansiedade e tristeza, que pode resultar em desinteresse pela gravidez e trazer consequências para o bebê.

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A depressão na gravidez pode surgir devido às variações hormonais comuns da gestação ou ser resultante do medo de ser mãe pela primeira vez, especialmente quando a mulher já teve crise de ansiedade ou depressão anteriormente.

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O tratamento para depressão na gravidez é feito pelo obstetra e/ou psiquiatra, e normalmente envolve a psicoterapia ou, em alguns casos, uso de remédios.

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Sintomas de depressão na gravidez

Os principais sintomas de depressão na gravidez são:

  • Tristeza, sentimento de culpa ou desesperança na maior parte dos dias;
  • Ansiedade, irritabilidade, agitação ou crises de choro;
  • Perda de interesse pela atividades diárias;
  • Lentidão, fadiga ou perda de energia; 
  • Insônia ou sonolência exagerada; 
  • Excesso ou falta de apetite;
  • Falta de concentração e indecisão.

Além disso, também podem surgir pensamentos sobre morte ou suicídio, com ou sem tentativa de autoextermínio. Saiba identificar os comportamentos suicida.

Os sintomas de depressão na gravidez podem surgir todos os dias, ou na maior parte do tempo, sendo mais comum, no primeiro ou no último trimestre da gestação e no primeiro mês depois do nascimento do bebê.

Leia também: 14 sintomas de depressão (que não deve ignorar) tuasaude.com/sintomas-de-depressao

A depressão pode afetar o bebê?

A depressão na gravidez, quando não identificada e tratada, pode afetar o desenvolvimento do bebê, pois a gestante pode ter menos cuidado com a alimentação e com a saúde.

Além disso, a depressão na gravidez aumenta o risco de parto prematuro e baixo peso do bebê ao nascer. 

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da depressão na gravidez é feito pelo obstetra ou psiquiatra, através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e de depressão, e histórico familiar de depressão.

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Para descartar condições com sintomas semelhantes, como problemas na tireoide, deficiências nutricionais ou diabetes gestacional, o médico pode solicitar exames, como hormônios da tireoide, painel metabólico e níveis de vitamina D, por exemplo.

Outros exames que podem ser solicitados são análises de urina e exames toxicológicos. Saiba como é feito o exame toxicológico.

Causas da depressão na gravidez

As principais causas de depressão na gravidez são:

  • Histórico pessoal de ansiedade, depressão ou depressão pós-parto;
  • Histórico familiar de depressão;
  • Gravidez anterior complicada, caso anterior de aborto ou de perda de um filho;
  • Estar grávida de bebê com problemas de saúde ou necessidades especiais;
  • Falta de apoio emocional, de conforto, carinho, e assistência;
  • Não ter planejado a gravidez.

Além disso, problemas financeiros, de relacionamento ou condições graves de saúde, também podem aumentar o risco de depressão na gravidez.

É também possível que a depressão na gravidez se desenvolva em mulheres que não foram expostas a nenhuma das situações.

Leia também: Depressão ou tristeza: como diferenciar (com teste online) tuasaude.com/como-saber-se-e-tristeza-ou-depressao

Como é feito o tratamento

O tratamento para a depressão durante a gravidez deve ser feito com orientação do obstetra e/ou psiquiatra, e varia de acordo com a gravidade dos sintomas.

Geralmente, o tratamento é feito com terapia, principalmente a terapia cognitivo-comportamental, pois ajuda a gestante a desenvolver estratégias para entender e controlar as emoções em diferentes situações.

Além disso, praticar atividade física ou alguma alguma atividade de lazer ou hobbies que promovam o relaxamento da gestante, manter uma alimentação saudável e ter o apoio da família são outras formas de tratar a depressão na gravidez.

Leia também: Tratamento para depressão (remédios, terapia e opções naturais) tuasaude.com/tratamento-da-depressao

Nos casos mais graves, pode ser indicado pelo médico o uso de medicamentos, após avaliar os benefícios para a gestante e os riscos para o bebê. 

Quando usar antidepressivo

O uso de antidepressivo só é recomendado pelo obstetra e/ou psiquiatra após as 12 primeiras semanas de gravidez.

Isso porque no 1º trimestre de gestação é que são formados a maioria dos órgãos e sistemas do bebê, sendo uma fase mais delicada, e alguns medicamentos podem ser prejudiciais para desenvolvimento do bebê.

Os principais antidepressivos que podem ser indicados pelo médico são os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), como sertralina ou fluoxetina, por exemplo. Veja todos os tipos de antidepressivos.

Leia também: Remédios que a grávida não deve tomar tuasaude.com/medicamentos-proibidos-na-gravidez

Riscos do uso de antidepressivos na gravidez

Apesar de serem considerados seguros, alguns estudos indicam que o uso desses antidepressivos no último trimestre de gravidez pode resultar em algumas alterações neonatais como agitação, irritabilidade, alterações na alimentação e no sono, hipoglicemia e desconforto respiratório, por exemplo.

No entanto é relatado que essas alterações duram poucas semanas e não têm impacto no desenvolvimento a longo prazo do bebê.

Além disso, não é aconselhado tomar remédios naturais porque podem prejudicar o bebê, inclusive a erva-de-são-joão, normalmente usado contra depressão, é contraindicada nessa fase. 

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