O que é:
O vampirismo clínico, também conhecido como síndrome de Renfield, é um distúrbio psicológico relacionado a uma obsessão por sangue. Este é um distúrbio grave mas raro, sobre o qual ainda existem poucos estudos científicos.
Os portadores desta síndrome podem manifestar sintomas diferentes que incluem uma necessidade incontrolável de ingerir sangue, podendo até se ferir e se cortar para sugar seu próprio sangue.
Enquanto que "vampirismo clínico" é um termo utilizado para descrever uma relação obsessiva com o sangue, a "síndrome de Renfield" é um termo que foi inventado por um cientista para descrever a ingestão compulsiva de sangue, o qual não é cientificamente reconhecido. Este nome, foi inspirado no romance Drácula, onde Renfield é uma personagem secundária, com problemas psicológicos que mantém uma ligação e correspondência telepática com Conde Drácula.
Principais sintomas
Alguns dos principais sintomas que podem indicar a presença deste distúrbio incluem:
- Necessidade ou obsessão incontrolável para beber sangue;
- Vontade de fazer cortes ou feridas em si mesmo para sugar o sangue;
- Vontade de beber o sangue de outras pessoas;
- Sensação de satisfação ou de prazer depois ou durante a ingestão de sangue;
- Gosto por romances e literatura sobre bruxaria, vampirismo ou terror em geral;
- Obsessão para matar pequenos animais como pássaros, peixes, gatos e esquilos;
- Preferência para permanecer acordado durante a noite.
Nem todos os sintomas necessitam de estar presentes e muitas vezes o vampirismo clínico vem também associado a outros comportamentos perturbadores, que podem incluir psicose, alucinações, delírios, canibalismo, violação e homicídio.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico de vampirismo pode ser feito pelo psiquiatra ou psicólogo, que identifica a presença de uma obsessão em torno do sangue e do consumo de sangue humano.
Além disso, é comum a presença de psicose, alucinações e delírios, relacionados com o sangue ou com vampiros, personagens fictícias de terror imortais e que sobrevivem às custas da ingestão de sangue.
Porém, este distúrbio pode muitas vezes ser confundido com outras doenças psicológicas, como a esquizofrenia, por exemplo, já que existe pouca investigação científica sobre o vampirismo clínico.
Como é feito o tratamento
O tratamento para o vampirismo clínico inclui geralmente internamento hospitalar, de forma a que o paciente possa ter um acompanhamento de 24 horas por dia, uma vez que muitas vezes pode representar um perigo para si mesmo e para os outros.
Além disso, é também necessário o tratamento com remédios para controlar as psicoses, alucinações ou delírios associados, assim como podem ser indicadas sessões diárias de psicoterapia.