Olhos esbugalhados (exoftalmia): o que é, causas e tratamento

O que é:

A exoftalmia, também conhecida por proptose ocular ou olhos esbugalhados é uma condição médica em que um ou os dois olhos de uma pessoa estão mais salientes do que o normal, o que pode ser causado por um processo inflamatório ou algum problema que leve ao estreitamento da cavidade orbitária.

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São várias as causas que podem estar na origem deste problema, como doença na tireoide, infecções na cavidade orbitária, entre outros. O tratamento depende da causa que está na origem da exoftalmia, podendo ser realizado com antibióticos, anti-inflamatórios, cirurgia e em caso de se tratar de um tumor, radioterapia ou quimioterapia.

A exoftalmia pode ser unilateral, quando a saliência do globo ocular ocorre apenas de um lado, ou bilateral, quanto ambos os olhos se encontram salientes.

Imagem ilustrativa número 1

Principais causas

As causas mais comuns que estão na origem da exoftalmia são:

1. Doença de Graves

Uma das principais causas da exoftalmia é a doença de Graves. Esta é uma doença autoimune, em que os anticorpos do organismo atacam a tireoide, causando hipertireoidismo e levando à ocorrência de vários sintomas, entre eles a inflamação orbital. Conheça mais sobre a doença de Graves.

Como tratar: O tratamento para a exoftalmia causada pela doença de Graves consiste no tratamento da própria doença de Graves com corticoides, geralmente por via oral. Além disso, também podem ser usados lubrificantes oculares, gel e/ou pomada ocular e cirurgias como a descompressão orbitaria.

2. Celulite orbital

A celulite no olho é causada por uma infecção por bactérias que colonizam a pele após uma lesão ou que se propagam a partir de uma infecção próxima, como uma sinusite, conjuntivite ou um abscesso dentário, por exemplo, causando sintomas como dor, inchaço, dificuldade para movimentar o olho ou exoftalmia. Veja mais sobre a celulite orbital.

Como tratar: O tratamento consiste na administração de antibióticos e em casos mais graves pode ser necessário recorrer a uma drenagem cirúrgica do abscesso orbital.

3. Tumores

Os tumores da órbita causam exoftalmia progressiva e indolor, sendo os mais comuns o hemangioma, linfangioma, neurofibroma, cisto dermoide, carcinoma adenoide cístico, glioma do nervo óptico, meningioma do nervo óptico e tumor misto benigno da glândula lacrimal.

Como tratar: Se for realizado um diagnóstico atempadamente por punção por agulha fina, seguido de uma radioterapia urgente, pode ser possível preservar a visão, mas cada tumor tem uma forma de tratamento muito particular, dependendo das características de cada caso.

4. Fístulas carótido-cavernosas

As fístulas carótido-cavernosas são comunicações anormais entre o sistema arterial carotídeo e o seio cavernoso, que se caracteriza por um fluxo de sangue arterial de um sistema de alta pressão da artéria carótida interna ou externa, para o sistema venoso de baixa pressão do seio cavernoso. Estas fístulas, ao drenarem através da órbita podem causar exoftalmia, visão dupla e glaucoma.

Como tratar: O tratamento consiste numa embolização intravascular.

5. Hipertireoidismo

O hipertireoidismo pode levar ao desenvolvimento de uma situação conhecida como oftalmopatia tireoidiana, que é uma doença autoimune em que o organismo estimula a produção de anticorpos que afetam os músculos dos olhos e a gordura orbital, causando sintomas como lacrimejamento, vermelhidão e inchaço nos olhos e exoftalmia.

Como tratar: O tratamento consiste no uso de corticoides e/ou imunossupressores, que devem ser indicados pelo médico. No entanto, caso os medicamentos não exerçam o efeito esperado, o médico pode recomendar a realização de radioterapia ou cirurgia.