Dilatação pielocalicial: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em outubro 2023

A dilatação pielocalicial, também conhecida como ectasia dos cálices renais, hidronefrose ou rim dilatado, é uma dilatação ou aumento da porção interna do rim. Esta região é conhecida como pelve renal, pois tem o formato de um funil e tem a função de coletar a urina e levá-la em direção aos ureteres e à bexiga.

Geralmente, a dilatação pielocalicial ocorre devido a um bloqueio na passagem da urina, que leva retenção da urina na pelve renal e rins, o que pode ser provocado por deformidades nas estruturas das vias urinárias em bebês ou até por cálculos, cistos, tumores ou infecção grave dos rins, podendo surgir também em adultos.

A dilatação pielocalicial nem sempre causa sintomas, mas podem surgir dor no abdômen, dificuldade para urinar ou sangue na urina, por exemplo, sendo importante consultar o pediatra, clínico geral ou nefrologista para que seja identificada sua causa e feito o tratamento mais adequado.

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Principais sintomas

Os principais sintomas da dilatação pielocalicial incluem:

  • Dor intensa e repentina no fundo das costas, que pode piorar depois de beber líquido;
  • Dor constante na parte superior do abdômen e costas;
  • Náuseas e vômitos;
  • Necessidade de urinar com mais frequência;
  • Dor ou ardor ao urinar;
  • Sensação de bexiga cheia mesmo depois de urinar;
  • Dificuldade para urinar;
  • Redução no volume da urina;
  • Sangue na urina;
  • Febre baixa;
  • Mal estar.

Os sintomas podem variar de acordo com a causa da dilação e nem sempre são notados sinais ou sintomas.

Além disso, a dilatação pielocalicial em bebês também pode não ter sintomas, no entanto, deve-se procurar o pediatra o mais rápido possível se o bebê apresentar febre alta sem motivo aparente, choro ao urinar ou urina mais escura que o normal, pois pode indicar infecção urinária e deve ser tratada imediatamente. Veja outros sintomas de infecção urinária no bebê.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da dilatação pielocalicial é feito pelo médico através do exame de ultrassom ou ecografia do aparelho renal que pode demonstrar o grau da dilatação, o tamanho do rim e se o seu tamanho chega a causar compressão dos tecidos dos rins. 

Em alguns casos, a dilatação pode ser detectada no bebê ainda no útero materno, nos exames de ultrassom de rotina, mas normalmente é confirmada após o nascimento do bebê.

Outros exames que podem ser indicados pelo médico são a urografia excretora, a uretrografia miccional ou a cintilografia renal, por exemplo, que podem avaliar mais detalhes da anatomia e do fluxo de urina pelas vias urinárias. Entenda como é feita e as indicações da urografia excretora.

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Possíveis causas

A dilatação pielocalicial ocorre devido a uma obstrução da passagem de urina pelo sistema pielocalicial e pode ocorrer em recém nascidos ou em adultos, sendo as que as principais causas incluem:

  • Dilatação pielocalicial no recém-nascido: ainda não estão bem esclarecidas suas causas, ainda não estão bem esclarecidas e, na maioria dos casos, tende a desaparecer após o nascimento do bebê. Entretanto, existem casos causados por deformidades anatômicas nas vias urinárias, que são situações mais graves e que podem causar infecções urinárias recorrentes;
  • Dilatação pielocalicial no adulto: geralmente ocorre como consequência de cistos, cálculos, nódulos ou câncer na região dos rins ou nos ureteres, que levam ao bloqueio da passagem da urina e ao acúmulo desta, causando dilatação da pelve renal. Confira mais causas da dilatação pielocalicial em adultos

A dilatação pielocalicial geralmente é mais frequente de ocorrer no rim direito, porém também pode ocorrer no rim esquerdo, ou nos dois rins, sendo bilateral.

A dilatação pielocalicial é grave?

Caso não seja tratada, a dilatação pielocalicial pode ser grave, já que pode provocar insuficiência renal e alterar ou lesionar permanentemente o funcionamento dos rins.

Como é feito o tratamento

O tratamento para dilatação pielocalicial em recém-nascido depende do tamanho da dilatação. Quando a dilatação é inferior a 10 mm, o bebê apenas necessita de fazer várias ecografias para o pediatra controlar a sua evolução, pois, normalmente, a dilatação tende a desaparecer.

Quando a dilatação é superior a 10 mm, o tratamento é feito com antibióticos prescritos pelo pediatra. Nos casos mais graves, em que a dilatação é superior a 15 mm, a cirurgia é recomendada para corrigir a causa da dilatação.

No adulto, o tratamento da dilatação pielocalicial pode ser feito com medicamentos prescritos pelo urologista ou nefrologista, podendo ser necessária a cirurgia, de acordo com a doença renal que originou a dilatação.

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