O que é:
A epidermodisplasia verruciforme é uma genodermatose rara causada pelo vírus HPV, que provoca uma infecção disseminada, e sintomas como verrugas espalhadas por todo o corpo, grandes e sem forma que fazem com que as mãos e pés pareçam troncos de árvores.
Por esse motivo, essa doença é popularmente conhecida como doença do homem árvore, sendo causada por mutações genéticas que fazem com que o sistema imunológico não seja capaz de se defender e eliminar alguns tipos de HPV.
O tratamento da epidermodisplasia verruciforme é feita pelo dermatologista, que pode indicar remédios para fortalecer o sistema imune ou fazer cirurgia para retirar as verrugas, pois essa doença aumenta o risco de desenvolver displasia ou câncer de pele.
Sintomas da epidermodisplasia verruciforme
Os principais sintomas da epidermodisplasia verruciforme são:
- Lesões ou placas na pele semelhantes à verrugas planas;
- Verrugas marrons elevadas;
- Múltiplas verrugas que crescem e se multiplicam rapidamente;
- Manchas claras, rosadas, marrom-escuras ou avermelhadas na pele semelhantes à pitiríase versicolor;
- Coceira e sensação de ardência nas verrugas, especialmente com a exposição solar.
Os sintomas da epidermodisplasia verruciforme podem começar logo após o nascimento, mas normalmente surgem entre 5 e 12 anos de idade.
Essas verrugas afetam especialmente a superfície da pele do rosto, mãos, pés, pescoço ou tronco, mas também podem afetar o períneo.
As regiões afetadas por estas verrugas são muito sensíveis à luz solar e algumas podem virar câncer.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da epidermodisplasia verruciforme é feito pelo dermatologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, histórico familiar dessa doença, uso de remédios imunossupressores e exame físico das verrugas e lesões na pele.
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Para confirmar o diagnóstico, o médico deve solicitar uma biópsia da lesão da pele, para ser analisada no laboratório e identificado o tipo de HPV.
Possíveis causas
A epidermodisplasia verruciforme é causada por mutações genéticas, dos genes TMC6/EVER1 ou TMC8/EVER2, que resultam em uma menor capacidade do sistema imunológico de combater infecções pelo HPV.
Os principais tipos de HPV que podem levar ao desenvolvimento da epidermodisplasia verruciforme são HPV 5, 8, 9, 12, 14, 15, 17 e 19 a 25.
A epidermodisplasia verruciforme hereditária é uma doença autossômica recessiva, o que significa que a pessoa herda um gene defeituoso da mãe e um do pai, sendo mais comum de ocorrer casamento consanguíneo, isto é, quando há um casamento entre irmãos, pais e filhos ou entre primos de primeiro grau.
No entanto, a epidermodisplasia verruciforme também pode ser adquirida, ou seja, causada por outras condições, sendo mais comum em pessoas o sistema imunológico enfraquecido, como nos casos de HIV, linfoma ou transplante de órgãos.
Nesses casos, a epidermodisplasia verruciforme pode se desenvolver e parece estar relacionada a mutações genéticas nos genes RHOH e STK4.
Como é feito o tratamento
O tratamento da epidermodisplasia verruciforme deve ser indicado pelo dermatologista com o objetivo de remover as verrugas na pele, à medida que aparecem.
Desta forma, pode ser indicado pelo médico:
- Protetor solar, com no mínimo FPS 30, para ser aplicado diariamente, de forma a evitar que as lesões na pele se transformem em câncer;
- Remédios, como acitretina, imiquimode, interferon, retinoides ou calcipotriol;
- Cirurgia para remover as verrugas.
No entanto, nenhum tratamento é definitivo e as verrugas podem continuar aparecendo e aumentando de tamanho, sendo necessário realizar várias cirurgias para sua retirada. Por isso, é importante consultar o dermatologista regularmente, pelo menos uma vez por ano, para avaliar o surgimento ou o agravamento das verrugas.
Além disso, é fundamental seguir o tratamento conforme indicado pelo médico pois se não tratadas as verrugas poderão se desenvolver tanto que podem impedir a pessoa de se alimentar e de fazer sua própria higiene.
Quando além das verrugas a pessoa possui câncer, o oncologista poderá indicar a quimioterapia para controlar a doença, evitando que se agrave e que o câncer não se espalhe para outras áreas do corpo.