Efedrina é um remédio indicado para o tratamento da queda abrupta e grave da pressão arterial, relacionadas a choque hipovolêmico, pois age provocando o estreitamento dos vasos sanguíneos, o que aumenta rapidamente a pressão arterial.
Além disso, a efedrina pode ser indicada para prevenir ou tratar a queda da pressão arterial relacionada a anestesias, como anestesia geral, epidural ou intratecal, por exemplo.
A efedrina, ou sulfato de efedrina, é encontrado somente em hospitais na forma de injeção, para aplicação na veia, no músculo ou sob a pele, pelo enfermeiro, sob supervisão médica.
Para que serve
A efedrina é indicada no tratamento e prevenção da queda da pressão arterial nas seguintes situações:
- Choque hipovolêmico;
- Pressão baixa causada por anestesia geral, intratecal ou epidural.
O uso da efedrina deve ser feito com indicação médica, sendo usado somente em hospitais, com doses orientadas pelo médico e aplicada diretamente na veia, músculo ou sob a pele pelo enfermeiro.
Qual a ação da efedrina?
A efedrina é um vasoconstritor que age promovendo um estreitamento dos vasos sanguíneos, aumentando o retorno venoso e favorecendo o aumento da pressão arterial.
Por isso, esse remédio só é usado para o tratamento ou prevenção da pressão baixa, associadas à perda de sangue grave, como no caso do choque hipovolêmico, ou hipotensão associada a alguns tipos de anestesia. Entenda o que é o choque hipovolêmico.
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A efedrina 50 mg/mL deve ser usada na forma de injeção aplicada diretamente na veia (endovenosa), no músculo (intramuscular) ou sob a pele (subcutânea), pelo enfermeiro no hospital.
As doses variam de acordo com a condição a ser tratada e inclui:
1. Efedrina para choque hipovolêmico
As doses da efedrina para o tratamento do choque hipovolêmico em adultos são de 25 a 50 mg de efedrina aplicada sob a pele ou no músculo.
Caso seja necessário, o médico pode recomendar uma segunda dose de 50 mg para aplicar no músculo ou 25 mg para aplicar diretamente na veia infundida de forma lenta.
2. Efedrina para hipotensão
A efedrina para o tratamento ou prevenção de estados hipotensivos associados à anestesias pode ser usada por adultos ou crianças.
As doses da efedrina nesses casos são:
- Prevenção de hipotensão em adultos: 30 mg de efedrina aplicada no músculo, nos casos de partos, ou 25 a 50 mg de efedrina aplicados sob a pele ou no músculo nos casos de anestesia geral ou intratecal;
- Tratamento hipotensão em adultos: 5 a 25 mg de efedrina, aplicada diretamente na veia de forma lenta. Caso seja necessário, o médico pode recomendar repetir a dose em 5 a 10 minutos;
- Tratamento de hipotensão em crianças: 2 a 3 mg de efedrina por Kg de peso corporal por dia ou 67 a 100 mg/m2 de superfície corporal por dia, divididas em 4 a 6 doses, aplicada sob a pele, no músculo ou na veia.
Quando a efedrina é aplicada na veia o seu efeito é imediato. Já quando aplicada no músculo seu efeito se incia cerca de 15 a 20 minutos após a aplicação, sendo mais rápido do que quando aplicado sob a pele.
Possíveis efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns da efedrina são tremor, náuseas, vômitos, palpitações cardíacas, batimentos cardíacos acelerados, ansiedade, nervosismo, agitação ou retenção urinária.
Além disso, a efedrina também pode causar reações alérgicas graves que são tratadas imediatamente pelo médico, já que só é usada em hospitais. Saiba identificar os sintomas de alergia grave.
Porque atletas usam efedrina?
A efedrina era encontrada em alguns suplementos e usado por atletas para melhorar o desempenho nos esportes devido sua ação no sistema cardiovascular, além de ajudar na perda de peso e ganho de massa muscular.
No entanto, o uso de suplementos com efedrina não é aprovado pela Anvisa devido ao risco de efeitos colaterais graves, como infarto ou problemas cardíacos, que podem colocar a vida em risco.
Além disso, o uso da efedrina pode causar dependência podendo resultar em transtornos psicóticos, com alucinações, paranoia, agressividade ou comportamento esquizofrênico, por exemplo.
O uso de efedrina por atletas é considerado doping. Entenda o que é doping.
Quem não deve usar
A efedrina não deve ser usada por pessoas que tenham glaucoma de ângulo estreito, taquiarritmias, fibrilação ventricular, anestesia com ciclopropano ou halotano ou alergia às aminas simpaticomiméticas.
Esse remédio também não deve ser usado nos casos de pressão alta, diabetes, tireotoxicose, feocromocitoma ou estreitamento da artéria aorta.
Durante a anestesia para o parto, a efedrina não deve ser usada por grávidas com pressão arterial maior que 130/80 mmHg.