Derrame pleural: o que é, sintomas, causas e tratamento

Derrame pleural é o acúmulo excessivo de líquido no espaço pleural, que é o espaço que existe entre o pulmão e a membrana externa que o cobre, chamada pleura, causando sintomas como dor no peito, sensação de falta de ar ou dificuldade para respirar.

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Em situações normais, a quantidade de líquido no espaço pleural é muito pequena, cerca de 10 mL, e resulta de um equilíbrio perfeito entre a sua produção e absorção. Porém, quando existe algum problema de saúde, como problemas cardiovasculares, respiratórios ou autoimunes, pode resultar no acúmulo excessivo de líquido, e surgimento de sintomas.

O tratamento do derrame pleural, que também é conhecido como água no pulmão ou água na pleura, é feito pelo clínico geral ou pneumologista, que pode indicar a drenagem do líquido da pleura, ou uso de remédios, como diuréticos ou antibióticos, o que varia de acordo com a causa do derrame pleural.

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Sintomas de derrame pleural

Os principais sintomas de derrame pleural são:

  • Dificuldade para respirar;
  • Sensação de falta de ar, mesmo em repouso;
  • Cansaço, especialmente durante esforço físico;
  • Dor no peito, que piora ao inspirar fundo ou tossir;
  • Tosse seca persistente;
  • Dor constante ao respirar;
  • Soluço;
  • Febre.

Na maioria dos casos, estes sintomas não surgem nos pequenos derrames pleurais e mesmo quando surgem podem ser associados às suas causas, como insuficiência cardíaca ou pneumonia. 

Por isso, é sempre recomendado consultar o clínico geral  ou pneumologista sempre que surgirem sintomas do derrame pleural, para que seja diagnosticado, identificada sua causa e iniciado o tratamento mais adequado. 

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O derrame pleural é grave?

O derrame pleural é uma condição que por si só não é grave e, em muitos casos, o líquido, quando presente em pequenos volumes, consegue ser reabsorvido pelo próprio organismo.

No entanto, o derrame pleural pode indicar condições graves de saúde, como insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca, câncer de pulmão ou linfoma, por exemplo, e deve ser tratada adequadamente para evitar complicações como o empiema, que é acúmulo de pus no espaço pleural, edema pulmonar, sangramento ou colapso pulmonar. 

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do derrame pleural é feito pelo clínico geral ou pneumologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, exame físico, e exame de raio X do tórax para observar se existe acúmulo de líquido, que é representado por uma área branca no pulmão.

Além disso, o médico pode solicitar um ultrassom torácico ou tomografia computadorizada, e um exame chamado toracocentese, para retirar uma amostra do líquido do espaço pleural no pulmão, e fazer uma biópsia do tecido pulmonar para analisar no laboratório, de forma a identificar a causa do derrame pleural.

Leia também: Toracocentese: o que é, para que serve e como é feita tuasaude.com/toracocentese

Possíveis causas

As principais causas causas de derrame pleural são:

  • Pneumonia ou tuberculose;
  • Embolia pulmonar ou câncer de pulmão; 
  • Linfoma ou mesotelioma; 
  • COVID-19; 
  • Doenças autoimunes, como artrite reumatoide e lúpus;
  • Alterações nos rins, como síndrome nefrótica e insuficiência renal em estágio avançado;
  • Cirrose hepática;
  • Insuficiência cardíaca descompensada;
  • Hipotireoidismo descompensado;
  • Pancreatite.

Além disso, o derrame pleural pode surgir devido a radioterapia na região do tórax, ruptura do esôfago ou uso de remédios como metotrexato, amiodarona, dasatinibe ou fenitoína, por exemplo.

Essas condições podem resultar em uma inflamação dos tecidos do pulmão ou da pleura, levando ao surgimento do derrame pleural.

Como é feito o tratamento

O derrame pleural é tratado quando é muito grande e provoca sintomas como dor intensa ou falta de ar, pois quando é pequeno pode ser absorvido pelo organismo, sendo apenas necessário fazer novos raio X para observar a sua evolução.

Nos casos em que é necessário tratamento e há um grande volume, o médico normalmente realiza a drenagem do líquido, que é feita utilizando uma agulha e uma seringa para atravessar a parede torácica e chegar até ao espaço cheio de líquido, removendo o excesso.

Além disso, dependendo da sua causa, o médico pode recomendar o tratamento com o uso de remédios diuréticos, antibióticos ou quimioterapia, por exemplo. Nos casos mais graves, pode ser recomendada a cirurgia para retirar o tecido inflamado e danificado da pleura, sendo essa cirurgia conhecida como toracoscopia ou toracotomia. Veja como é feita a toracotomia

Fisioterapia para derrame pleural

Após a retirada do excesso de líquido, o médico pode recomendar que fisioterapia respiratória que consiste num conjunto de exercícios respiratórios ensinados pelo fisioterapeuta que ajudam o pulmão a voltar o seu tamanho normal, após ter sido pressionado pelo derrame.

Esses exercícios são importantes para reduzir o desconforto ao respirar, mas também para aumentar a quantidade de oxigênio no organismo. Entenda como é feita a fisioterapia respiratória.

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