O estresse na gravidez é uma situação relativamente comum, podendo ocorrer devido às mudanças no corpo da mulher, alterações hormonais normais durante a gestação, preocupação com o parto e preparações para a chegada do bebê.
No entanto, quando o estresse na gravidez é frequente ou excessivo, pode aumentar a liberação de citocinas inflamatórias e de cortisol, que é o hormônio relacionado com o estresse, que podem chegar até o bebê pela placenta, e interferir no seu desenvolvimento, além de aumentar o risco de infecções, parto prematuro ou baixo peso ao nascer.
Assim, para evitar os riscos para o bebê, é importante que a mulher tente relaxar durante a gravidez, sendo importante descansar, fazer atividades que gosta e ter uma alimentação saudável, sempre com orientação do obstetra. Veja como deve ser a alimentação na gravidez.
Como aliviar o estresse na gravidez
Para reduzir o estresse durante a gravidez é recomendado:
1. Dormir bem
Dormir bem durante a gravidez é importante para regular os hormônios e reduzir os níveis de cortisol, que é o hormônio relacionado ao estresse.
Dessa forma, é recomendado que a grávida durma pelo menos 7 a 9 horas por noite.
Caso a gestante tenha dificuldade para dormir, pode-se tentar fazer a higiene do sono, criar um ambiente favorável ao relaxamento, tomar um banho morno antes de deitar, ouvir uma música relaxante e evitar o uso excessivo de telas.
Leia também: Higiene do sono: o que é, como fazer e quantas horas dormir tuasaude.com/higiene-do-sono2. Fazer uma alimentação balanceada
Fazer uma alimentação balanceada, variada e nutritiva durante a gravidez não só fornece os nutrientes necessários para a mulher e o bebê em desenvolvimento, como ajuda a a reduzir o estresse.
Assim, é recomendado que a grávida tenha uma alimentação rica em frutas, verdura e legumes frescos, e proteínas.
Além disso, deve-se reduzir o consumo de açúcar e carboidratos simples ou refinados, pois podem aumentar os níveis de cortisol.
Leia também: Alimentação na gravidez: o que comer e o que evitar tuasaude.com/alimentacao-na-gravidezVeja algumas dicas de alimentação no vídeo a seguir que ajudam a diminuir o estresse:
5 alimentos poderosos para reduzir a ANSIEDADE
12:04 | 107.197 visualizações3. Aumentar o consumo de ômega-3
O ômega-3 é uma gordura boa que favorece o desenvolvimento cerebral e visual do bebê, além de diminuir o risco de pré-eclâmpsia e depressão pós-parto.
Além disso, a deficiência de ômega-3 na gravidez pode aumentar os níveis de cortisol, resultando no estresse.
Desta forma, é recomendado aumentar o consumo de ômega-3, que pode ser encontrado em alimentos, como salmão, atum ou sementes de linhaça, por exemplo.
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4. Respirar profundamente
A respiração profunda ajuda no relaxamento do corpo, reduzindo a ansiedade e o estresse na gravidez.
Uma boa forma de praticar a respiração profunda é através da meditação ou praticando yoga, por exemplo.
5. Fazer massagens relaxantes
Fazer massagens relaxantes também é uma ótima forma de aliviar o estresse na gravidez.
Essas massagens devem ser feitas, de preferência, por um profissional experiente em massagens para grávidas.
Leia também: Benefícios da Massagem na Gravidez tuasaude.com/massagem-na-gravidez6. Praticar atividades físicas
Praticar atividades físicas liberadas pelo obstetra, como caminhada ou hidroginástica, por exemplo, pode ajudar a regular os níveis de cortisol e reduzir o estresse na gravidez.
Além disso, os exercícios físicos estimulam a liberação de endorfinas no corpo, que são hormônios relacionados à sensação de prazer e bem estar.
Leia também: 7 melhores exercícios físicos para fazer na gravidez tuasaude.com/melhores-exercicios-para-praticar-na-gravidez8. Fazer atividades que gosta
Fazer atividades que gosta, como assistir a filmes de comédia, tomar banhos relaxantes e ouvir música, ajudam a relaxar e aliviar o estresse na gravidez.
Além disso, desenvolver um hobby como fotografia, costura ou jardinagem, ajudam a distrair a mente, além de aumentar a sensação de prazer e realização, aliviando o estresse.
9. Falar com uma pessoa de confiança
Falar com uma pessoa de confiança e contar o motivo da ansiedade, pedindo ajuda para lidar com o problema, pode ajudar a aliviar o estresse na gravidez.
Além disso, a psicoterapia na gravidez é uma excelente forma de reduzir o estresse, pois o psicólogo pode ajudar a entender os gatilhos que causam o estresse e desenvolver estratégias de enfrentamento positivas.
10. Tomar calmantes naturais
Tomar calmantes naturais, como o chá de camomila ou o suco de maracujá, podem ajudar a promover o relaxamento e reduzir o estresse na gravidez. Veja como preparar o chá de camomila.
No caso do chá de camomila, deve-se ter o cuidado de usar a planta medicinal Matricaria recutita que é segura na gravidez.
Já a camomila-romana da espécie Chamaemelum nobile deve ser evitada, pois não se sabe se pode prejudicar o bebê em desenvolvimento.
Leia também: Chás abortivos: 7 plantas que deve evitar na gravidez tuasaude.com/plantas-abortivas11. Consultar o psiquiatra
Caso os sintomas de estresse não melhorem ou em caso de depressão ou de transtorno de estresse pós-traumático, deve-se consultar o psiquiatra para que possa prescrever remédios específicos quando necessário.
Ansiolíticos e antidepressivos podem ser indicados mas só devem ser usados sob orientação médica.
Se deseja consultar o psiquiatra, marque uma consulta na região mais próxima de você:
Possíveis riscos do estresse
Alguns dos possíveis riscos do estresse na gravidez para o bebê são:
- Alergias, como a asma alérgica, rinite alérgica ou dermatite atópica;
- Baixo peso ao nascer;
- Prematuridade;
- Maior resistência à insulina;
- Obesidade na vida adulta;
- Doenças cardíacas congênitas;
- Problemas cognitivos, de linguagem, aprendizado e memória.
Além disso, o excesso de cortisol na gestação pode provocar alterações no desenvolvimento cerebral do bebê e aumentar o risco de hiperatividade, depressão, ansiedade e esquizofrenia, por exemplo.
Ficar nervosa e chorar na gravidez prejudica o bebê?
Ficar nervosa e chorar na gravidez prejudica o bebê se acontecer com frequência e devido ao estresse.
Isso porque no estresse os níveis altos de cortisol estão altos, podendo chegar até o bebê através da placenta.
No bebê, o excesso de cortisol pode afetar o desenvolvimento do cérebro, além de diminuir a quantidade de sangue e oxigênio que chega ao bebê, podendo levar ao sofrimento fetal.
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