A esofagite erosiva é uma situação onde há a formação de lesões no esôfago devido ao refluxo gástrico crônico, causando alguns sintomas como dor ao beber e comer, rouquidão e a presença de sangue no vômito ou nas fezes.
De acordo com as características das lesões, a esofagite pode ser classificada em alguns graus pela classificação de Los Angeles, onde a esofagite de grau A apresenta lesões menores que 5 mm e a esofagite de grau D é a de maior gravidade, pois compromete mais de 75% do esôfago.
O tratamento desta condição é feito pelo gastroenterologista que pode indicar o uso de remédios para controlar ou inibir a produção de suco gástrico. Já em situações mais graves, a cirurgia pode ser indicada.
Principais sintomas
Os principais sintomas de esofagite erosiva são:
- Vômitos, que podem conter sangue ou não;
- Dor ao comer ou beber;
- Sangue nas fezes;
- Dor de garganta;
- Rouquidão;
- Dor no peito;
- Tosse crônica.
Além disso, quando a esofagite erosiva não é tratada, é possível também que haja o desenvolvimento de anemia por deficiência de ferro e aumento do risco de tumor no esôfago.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da esofagite erosiva é iniciado pelo gastroenterologista através da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, além da avaliação dos fatores que melhoram ou pioram a intensidade dos sintomas.
Se deseja confirmar o risco de esofagite, marque uma consulta com o gastroenterologista mais perto de você:
Além disso, para confirmar o diagnóstico e determinar a gravidade dessa condição, o médico indica a realização de uma endoscopia, pois permite observar o tamanho das lesões e classificar a esofagite erosiva segundo o protocolo de Los Angeles.
Classificação de Los Angeles
A classificação de Los Angeles tem como objetivo separar as lesões da esofagite erosiva de acordo com a gravidade, para que seja decidido o tratamento mais adequado.
Quando as lesões da esofagite erosiva estão no grau C ou D e são recorrentes, existe um maior risco de aparecimento de câncer no esôfago, e por isso pode ser necessário que tratamento cirúrgico seja indicado primeiro, antes de ser recomendado o uso de medicamentos.
Causas de esofagite erosiva
A esofagite erosiva é na maioria dos casos consequência da esofagite não tratada, o que faz com que as lesões continuem a aparecer e resultando no desenvolvimento dos sintomas.
Além disso, outra situação que favorece o desenvolvimento da esofagite é o refluxo gastroesofágico, isso porque o conteúdo ácido do estômago chega até o esôfago e promove irritação da mucosa, favorecendo o surgimento das lesões.
A esofagite erosiva também pode acontecer com mais frequência em pessoas que fumam ou como consequência do consumo de alimentos industrializados e gordurosos.
Saiba mais sobre as causas de esofagite no vídeo a seguir:
Pare de sofrer com esofagite AGORA!
07:47 | 565.316 visualizaçõesComo é feito o tratamento
Os tratamentos indicados para a esofagite erosiva são:
- Inibidores de bomba de prótons (IBP), como omeprazol, esomeprazol ou lansoprazol: que inibem a produção de suco gástrico pelo estômago, evitando assim que possam chegar até o esôfago;
- Inibidores da histamina, como a famotidina, a cimetidina e a nizatidina: são usados quando os IBP não produzem o efeito esperado e também ajudam a reduzir a quantidade de ácido no estômago;
- Procinéticos, como a domperidona e o metoclopramida: usados para acelerar os esvaziamento do estômago;
- Cirurgia, que é indicada em caso de lesões que não melhoram ou quando os sintomas são persistentes aos tratamentos. Esta cirurgia consiste em reconstruir uma pequena válvula que faz a ligação do estômago com o esôfago, impedindo que o suco gástrico retorne e cause novas lesões.
Caso a pessoa faça uso de remédios anticolinérgicos, como o Artane ou Akineton, e também os bloqueadores dos canais de cálcio, como o Anlodipino e Verapamil, o gastroenterologista poderá passar recomendações específicas de como utilizar os medicamento prescritos.
Além disso, o tratamento da esofagite erosiva deve ser feito com o acompanhamento do nutricionista, para recomendar a redução do consumo de alimentos industrializados e gordurosos, além da perda de peso no casos das pessoas com sobrepeso ou obesidade.
Como é feito o tratamento em gestantes
No caso de gestantes é recomendado, além do acompanhamento com nutricionista e cuidados diários, o uso apenas dos inibidores de histamina, como cimetidina, nizatidina e a famotidina, pois são mais seguros de se usar nesta fase, além de não ser absorvidos pelo leite, durante sua produção.
Outros cuidados necessários
Outros cuidados necessários para melhorar a qualidade de vida e evitar os sintomas são:
- Elevar cerca de 15 cm a 30 cm da cabeceira da cama;
- Reduzir a ingestão de frutas cítricas, bebidas que contém cafeína, álcool ou gaseificadas, e alimentos como, menta, eucalipto, hortelã, tomate, chocolate;
- Evitar se deitar duas horas seguintes após a última refeições.
Estes cuidados são semelhantes aos que são usados por pessoas com refluxo, pois ajudam a evitar que o ácido do estômago suba para o esôfago. Veja outras dicas de como tratar o refluxo, que também podem ser usadas para evitar a esofagite.
Veja outras dicas para o refluxo e que também podem ser indicadas para pessoas com esofagite de erosiva: