Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca e destrói as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, resultando no aumento da glicose no sangue e sintomas, como boca seca, sede constante e vontade de urinar frequentemente.
A diabetes do tipo 1 está normalmente relacionada com fatores genéticos e autoimunes, que resultam na pouca ou nenhuma produção de insulina pelo pâncreas fazendo com que o organismo não seja capaz de utilizar o açúcar no sangue, permanecendo na corrente sanguínea.
Leia também: Diabetes: o que é, sintomas, tipos, causas e tratamento tuasaude.com/diabetesO tratamento da diabetes tipo 1, também conhecida como diabetes juvenil ou diabetes insulino-dependente, é feito pelo endocrinologista ou pediatra, com o uso da insulina para controlar os sintomas e prevenir complicações, sendo importante também que existam mudanças no estilo de vida da pessoa.
Sintomas de diabetes tipo 1
Os principais de diabetes tipo 1 são:
- Sensação de sede e fome constante;
- Vontade frequente para urinar;
- Cansaço excessivo;
- Perda de peso sem motivo aparente;
- Dor abdominal ou vômitos;
- Alterações de humor, irritabilidade ou dificuldade de concentração;
- Candidíase vaginal frequente em meninas e mulheres;
- Cicatrização lenta.
Os sintomas da diabetes 1 podem surgir de repente e estão relacionados com o aumento da quantidade de glicose circulante no sangue devido ao mau funcionamento do pâncreas, e falta de insulina.
No caso da criança, além destes sintomas, alguns sinais podem indicar a diabetes tipo 1, como voltar a fazer xixi na cama durante a noite, dificuldade de ganhar peso ou apresentar infecções recorrentes da região íntima. Veja como reconhecer os primeiros sintomas da diabetes nas crianças.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da diabetes tipo 1 é feito pelo endocrinologista através da avaliação dos sintomas e exames de sangue, como exame de hemoglobina glicada ou HBAIC que avalia os níveis de glicose nos últimos dois a três meses e/ou dos níveis de glicose em jejum.
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Além disso, o médico pode solicitar exame de glicemia em jejum, para analisar a quantidade de açúcar no sangue, exame de urina para avaliar a presença de cetonas na urina, ou teste de autoanticorpos que são comuns na diabetes tipo 1.
Leia também: Hemoglobina glicada (Hb1Ac): para que serve e valores de referência tuasaude.com/hemoglobina-glicadaPossíveis causas
A causa exata da diabetes tipo 1 não é totalmente conhecida, mas acredita-se que ocorra por fatores genéticos e ambientais, levando a uma destruição das células beta do pâncreas, por um ataque do sistema imunológico a essas células, como se fosse estranhas ao organismo.
Acredita-se que fatores ambientais, principalmente infecções virais, possam desencadear essa destruição autoimune das células beta do pâncreas, em pessoas que são geneticamente predispostas.
Diferenças entre diabetes tipo 1 e tipo 2
No diabetes tipo 1, ocorre uma destruição autoimune das células do pâncreas responsáveis por produzir insulina, o que ocasiona o início da doença de forma abrupta pela ausência de insulina no corpo.
Já a diabetes tipo 2, acontece por uma resistência a ação da insulina nos órgãos periféricos, principalmente músculo e tecido adiposo, o que acontece como uma consequência de múltiplos fatores envolvidos, como excesso de peso, sedentarismo e genética, por exemplo. Conheça outras diferenças entre os tipos de diabetes.
Como é feito o tratamento
O tratamento da diabetes tipo 1 deve ser feito com orientação do endocrinologista, para controlar os níveis de açúcar no sangue e evitar complicações.
Os principais tratamentos para diabetes tipo 1 são:
1. Uso de insulina
O uso diário de insulina na forma de injeção sob a pele ou, em alguns casos, o uso da bomba de insulina, é indicado para repor a insulina no corpo, já que o pâncreas não é capaz de produzi-la.
Existem diferentes tipos de insulina, que devem ser usadas de acordo com a indicação e a orientação do endocrinologista. Conheça os principais tipos de insulina e como aplicar.
Leia também: Bomba de insulina: como funciona e quando é indicada tuasaude.com/bomba-de-insulina2. Monitorar a glicemia
O monitoramento da concentração de glicose no sangue pode ser feito através dos exames laboratoriais solicitados pelo endocrinologista, como glicemia em jejum e hemoglobina glicada (HBAIC) que, de uma forma geral, tem como objetivo estar menor do que 7%.
Além disso, a medida dos níveis de açúcar no sangue também podem ser realizados em casa, utilizando o glicosímetro. Saiba como usar o glicosímetro corretamente.
Nesse caso, deve-se monitorar a glicose antes e após as refeições, sendo recomendado que os níveis de glicose antes das refeições esteja, em geral, entre 70 e 130 mg/ dL e após as refeições menor que 180 mg/ dL.
Leia também: 10 dicas simples para controlar a diabetes tuasaude.com/dicas-para-controlar-a-diabetes3. Dieta para diabetes
Para complementar o tratamento da diabetes tipo 1, é importante consultar uma nutricionista, que irá orientar uma dieta com pouco ou nenhum açúcar e com baixo teor de carboidratos, como pão, bolo, arroz, macarrão, biscoitos e algumas frutas, por exemplo.
Além disso, é recomendado um maior consumo de fibras e alimentos integrais.
Veja como deve ser a alimentação na diabetes tipo 1 assistindo o vídeo a seguir:
Alimentação para DIABÉTICO
03:14 | 1.361.219 visualizações4. Praticar atividades físicas
A pratica atividades físicas, como caminhada, corrida ou natação, conforme orientação medica também pode ajudar no controle dos níveis de glicose no sangue. Veja mais sobre o tratamento para diabetes tipo 1.
Possíveis complicações
A diabetes tipo 1 quando não diagnosticada e tratada adequadamente pode causar cetoacidose diabética, que é uma condição grave caracterizada pelos altos níveis de açúcar no sangue e aumento da acidez do sangue. Entenda o que é cetoacidose diabética e como é feito o tratamento.
Além disso, outras complicações da diabetes tipo 1 descontrolada são problemas de visão, doenças no coração e nos rins, por exemplo.
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