Flebotomia: o que é, como é feita (e quando é indicada)

Atualizado em agosto 2023

A flebotomia consiste na colocação de um cateter num vaso sanguíneo, com o objetivo de administrar medicamentos em pacientes com acesso venoso difícil ou para monitorar a pressão venosa central, ou até mesmo realizar a sangria, que é uma prática médica antiga realizada com o objetivo de diminuir os estoques de ferro ou o número de hemácias, como acontece em casos de hemocromatose ou policitemia vera.

Atualmente, o termo flebotomia é mais associado à coleta de sangue para exames laboratoriais e para doação. A flebotomia é um procedimento delicado e que deve ser realizado por um profissional devidamente treinado para esta função, como um enfermeiro, pois qualquer erro na coleta pode alterar o resultado dos exames.

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Quando é indicada

A flebotomia é mais utilizada com a finalidade de diagnóstico, sendo o sangue coletado enviado para o laboratório para que sejam realizadas as análises com o objetivo de auxiliar o diagnóstico e acompanhamento do paciente. A flebotomia corresponde à primeira etapa de diagnóstico, devendo ser realizada por um enfermeiro, ou outro profissional capacitado, para evitar alterações nos resultados.

Além de ser essencial para a realização de exames laboratoriais para diagnóstico e acompanhamento do paciente, a flebotomia pode ser realizada como opção de terapia, sendo então denominada sangria. A sangria tem como objetivo solucionar os problemas relacionados ao número aumentado de hemácias, no caso da policitemia vera, ou grande acúmulo de ferro no sangue, que é o que acontece na hemocromatose. Entenda o que é a hemocromatose e como identificar os sintomas.

A flebotomia é uma parte também essencial no processo de doação de sangue, que tem como objetivo coletar cerca de 450 mL de sangue, que passa por uma série de processos até poder ser utilizado por uma pessoa que precisa, auxiliando no seu tratamento. Saiba como é feita a transfusão de sangue.

Como é feita a flebotomia

A coleta de sangue da flebotomia pode ser feita em hospitais e laboratórios e o jejum depende do tipo de exame que foi solicitado pelo médico. Veja quais os tempos de jejum para os exames de sangue mais comuns.

A coleta pode ser feita com seringa, em que é retirada uma quantidade total de sangue e depois distribuído nos tubos, ou a vácuo, que é mais comum, em que são coletados vários tubos de sangue seguindo uma ordem pré-estabelecida.

Depois, o profissional de saúde deverá seguir o seguinte passo-a-passo:

  1. Reunir todo o equipamento necessário para a coleta, como o tubo em que o sangue será armazenado, luvas, garrote, algodão ou gaze, álcool, agulha ou seringa.
  2. Conferir os dados do paciente e identificar os tubos em que será realizada a coleta;
  3. Posicionar o braço da pessoa sob uma folha de papel ou toalha limpa;
  4. Localizar uma veia com bom tamanho e que seja visível, reta e clara. É importante que a veia seja visível sem aplicar o garrote;
  5. Colocar o garrote 4 a 5 dedos acima do lugar em que será feita a coleta e reexaminar a veia;
  6. Calçar as luvas e desinfectar o local em que será colocada a agulha. A desinfecção deve ser feito com álcool a 70%, passando em movimento circular o algodão. Após a desinfecção, não se deve tocar a área ou passar o dedo por cima da veia. Caso isso aconteça, é necessária fazer nova desinfecção;
  7. Inserir a agulha no braço e coletar o sangue necessário para os frascos.

Por fim, a agulha deve ser retirada delicadamente e logo em seguida deve ser aplicada uma leve pressão sobre o sítio da coleta com uma gaze limpa ou algodão.

No caso da coleta realizada em bebês, o sangue normalmente é retirado através de uma picada no calcanhar ou, mais raramente, no lóbulo da orelha.