Fratura no fêmur: sintomas, tratamento e recuperação

Atualizado em agosto 2023

A fratura no fêmur acontece quando surge uma fratura no osso da coxa, que é o mais comprido e mais forte osso do corpo humano. Por esse motivo, para que surja uma fratura nesse osso é necessária muita pressão e força, o que, geralmente, acontece durante um acidente de trânsito a alta velocidade ou uma queda de grande altura, por exemplo.

A parte do osso que quebra mais facilmente é a região central, conhecida como corpo do fêmur, no entanto, em idosos, que têm os ossos mais enfraquecidos, esse tipo de fratura também pode acontecer na cabeça do fêmur, que é a região que se articula com o quadril.

Na maioria das vezes, a fratura do quadril precisa ser tratada com cirurgia, para reposicionar o osso e até colocar pedaços de metal que ajudem a manter o osso no local correto enquanto cicatriza. Assim, é possível que a pessoa precise ficar internada no hospital por alguns dias.

Imagem ilustrativa número 1

Possíveis sintomas de fratura

Os principais sintomas de fratura no fêmur são:

  • Dificuldade para movimentar a perna;
  • Deformidade do local;
  • Dor mais intensa ao colocar o peso sobre a perna;
  • Inchaço da perna ou presença de hematomas.

Além disso, é possível que surjam alterações na sensibilidade da perna, podendo até aparecer sensações de formigamento ou queimação.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da fratura no fêmur deve ser feito pelo ortopedista por meio da observação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, avaliação da região e exames de imagem, como raio-X ou tomografia computadorizada.

Consulte o ortopedista mais próximo para que seja feito o diagnóstico da fratura e iniciado o tratamento mais adequado:

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Principais causas

A fratura no fêmur pode ser consequência da osteoporose, devido à maior fragilidade dos ossos, sendo mais comum de acontecer em mulheres e pessoas mais velhas. Além disso, esse tipo de fratura pode ser causado por quedas de grande altura ou acidentes graves.

Tipos de fratura no fêmur

Dependendo do local do osso onde aconteceu a quebra, a fratura de fêmur pode ser dividida em dois tipos principais:

  • Fratura do colo do fêmur: surge na região que se liga ao quadril e é mais comum em idosos devido à presença de osteoporose. Uma vez que acontece devido ao enfraquecimento do osso, pode acontecer devido a uma simples torção da perna ao caminhar, por exemplo;
  • Fratura do corpo do fêmur: acontece na região central do osso e é mais frequente em jovens devido a acidentes de trânsito ou quedas de grande altura.

Além desta classificação, as fraturas podem ainda ser classificadas em estáveis ou deslocadas, dependendo se o osso mantém o alinhamento correto ou se fica desalinhado. Assim como também podem ser chamadas de transversas ou oblíquas, dependendo se a fratura acontece numa linha horizontal ao longo do osso ou se surge numa linha diagonal, por exemplo.

No caso das fraturas do corpo do fêmur, também é comum que sejam divididas em fratura proximal, medial ou distal, dependendo se a quebra surge mais perto do quadril, no meio do osso ou na região próxima ao joelho.

Como é feito o tratamento

Em quase todos os casos de fratura do fêmur é necessário fazer cirurgia, em até 48 horas, para corrigir a quebra e permitir que a cicatrização aconteça. No entanto, o tipo de cirurgia pode variar de acordo com o tipo e gravidade da fratura:

1. Fixação externa

Neste tipo de cirurgia o médico coloca parafusos através da pele até aos locais acima e abaixo da fratura, fixando o alinhamento correto do osso, para que a fratura possa começar a cicatrizar corretamente.

Na maioria das vezes, este é um procedimento temporário, que é mantido até que a pessoa possa fazer uma cirurgia de reparação mais extensa, mas também pode ser utilizado como forma de tratamento em fraturas mais simples, por exemplo.

2. Haste intramedular

Esta é uma das técnicas mais utilizadas para tratar fraturas na região do corpo do fêmur e envolve a colocação de uma haste de metal especial no interior do osso. A haste normalmente é retirada depois que a cicatrização está concluída, o que pode demorar até 1 ano para acontecer.

3. Fixação interna

A fixação interna normalmente é feita em fraturas mais complicadas ou com várias quebras em que não é possível utilizar uma haste intramedular. Neste método, o cirurgião aplica parafusos e placas de metal diretamente sobre o osso para o manter estabilizado e alinhado, permitindo a cicatrização.

Estes parafusos podem ser retirados assim que a cicatrização está concluída, mas como é necessário fazer nova cirurgia, muitas vezes são mantidos no local por toda a vida, especialmente se não estiverem causando dor, nem limitando os movimentos.

4. Artroplastia

Esta é um tipo de cirurgia menos utilizado que normalmente está reservado para situações de fraturas próximas do quadril que demoram para cicatrizar ou que são muito complicadas. Nesses casos, o médico pode sugerir uma artroplastia, na qual a articulação do quadril é completamente removida e substituída por uma prótese artificial.

Veja mais sobre este tipo de cirurgia, como é a recuperação e quando é feita.

Como é a recuperação da cirurgia

O tempo de recuperação pode variar muito dependendo do tipo de cirurgia feito, no entanto, é comum que a pessoa fique internada entre 3 dias a 1 semana antes de ter alta e ir para casa. Além disso, como muitas fraturas acontecem devido a acidentes, também pode ser necessário mais tempo para fazer o tratamento de outros problemas como hemorragias ou feridas, por exemplo.

Já a cicatrização da fratura geralmente demora entre 3 a 9 meses, sendo que nesse tempo é recomendado evitar atividades que coloquem muito peso sobre a perna afetada. Embora não se possa fazer exercício físico intenso, é muito importante manter o movimento do membro, não só para melhorar a circulação sanguínea, mas também para evitar a perda de massa muscular e de movimento da articulação. Assim, o médico normalmente recomenda a realização de fisioterapia.