Granuloma: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento

Granuloma é um tipo inflamação causada por uma resposta do sistema imunológico para combater infecções por bactérias, fungos ou parasitas. No entanto, quando os microrganismos são difíceis de eliminar, ocorre acúmulo de células de defesa no local, resultando na formação de cistos ou tumores benignos.

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O granuloma é mais comum de surgir nos pulmões em resposta à tuberculose ou aspergilose, no entanto, pode aparecer em qualquer região do corpo, devido a um corpo estranho, como piercing ou pontos de cirurgia, doenças autoimunes, como doença de Crohn ou sarcoidose, ou traumas na unha, por exemplo.

O tratamento do granuloma é feito pelo pneumologista, dermatologista ou clínico geral, e varia de acordo com o tipo de granuloma e sua causa, podendo ser indicado uso de antibióticos, antifúngicos, anti-inflamatórios ou cauterização do granuloma, por exemplo.

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Imagem ilustrativa número 1
Foto de granuloma

Sintomas de granuloma

Os principais sintomas de granuloma são:

  • Febre;
  • Tosse;
  • Falta de ar;
  • Inchaço nos linfonodos (ínguas);
  • Dor de cabeça;
  • Vômitos, dor de estômago ou diarreia.

Esses sintomas surgem devido à infecção ou condições autoimunes, e variam de acordo com o órgão do corpo afetado, uma vez que o granuloma em si não apresenta sintomas e, por isso, na maioria das vezes é descoberto em exames de rotina.

No entanto, quando surgem na pele, podem causar o aparecimento de um caroço doloroso, vermelho ou roxo na pele, como se fosse uma "carne esponjosa", chamado granuloma piogênico.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do granuloma é feito pelo clínico geral, pneumologista ou infectologista, através de exames de imagem como raio X, ultrassom ou tomografia computadorizada. Em alguns casos, pode ser necessária a realização de uma biópsia do granuloma, para confirmar o diagnóstico.

Quando surge na pele, o diagnóstico é feito pelo dermatologista através da avaliação das características da lesão e histórico de infecções recentes, doenças autoimunes ou presença de corpos estranhos.

Se apresenta sintomas de granuloma na pele, marque uma consulta com um dermatologista na região mais próxima:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Possíveis causas

O granuloma é causado por uma resposta do sistema imunológico, acumulando macrófagos no tecido para combater uma infecção, corpo estranho ou até mesmo devido a doenças autoimunes, como resposta à inflamação. 

As principais causas de granuloma são:

  • Infecções fúngicas, como aspergilose, candidíase ou coccidioidomicose;
  • Infecções bacterianas, como hanseníase, doença da arranhadura do gato ou Mycobacterium marinum;
  • Infecções por vírus, como Epstein-barr, citomegalovírus ou sarampo;
  • Infecções por parasitas, como leishmaniose, ascaridíase ou esquistossomose;
  • Inalação de poeira contendo berílio ou aspiração de objetos estranhos para os pulmões;
  • Corpo estranho na pele, como piercing, farpa, pontos de cirurgias ou tatuagem.

Além disso, algumas doenças autoimunes podem aumentar o risco de desenvolver granuloma não infeccioso, como doença de Crohn, sarcoidose ou artrite reumatoide, por exemplo.

Tipos de granuloma

Os principais tipos de granuloma são:

1. Granuloma de corpo estranho

O granuloma de corpo estranho, também conhecido como granuloma não-imunogênico, surge por uma resposta inflamatória a corpos estranhos na pele, podendo surgir devido a pontos de cirurgia, farpas ou tatuagem.

2. Granuloma piercing

O granuloma piercing é um tipo de granuloma de corpo estranho, que pode surgir devido a limpeza excessiva ou a falta de limpeza no furo da pele.

Além disso, também pode surgir devido a mexer ou rodar o piercing constantemente e tocar na região com as mãos sujas, o que pode causar irritação ou infecção na pele, aumentando o risco de surgir o granuloma.

3. Granuloma imune

O granuloma imune é causado por microrganismos, como bactérias, fungos ou vírus, que levam a uma resposta do sistema imunológico para combater a infecção.

Quando o microrganismo é muito difícil de ser eliminado, há um acúmulo de macrófagos, linfócitos T e células epitelioides no local, formando o granuloma.

4. Granuloma piogênico

O granuloma piogênico, também conhecido como “carne esponjosa”, pode surgir devido a lesões na pele, sendo mais comum de ocorrer no canto das unhas pelo traumatismo por alicates ou por infecções bacterianas.

Além disso, o granuloma piogênico pode ser causado ou agravado pelas alterações hormonais normais da gestação, sendo conhecido como granuloma gravídico. Veja outras causas do granuloma piogênico.  

5. Granuloma anular

O granuloma anular é um tipo de granuloma crônico que forma pequenos caroços na pele, que se espalham formando um anel.

A causa exata desse tipo de granuloma não é totalmente conhecida, mas acredita-se que seja devido a uma reação do sistema imunológico, a radiação UV do sol, infecções, ou doenças autoimunes, como artrite reumatoide.

Como é feito o tratamento

O tratamento do granuloma deve ser feito com orientação do dermatologista, pneumologista ou neurologista, varia de acordo com sua causa e localização.

No caso do granuloma ter sido causado por infecções por bactérias, fungos ou parasitas, o médico deve indicar o uso de remédios antibióticos, antifúngicos ou antiparasitários, para combater a infecção.

Já o granuloma piogênico, o tratamento pode ser feito com cauterização da “carne esponjosa”, laser ou crioterapia, por exemplo.

Outros tratamentos que podem ser indicados pelo médico e que variam de acordo com o tipo de granuloma são remédios anti-inflamatórios, corticoides ou imunossupressores, por exemplo.