Fotofobia: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em novembro 2021

A fotofobia é uma sensibilidade aumentada ou intolerância à luz ou claridade, que provoca dor ou desconforto ao olhar para a luz, aumento da produção de lágrimas, dificuldade para abrir ou manter os olhos abertos, e geralmente ocorre nos dois olhos, mas também pode afetar apenas um olho.

A fotofobia pode ser causada por alterações nos olhos, como síndrome dos olhos secos, inflamações oculares, como uveíte ou conjuntivite, ou por condições neurológicas como enxaqueca, encefalite ou meningite, por exemplo. Além disso, a fotofobia também pode ocorrer em algumas situações, como utilização excessiva de lentes de contato ou durante a recuperação de cirurgia dos olhos.

O tratamento da fotofobia é feito pelo oftalmologista ou clínico geral que pode indicar o uso de remédios dependendo do que está causando a sensibilidade à luz, e adotar medidas como usar óculos escuros ou com lentes fotocromáticas.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

A fotofobia se caracteriza pela aversão ou sensibilidade aumentada à luz ou claridade, que pode estar acompanhada de outros sintomas como:

  • Dor ou desconforto ao olhar para a luz;
  • Aumento da produção de lágrimas;
  • Sensação de que a luz ambiente está excessiva;
  • Enxergar manchas coloridas ou brilhantes, mesmo no escuro ou com os olhos fechados;
  • Dificuldade para ler;
  • Diminuição da capacidade visual;
  • Sensação de olhos secos;
  • Dificuldade para abrir ou manter os olhos abertos. 

Além disso, a depender do tipo de alteração que causa a fotofobia é possível haver dor ocular, ou até manifestações em outros locais do corpo, como febre, fraqueza, náusea ou dores nas articulações, por exemplo.

Assim, na presença de fotofobia súbita, intensa ou repetitiva, é importante procurar o oftalmologista para que sejam feitas avaliações das condições da visão e dos olhos, de forma a encontrar a causa e indicar o tratamento adequado.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da fotofobia é feito pelo médico através da análise dos sintomas e de exames oftalmológicos e neurológicos para identificar se existe alguma condição nos olhos ou alguma alteração neurológica que possa estar causando a sensibilidade à luz.

Possíveis causas

A fotofobia pode ser causada por diversas condições de saúde oftalmológicas ou neurológicas, sendo que as principais são:

  • Doenças congênitas da retina, como ausência de pigmentos no fundo do olho, ausência de íris ou albinismo;
  • Doenças oculares, como catarata ou glaucoma;
  • Inflamações nos olhos, como uveíte, esclerite ou conjuntivite;
  • Síndrome do olho seco;
  • Doenças da córnea;
  • Lesões nos olhos, causadas por infecções, alergias ou ferimentos;
  • Enxaqueca;
  • Alterações neurológicas, como encefalite, meningite ou hemorragia cerebral;
  • Doenças sistêmicas, não relacionadas diretamente com os olhos, como doenças reumatológicas, raiva, botulismo ou intoxicação por mercúrio, por exemplo;
  • Utilização excessiva de lentes de contato;
  • Após cirurgia dos olhos, como catarata ou cirurgia refrativa.

Além disso, o uso de alguns remédios, como tetraciclinas, fenilefrina, furosemida ou escopolamina, ou drogas de abuso, como anfetaminas ou cocaína, por exemplo, também podem aumentar a sensibilidade à luz e causar fotofobia.

Como é feito o tratamento

O tratamento da fotofobia deve ser orientado pelo médico de acordo com a causa, podendo ser indicado o uso de colírios ou lágrima artificial para tratar inflamações ou infecções nos olhos ou manter os olhos lubrificados, ou tomar remédios como antibióticos ou anti-inflamatórios para tratar infecções sistêmicas, ou medicamentos para prevenir a enxaqueca, por exemplo.

Além disso, durante o tratamento alguns cuidados são importantes como usar óculos escuros com proteção UV nos ambientes luminosos, evitar o uso de lâmpadas fluorescentes, dando preferência para lâmpadas verdes, abajur ou luminárias tingidas, reduzir a luminosidade da TV, celular ou computador, ou usar lentes fotocromáticas, que se adaptam à luminosidade do ambiente.

Além disso, é recomendado fazer avaliações anuais como oftalmologista, para acompanhar a saúde dos olhos e detectar alterações o mais cedo possível.

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