Empiema: o que é, sintomas, causas e tratamento

Empiema é a presença de pus em uma cavidade do corpo, sendo mais comum o empiema pleural que surge no espaço pleural, localizado entre o pulmão e a membrana que o reveste, causando sintomas como dor no peito, tosse ou febre.

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O empiema pleural é uma condição grave, sendo causado por pneumonia, complicações de cirurgia no tórax, trauma no tórax, tuberculose pulmonar ou abscesso pulmonar, por exemplo.

O tratamento do empiema, também chamado de empiema torácico, é feito pelo pneumologista, clínico geral, infectologista ou cirurgião torácico e normalmente envolve o uso de antibióticos, drenagem pleural ou cirurgia.

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Sintomas de empiema

O principais sintomas de empiema pleural são:

  • Tosse seca ou com catarro ou pus;
  • Dor no peito;
  • Falta de ar;
  • Febre e calafrios;
  • Suor frio, principalmente à noite;
  • Cansaço excessivo ou exaustão;
  • Mal estar geral.

Além disso, o empiema pode causar dificuldade para respirar que piora ao inspirar profundamente, sendo conhecido como pleurisia.

Os sintomas de empiema pleural pioram à medida que a infecção progride, podendo resultar em sepse ou insuficiência respiratória se não tratada rapidamente.

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Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do empiema pleural é feito pelo pneumologista ou clínico geral através dos sintomas, histórico de saúde e de cirurgias no tórax e exame físico.

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Além disso, o médico deve solicitar exames, como raio X de tórax, ultrassom ou tomografia computadorizada com contraste.

Outro exame que pode ser realizado é a toracocentese para retirada de secreções do espaço pleural que é enviado para o laboratório para identificar o tipo de bactéria que está causando a infecção. Saiba como é feita a toracocentese.

Esses exames também são importantes para identificar o estágio do empiema e indicar o melhor tratamento, além de descartar condições com sintomas semelhantes, como derrame pleural ou infarto pulmonar.

Leia também: Derrame pleural: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/derrame-pleural

Estágios do empiema pleural

O empiema pleural é dividido em diferentes fases de acordo com as características da secreção no espaço pleural, sendo as principais:

1. Estágio exsudativo

O estágio exsudativo do empiema pleural é a primeira fase do empiema e ocorre devido a uma resposta inflamatória à infecção entre a parede pulmonar e a pleura, levando a um acúmulo de líquido rico em neutrófilos, sendo um fluido fino.

Geralmente, nessa fase do empiema, o tratamento com antibióticos é eficaz, não necessitando de drenagem do espaço pleural.

2. Estágio fibrinopurulento e loculado

O estágio fibrinopurulento e loculado do empiema pleural surge quando o tratamento não foi iniciado adequadamente ou de forma rápida.

Essa fase é caracterizada por acúmulo de fibrina, um tipo de proteína, e pus no espaço pleural, tornando a secreção mais grossa.

O estágio fibrinopurulento e loculado necessita de tratamento com antibióticos e drenagem da secreção do espaço pleural.

3. Estágio organizacional crônico

Quando os outros estágios do empiema pleural não são tratados adequadamente com drenagem e antibióticos, o empiema pleural pode passar para o estágio organizacional crônico.

Esse estágio é caracterizado por formação cicatriz e tecido fibroso no espaço pleural, dificultando a expansão dos pulmões, a respiração e as trocas gasosas.

Possíveis causas

As principais causas do empiema pleural são:

  • Pneumonia;
  • Tuberculose pulmonar;
  • Complicação de cirurgia no tórax;
  • Abscesso pulmonar;
  • Traumas ou lesões no tórax.

Além disso, a ruptura do esôfago ou infecções profundas na região do pescoço também podem causar o empiema.

Qual a diferença entre abscesso e empiema?

O empiema é uma coleção de pus em cavidades naturais do corpo, como espaço pleural, tórax ou peritôneo.

Já o abscesso é uma coleção de pus formada em uma nova cavidade, sendo um saco cheio de pus, causando morte dos tecidos e sendo rodeada de tecido inflamatório, podendo surgir no pulmão, pele, fígado ou cérebro, por exemplo.

Leia também: Abscesso: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento tuasaude.com/abscesso

Como é feito o tratamento

O tratamento do empiema deve ser feito com orientação do pneumologista, infectologista ou clínico geral para eliminar os microrganismo que estão causando a infecção e aliviar os sintomas.

Os principais tratamentos para empiema são:

1. Uso de antibióticos

O uso de antibióticos deve ser iniciado imediatamente para eliminar as bactérias que estão causando o empiema e usados por cerca de 2 a 6 semanas, conforme orientação médica.

Geralmente, são utilizados antibióticos de amplo espectro na veia inicialmente e depois antibióticos mais específicos após a análise da secreção do espaço pleural.

Assim, podem ser indicados antibióticos como cefalosporinas de terceira geração, como ceftriaxona e cefotaxima, metronidazol, amoxicilina e clavulanato, ou vancomicina associada à piperacilina/tazobactam, por exemplo.

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2. Drenagem do empiema

A drenagem do pus viscoso do empiema é feita pelo médico através da colocação de um dreno torácico, inserido no tórax por meio de um corte na pele.

A colocação do dreno torácico é feita pelo cirurgião torácico e deve permanecer até que a quantidade de pus drenado seja menor do que 50 mL em 24 horas ou caso o raio X mostre que os pulmões já se expandem normalmente.

3. Cirurgia

A cirurgia para empiema pode ser indicada pelo médico nos casos em que não ocorre melhora com a drenagem do pus do espaço pleural.

Nesses casos, pode ser feita uma cirurgia toracoscópica videoassistida para retirar a secreção infectada do espaço pleural.

No entanto, caso a pessoa não melhore, pode ser feita uma toracotomia que é uma cirurgia aberta, com um corte maior no tórax, para remover o tecido fibroso dos pulmões.

Empiema tem cura?

O empiema tem cura desde que se faça o tratamento indicado pelo médico para combater a infecção e drenar o pus do espaço pleural.

Possíveis complicações

O empiema quando não tratado adequadamente pode causa complicações como:

  • Sepse;
  • Choque séptico;
  • Cicatrizes graves no espaço pleural;
  • Desconforto respiratório.

Além disso, também podem surgir complicações da drenagem incompleta das secreções do espaço pleural ou mau posicionamento do dreno, como pneumotórax ou fístula broncopleural.

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