A dieta da proteína, também chamada de dieta hiperproteica ou proteica, baseia-se no aumento do consumo de alimentos ricos em proteínas, como carnes e ovos, e diminuição da ingestão de alimentos ricos em carboidratos, como pão ou macarrão. Comer mais proteínas ajuda a diminuir a fome e aumentar a sensação de saciedade, isso porque atua diretamente nos níveis de grelina e de outros hormônios responsáveis por regular o apetite.
Dessa forma, as proteínas podem aumentar o metabolismo, ajudando a queimar mais calorias, e a ausência de carboidratos na alimentação faria com que o organismo utilizasse outras fontes de gordura para produzir energia.
É normal que no início da dieta a pessoa sinta um pouco de fraqueza e tontura nos primeiros dias, no entanto esses sintomas normalmente passam após 3 ou 4 dias, que é o tempo necessário para o organismo se acostumar com a falta de carboidratos. Uma forma mais gradual de retirar os carboidratos e não sofrer é realizando uma dieta low carb. Saiba como fazer uma dieta low carb.
Alimentos permitidos
Os alimentos permitidos na dieta são:
- Carnes baixas em gorduras, cortes magros de carnes vermelhas, frango, peixe, ovo e peito de peru;
- Produtos lácteos baixos em gordura e derivados, como leite de vaca desnatado, queijos brancos ou baixos em gorduras, iogurte desnatado;
- Bebidas vegetais, como de leite de amêndoas;
- Vegetais, como acelga, couve, espinafre, alface, rúcula, agrião, chicória, cenoura, repolho, tomate, pepino, rabanete, berinjela, couve de Bruxelas, brócolis, couve-flor, alcachofra, cebola, alho, páprica e aspargos;
- Azeite de oliva, de girassol, milho ou de linhaça;
- Frutos secos, como amendoim, castanha, amêndoas, avelã e castanha do Pará;
- Sementes, como chia, linhaça, gergelim, abóbora e girassol;
- Outros alimentos, como abacate, azeitona e limão.
A dieta da proteína pode ser realizada durante 15 dias com 3 dias de intervalo, podendo ser repetida por no máximo mais 15 dias.
Alimentos que devem ser evitados
Os alimentos que devem ser evitados na dieta de proteínas são:
- Cereais e tubérculos, como o pão, macarrão, arroz, farinha, batata, batata doce e mandioca;
- Grãos, como feijões, grão de bico, milho, ervilha e soja;
- Açúcar e alimentos que o contenha, como biscoitos, doces, bolos, refrigerantes, mel e sucos industrializados;
- Bebidas alcoólicas, como cerveja, whisky e vinho.
É importante não consumir esses alimentos durante a dieta da proteína para evitar mudanças no metabolismo que façam o corpo parar de utilizar a proteína e a gordura como fonte de energia.
Cardápio da dieta da proteína
Este é um exemplo de um cardápio completo da dieta da proteína para cumprir facilmente uma semana.
As proporções dos alimentos no cardápio apresentado variam de acordo com a idade, sexo, prática de atividade física e se a pessoa possui ou não doenças, por isso, é importante procurar um nutricionista para que seja realizada uma avaliação completa e sejam calculadas as proporções mais adequadas de acordo com a necessidade da pessoa.
O que saber antes de começar a dieta da proteína
Antes de iniciar qualquer dieta, é importante o aconselhamento médico ou de um nutricionista para não prejudicar a saúde. O nutricionista pode indicar um outro cardápio mais personalizado, levando em consideração as preferências pessoais e possíveis restrições alimentares.
A dieta só deve ser realizada durante 1 mês, no máximo, a partir daí é possível manter uma dieta pobre em carboidratos para manter o peso e evitar o déficit ou excesso de alguns nutrientes no organismo.
No caso de ser vegetariano existem alimentos que são ricos em proteínas vegetais, como feijão, grão de bico e quinoa, por exemplo.
Quando não é indicada
Esta dieta não deve ser realizada por pessoas que possuam problemas renais, já que o excesso de proteína pode causar ainda mais danos aos rins. Além disso, não deve ser feita por crianças, mulheres grávidas ou em período de lactância e pessoas com transtornos alimentares.
As dietas hiperproteicas a longo prazo podem ter consequências metabólicas em vários órgãos, incluindo alterações no metabolismo hidroeletrolítico e ácido-base, no metabolismo ósseo, na função renal e na função endócrina.