Displasia é a presença de células anormais e/ou desorganizadas em um tecido ou órgão, sendo uma resposta normal das células para sobreviverem quando são agredidas repetidamente.
Normalmente, a displasia surge devido à inflamação crônica, infecções não tratadas e exposição frequente a substâncias tóxicas. No entanto, também pode acontecer devido a alterações genéticas em alguns casos.
Em caso de displasia, é recomendado consultar um clínico geral ou o médico que indicou a o exame em que a displasia foi identificada. O tratamento depende da sua causa, mas nos casos mais graves, pode ser indicada a remoção por cirurgia.
Sintomas da displasia
Alguns sintomas da displasia são:
- Dificuldade para andar, dor no quadril e osteoartrite, em caso de displasia do quadril;
- Respiração acelerada, dificuldade para respirar ou falta de ar, nos casos de displasia broncopulmonar;
- Fraturas e deformidades ósseas, que podem surgir em caso de displasia esquelética;
- Inchaço, desconforto e/ou vermelhidão no local, nos casos de displasia mamária.
No entanto, é comum a displasia não provocar sintomas nos estágios iniciais, sendo somente identificada por meio de exames, como o papanicolau ou biópsia.
Como identificar a displasia
A displasia normalmente é identificada pela análise do tecido em que se suspeita existirem alterações celulares, o que é feito por meio de exames, como o papanicolau, punção aspirativa por agulha fina (PAAF) ou biópsia, indicados pelo clínico geral ou médico especialista.
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A displasia é confirmada quando se verifica no microscópio a presença de alterações como desorganização das células do tecido, multiplicação e/ou aparência anormal das células.
Principais tipos
Dependendo do local em que surge, a displasia pode ser classificada em diferentes tipos:
1. Displasia mamária
A displasia mamária é uma alteração benigna que pode surgir no tecido da mama. Embora existam diferentes tipos de displasia mamária, a maioria não aumenta o risco de câncer. Entenda melhor o que é a displasia mamária.
A displasia mamária pode causar nódulos ou cistos na mama, inchaço, vermelhidão e/ou desconforto no local, alterações na pele e saída de secreção pelo mamilo, que podem ser confundidos com câncer de mama em alguns casos.
2. Displasia cleidocraniana
A displasia cleidocraniana é um tipo de displasia esquelética causada por alterações genéticas e que se caracteriza por anormalidades na formação de ossos como os do crânio, clavículas e dentes.
3. Displasia do quadril
A displasia do quadril é uma alteração do desenvolvimento do acetábulo, que é um dos ossos que formam o quadril, e, normalmente, é identificada nos primeiros meses após o nascimento. Conheça mais sintomas da displasia do quadril.
4. Displasia esquelética
A displasia esquelética, ou displasia óssea, corresponde a um grupo de doenças genéticas raras que incluem a displasia cleidocraniana e a osteogênese imperfeita, por exemplo.
Este tipo de displasia é caracterizado por alterações no desenvolvimento dos ossos, ligamentos e cartilagens, afetando especialmente os ossos das pernas, braços, tórax, crânio e/ou coluna.
5. Displasia broncopulmonar
A displasia broncopulmonar é a complicação mais comum da prematuridade, afetando, principalmente, bebês nascidos antes das 29 semanas de gravidez e levando ao desenvolvimento anormal dos pulmões. Saiba as principais complicações do parto prematuro.
6. Displasia fibrosa
A displasia fibrosa é um tipo de tumor ósseo benigno que pode afetar um ou mais ossos do corpo e consiste no desenvolvimento de um tecido fibroso anormal no lugar do tecido ósseo saudável.
Embora normalmente não cause sintomas, pode levar ao enfraquecimento do osso afetado, provocando dor, fraturas e/ou deformidades, por exemplo, e podendo ser confundida com câncer nos ossos em alguns casos. Confira os tipos de câncer nos ossos e os sintomas.
7. Displasia do colo do útero
A displasia do colo do útero, ou displasia cervical, é o crescimento anormal de células na superfície do colo uterino. Normalmente, é causada por alguns tipos de papilomavírus humano (HPV), sendo identificada em exames como o papanicolau. Entenda para que serve o papanicolau e o resultado.
Possíveis causas
As principais causas de displasia são:
- Inflamação crônica de tecidos;
- Exposição a substâncias tóxicas e/ou cancerígenas, como fumaça, benzeno e altos níveis de oxigênio;
- Infecções, como pelo HPV;
- Alterações genéticas, como em caso de doenças genéticas e alguns tumores.
A displasia é causada principalmente por desequilíbrios no ambiente celular, que fazem com que as células sofram alterações na sua aparência e/ou organização como uma forma de adaptação para sobreviver.
Displasia é câncer?
A displasia não é câncer. No entanto, especialmente quando a sua causa não é eliminada, existe o risco das alterações nas células se agravarem, podendo evoluir para câncer em alguns casos.
Como é feito o tratamento
O tratamento da displasia depende da sua causa e, especialmente nos casos em que existe um tratamento, a displasia tende a desaparecer na medida em que a causa é eliminada.
No entanto, dependendo da gravidade das alterações verificadas e nos casos em que é permanente, o médico pode indicar a remoção da displasia por meio de cirurgia e/ou medicamentos específicos para aliviar os sintomas.
Especialmente no caso da displasia do quadril, o médico também pode indicar o uso de dispositivos ortopédicos e a colocação de gessos para permitir o desenvolvimento adequado da articulação em alguns casos.