Dor de estômago na gravidez: 9 causas (e o que fazer)

A dor de estômago na gravidez é um sintoma comum no primeiro trimestre devido às alterações hormonais normais da gestação, sendo geralmente causada por enjoos matinais, podendo iniciar cerca de 2 a 4 semanas após a fertilização do óvulo, e geralmente desaparecem por volta da 22ª semana da gestação.

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No entanto, a dor no estômago na gravidez também pode surgir devido à intoxicação alimentar, gastrite ou refluxo gastroesofágico, e estar acompanhado de outros sintomas como azia,  diarreia ou excesso de gases, por exemplo.

É importante consultar o obstetra sempre que a grávida apresentar dor no estômago que não melhora, para que seja identificada sua causa e, se necessário, iniciar o tratamento indicado pelo médico. 

Imagem ilustrativa número 1

Causas de dor no estômago na gravidez

As principais causas de dor no estômago na gravidez são:

1. Enjoo matinal

O enjoo matinal é muito comum nas primeiras semanas da gestação, podendo se iniciar por volta da 2ª a 4ª semanas após a fecundação do óvulo.

Esses enjoos são mais comuns no 1º trimestre da gravidez, mas podem perdurar por toda a gravidez, podendo também causar vômitos ou dificuldade para a mulher se alimentar.

O que fazer: deve-se evitar cheiros fortes, manter-se hidratada, descansar e comer pequenas refeições com frequência ao longo do dia, dando preferência para a ingestão de alimentos secos e de fácil digestão, como salada refogada, carnes brancas, peixes, frutas, pão integral e bolachas sem recheio.

Além disso, pode-se tomar o chá de gengibre, 1 vez ao dia, por no máximo 3 dias seguidos. Confira os principais remédios caseiros para enjoos.  

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2. Hiperemese gravídica

A hiperemese gravídica é uma forma grave de vômitos durante a gravidez, caracterizado por a gestante vomitar várias vezes ao ao longo do dia, durante semanas.

Essa condição pode causar náuseas que não melhoram, dor no estômago na gravidez, fadiga e perda do apetite, que pode levar ao comprometimento do estado nutricional ou desidratação.

A hiperemese gravídica é mais comum em mulheres que têm histórico familiar dessa condição ou gravidez gemelar, por exemplo.

O que fazer: a hiperemese gravídica deve ser tratada pelo obstetra, com remédios para diminuir os vômitos, como a metoclopramida, por exemplo.

Além disso, nos casos graves, pode ser necessário internamento hospitalar para receber soro na veia e remédios antieméticos. Veja como é feito o tratamento da hiperemese gravídica

3. Gastrite

A dor no estômago na gravidez também pode ocorrer devido à gastrite, sendo geralmente acompanhada de sintoma, como azia ou sensação de queimação no estômago, náuseas e vômitos.

A gastrite na gravidez pode surgir devido às alterações hormonais normais durante a gestação, e ao aumento de estresse e ansiedade que são normais nesta fase. 

O que fazer: comer em pequenas quantidades e não deitar após as refeições podem ajudar a aliviar o desconforto. Outra medida importante é evitar beber líquidos durante as refeições e evitar comer frituras, comidas apimentadas ou muito condimentadas. Veja outras dicas de como aliviar a azia na gravidez.

Veja também dicas sobre alimentação para combater a azia na gravidez no vídeo a seguir:

Como aliviar a AZIA na gravidez

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4. Refluxo gastroesofágico

O refluxo gastroesofágico pode causar dor no estômago e sintomas como azia, sensação de queimação no estômago, sabor desagradável na boca, excesso de gases, e, em alguns casos, coceira na garganta e sensação de garganta arranhando.

O refluxo gastroesofágico na gravidez é mais comum de surgir após a 24ª semana da gestação, pois o crescimento útero pode pressionar o estômago para cima, fazendo com que o ácido do estômago suba para o esôfago. 

Além disso, a digestão pode ficar mais lenta e a comida fica mais tempo no estômago, o que também contribui para o retorno do alimento do estômago até a boca e azia.

O que fazer: comer em pequenas quantidades em intervalos menores de 2 a 3 horas, evitar comer frituras, comidas apimentadas ou muito condimentadas e fazer refeições grandes, podem ajudar a aliviar esse desconforto.

Além disso, em alguns casos, o obstetra pode recomendar remédios antiácidos, como o leite de magnésia, por exemplo, sendo importante que a mulher utilize medicamentos somente se recomendado pelo médico. Veja como é feito o tratamento do refluxo na gravidez

5. Intoxicação alimentar

A intoxicação alimentar pode surgir em qualquer fase da gestação após o consumo de alimentos contaminados por toxinas, produzidas por fungos ou bactérias.

Os principais sintomas são dor no estômago, náuseas, vômitos, dor de cabeça, diarreia, cansaço extremo, fraqueza, febre e até desidratação.

A intoxicação alimentar é mais comum de surgir devido ao consumo de que foram mal armazenados, que estão fora do prazo de validade ou que não foram preparados seguindo boas práticas de higiene, por exemplo.

O que fazer: aumentar o consumo de líquidos e fazer uma alimentação leve e de fácil digestão, pois assim é possível favorecer a eliminação das toxinas através da urina.

Além disso, o obstetra pode indicar antibióticos, caso a intoxicação tenha sido causada por bactérias, e nos casos mais graves ou de desidratação, internamento hospitalar para receber soro na veia e outras medicações. Veja como é feito o tratamento da intoxicação alimentar

6. Excesso de gases

O excesso de gases também pode causar dor de estômago na gravidez, sendo causada pelo aumento da progesterona que deixa a digestão mais lenta, favorecendo a fermentação do alimento no estômago.

O que fazer: é recomendado evitar alimentos que estimulam a produção de gases como feijão, repolho, brócolis ou couve-flor, por exemplo.

Além disso, deve-se manter o corpo hidratado, e consumir alimentos ricos em fibras como frutas frescas e pão integral ou cereais. Confira outras dicas de como aliviar o excesso de gases na gravidez.

7. Crescimento do útero

O crescimento do útero pode comprimir o estômago e causar dor de estômago na gravidez, além de favorecer o surgimento de refluxo gastroesofágico.

O que fazer: é importante não deitar logo após as refeições, comer em pequenas quantidades e em intervalos menores de 2 a 3 horas e colocar a cabeceira da cama mais alta.

8. Úlcera gástrica

A úlcera gástrica, na maioria das vezes, é consequência de uma gastrite crônica ou infecção pela bactéria H. pylori, que irritam a mucosa do estômago constantemente pelo ácido produzido no estômago, favorecendo o aparecimento de feridas.

Os sintomas mais comuns da úlcera gástrica são dor no estômago na gravidez, sensação constante de estômago inchado, náuseas, vômitos, gases no estômago ou arrotos constantes, por exemplo. Saiba identificar todos os sintomas de úlcera gástrica.

O que fazer: o tratamento é feito pelo gastroenterologista ou obstetra com o uso de remédios para reduzir a acidez do estômago seguros para a gestação, de forma facilitar a cicatrização das úlceras.

Leia também: Dieta para gastrite: alimentos permitidos e proibidos (com cardápio) tuasaude.com/dieta-para-gastrite-e-ulcera

9. Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia pode causar falta de ar repentina, dor de cabeça intensa, sensação de dor ou ardência no estômago, tontura, inchaço repentino, diminuição da quantidade de urina ou visão embaçada, por exemplo.

Leia também: Pré-eclâmpsia: sintomas, tratamento e riscos para o bebê tuasaude.com/sintomas-de-pre-eclampsia

A pré-eclâmpsia é mais comum após a 20ª semana e pode aumentar o risco de eclâmpsia, que é uma complicação grave da gravidez, que pode colocar a vida da mulher e do bebê em risco.

O que fazer: a grávida deve ir imediatamente ao hospital para iniciar o tratamento indicado pelo obstetra que envolve internamento hospitalar, uso de remédios antihipertensivos para baixar a pressão, anticonvulsivantes para evitar convulsões e monitoramento do bebê.

Dor de estômago na gravidez prejudica o bebê?

A dor de estômago na gravidez não prejudica o bebê sendo um sintoma comum na gestação. 

No entanto, se a dor no estômago é frequente e for acompanhada de outros sintomas, pode comprometer o estado nutricional da mulher e o fornecimento de nutrientes para o bebê, prejudicando o seu desenvolvimento.

Por isso, é importante que a grávida faça as consultas pré-natais regularmente conforme orientado pelo obstetra, e consultar o médico sempre que surgir dor no estômago, especialmente se for acompanhada de outros sintomas.

Quando ir ao médico

É importante consultar o médico sempre que surgir dor no estômago ou for acompanhada de outros sintomas, como:

  • Náuseas ou vômitos que não melhoram ou vômitos intensos;
  • Desidratação;
  • Diarreia;
  • Cansaço excessivo;
  • Perda do apetite ou perda de peso;
  • Febre;
  • Dor de cabeça ou dor muscular;
  • Fezes escuras ou com sangue.

Além disso, durante a gravidez, deve-se fazer as consultas pré-natais regularmente, para ter orientações durante a gestação, realizar os exames solicitados pelo médico e garantir a saúde da mulher e o desenvolvimento saudável do bebê.

Leia também: Pré-natal: o que é, quando começar, consultas e exames tuasaude.com/pre-natal

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