Doença celíaca: o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento

A doença celíaca é uma doença autoimune crônica causada pela intolerância permanente ao glúten, que é a proteína presente no trigo, centeio, malte e cevada, provocando uma resposta do sistema imunológico capaz de causar inflamações e lesões no intestino.

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A doença celíaca é causada por alterações genéticas, podendo surgir tanto em crianças como adultos e inclui sintomas como diarreia, dor de cabeça, barriga inchada, irritabilidade, cansaço e perda de peso.

O diagnóstico da doença celíaca deve ser feito por um gastroenterologista, ou clínico geral, que vai avaliar os sinais e sintomas apresentados pela pessoa, e solicitar exames para confirmar o diagnóstico, como teste genético, endoscopia e exame de sangue.

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Principais sintomas:

Os principais sintomas da doença celíaca são:

  • Diarreia;
  • Prisão de ventre;
  • Perda de peso;
  • Dor na barriga;
  • Excesso de gases;
  • Barriga inchada;
  • Fadiga.

Além disso, como essa condição diminui a absorção de nutrientes pelo organismo, a doença celíaca também pode causar anemia e osteoporose.

Leia também: 8 sintomas de doença celíaca (e o que fazer) tuasaude.com/doenca-celiaca-sintomas

Sintomas de doença celíaca em crianças

Os sintomas de doença celíaca em crianças incluem atraso no desenvolvimento e crescimento, perda de peso, vômitos, diarreia crônica, barriga inchada, perda de massa muscular, anemia ferropriva, irritabilidade e desconforto.

Sintomas de doença celíaca não clássica

Além dos sintomas clássicos, algumas pessoas podem apresentar a doença celíaca não clássica, que pode provocar sintomas gastrointestinais ou não.

Os principais sintomas da doença celíaca não clássica são:

  • Barriga inchada;
  • Dor abdominal;
  • Diarreia;
  • Cansaço;
  • Prisão de ventre;
  • Dor de cabeça ou enxaqueca.
  • Alterações na pele, como dermatite, feridas e psoríase;
  • Perda do apetite.

Além disso, esse tipo de doença celíaca também pode causar irritabilidade, deficiência de ácido fólico e/ou vitamina B12, infertilidade, menstruação tardia, menopausa precoce, defeitos no esmalte dos dentes, ansiedade, irritabilidade, aborto espontâneo, parto prematuro ou recém-nascido com baixa estatura.

Diferença entre intolerância ao glúten e doença celíaca

A intolerância ao glúten é a incapacidade ou dificuldade de digestão do glúten, que provoca sintomas como diarreia, dor e inchaço abdominal. No entanto, na intolerância ao glúten a pessoa não possui alergias ou alterações autoimunes e as lesões no intestino diminuem com a exclusão do glúten da dieta. Entenda melhor sobre a intolerância ao glúten.

Já a doença celíaca é uma resposta do sistema imunológico ao glúten que causa inflamação e lesões permanentes no intestino. Embora os sintomas da doença celíaca sejam parecidos com os da intolerância ao glúten, esta condição provoca danos irreversíveis no intestino, mesmo após a retirada do glúten da dieta.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da doença celíaca é feito pelo gastroenterologista ou clínico geral, através da avaliação dos sintomas e sinais apresentados pela pessoa e do histórico familiar, já que a doença celíaca tem causa principalmente genética.

Caso deseje marcar uma consulta, pode encontrar o gastroenterologista mais próximo de você usando a ferramenta a seguir:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

O médico também poderá solicitar a realização de alguns exames e testes, como exame de urina, fezes e sangue, para verificar os níveis de anticorpos; teste genético; e endoscopia com biópsia do intestino, um exame que avaliar a estrutura do intestino e verifica qualquer sinal que indique doença celíaca.

Quando os testes e exames iniciais são inconclusivos, o médico também pode recomendar a exclusão do glúten da dieta e solicitar, em seguida, uma segunda biópsia do intestino.

Principais causas

Apesar de ainda não se saber exatamente a causa da doença celíaca, acredita-se que essa doença seja causada por uma alteração genética herdada dos pais ou familiares que causa a reação do sistema imunológico, provocando inflamação, danos no intestino e dificultando a absorção de nutrientes.

Como é feito o tratamento

A doença celíaca não tem cura e, por isso, o tratamento deve ser feito durante toda a vida, sendo aconselhado principalmente excluir os alimentos e remédios que contêm glúten, ajudando a melhorar a qualidade de vida da pessoa e evitar os sintomas dessa doença.

1. Dieta sem glúten

É fundamental excluir da dieta alimentos com glúten, como trigo, centeio, malte e cevada, e os produtos preparados com esses cereais, como pães, massas, cerveja, bolos e biscoitos, por exemplo. Veja como deve ser a dieta na doença celíaca.

A dieta também deve priorizar alimentos ricos em ferro e folato, especialmente se a pessoa apresentar deficiência destes minerais. Além disso, é importante  sempre ler o rótulo dos produtos para verificar se o alimento contém ou não glúten antes de consumí-lo.

A aveia pode ser incluída na dieta, no entanto, é fundamental verificar se o fabricante possui o selo de certificação de isenção de glúten desse produto.

É importante consultar um nutricionista especializado em dietas sem glúten, principalmente durante o primeiro ano após o diagnóstico da doença, para que seja elaborado um plano alimentar individualizado que previna a deficiência de nutrientes.

2. Suplementos

Como muitas pessoas com doença celíaca podem ter deficiência de fibras, ferro, cálcio, zinco, folato, vitamina B12 e vitamina D, o uso de suplementos também pode ser recomendado pelo médico ou nutricionista.

3. Remédios

O uso de remédios para doença celíaca geralmente é indicado somente para pessoas que também têm dermatite herpetiforme ou em casos de doença celíaca refratária, que é quando a pessoa não melhora ou melhora temporariamente com a retirada do glúten da dieta.

Os remédios prescritos podem incluir prednisolona, azatioprina, ciclosporina ou outros medicamentos usados para diminuir as reações inflamatórias ou imunológicas, que devem ser usados somente sob a orientação do gastroenterologista.

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