O que é:
O hipotireoidismo congênito é uma alteração pediátrica em que a glândula tireoide não consegue produzir quantidades adequadas de hormônios tireoidianos, como T3 e T4, podendo comprometer o desenvolvimento da criança e provocar alterações neurológicas permanentes caso não seja devidamente identificada e tratada.
O diagnóstico do hipotireoidismo congênito é feito ainda na maternidade por meio do teste do pezinho e, caso seja confirmado o hipotireoidismo, pode ser indicada a realização da dosagem específica dos hormônios tireoidianos.
O tratamento do hipotireoidismo congênito é feito assim que for confirmado o diagnóstico, sendo indicado pelo médico a realização de reposição hormonal para evitar complicações para o bebê. O hipotireoidismo congênito não tem cura, porém quando o diagnóstico e o tratamento são feitos cedo, a criança consegue desenvolver-se normalmente.
Sintomas do hipotireoidismo congênito
Os principais sintomas de hipotireoidismo congênito são:
- Flacidez dos músculos;
- Aumento do volume da língua;
- Desenvolvimento ósseo comprometido;
- Dificuldade respiratória;
- Batimentos cardíacos mais lentos;
- Anemia;
- Sonolência excessiva;
- Dificuldade para se alimentar;
- Pele seca e sem elasticidade;
- Atraso no desenvolvimento neuronal e psicomotor.
Apesar de existirem sintomas, somente cerca de 10% dos bebês que sofrem de hipotireoidismo congênito é que os apresentam, isso porque o diagnóstico é feito ainda na maternidade e o tratamento de reposição hormonal é iniciado logo em seguida, impedindo o surgimento dos sintomas.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico do hipotireoidismo congênito é feito durante a maternidade nos exames de triagem neonatal, normalmente por meio do teste do pezinho, em que são coletadas algumas gotas de sangue do calcanhar do bebê que são encaminhadas para o laboratório para que possam ser analisadas. Veja mais sobre o teste do pezinho.
Se o teste do pezinho indicar hipotireoidismo congênito, deve ser realizada a dosagem dos hormônios T4 e TSH através de uma análise de sangue para que o diagnóstico seja confirmado e o tratamento iniciado. Outros exames de imagens, como ultrassonografia, ressonância magnética e cintilografia da tireoide podem também ser utilizados no diagnóstico. Conheça mais sobre os exames que avaliam a tireoide.
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Principais causas
O hipotireoidismo congênito pode ser causado por diversas situações, sendo as principais:
- Não formação ou formação incompleta da glândula tireoide;
- Formação em local irregular da glândula tireoide;
- Defeitos na síntese dos hormônios da tireoide;
- Lesões na hipófise ou hipotálamo, que são duas glândulas no cérebro responsáveis pela produção e regulação dos hormônios.
Geralmente, o hipotireoidismo congênito é permanente, no entanto, pode ocorrer hipotireoidismo congênito transitório, que pode ser causado por insuficiência ou excesso de iodo da mãe ou do recém-nascido ou pela passagem através da placenta de medicamentos antitireoidianos.
O hipotireoidismo congênito transitório necessita também de tratamento, mas normalmente é suspenso aos 3 anos de idade, para que sejam realizados exames que avaliem os níveis dos hormônios tireoidianos circulantes e para que assim se possa definir melhor o tipo e a causa da doença.
Tratamento para hipotireoidismo congênito
O tratamento para hipotireoidismo congênito consiste na reposição dos hormônios da tireoide durante toda a vida através da administração oral de um remédio, a Levotiroxina sódica, que pode ser dissolvido em uma pequena quantidade de água ou leite do bebê. Quando o diagnóstico e o tratamento são feitos tardiamente, as consequências do hipotireoidismo congênito, como retardo mental e retardo do crescimento, podem ocorrer.
É importante que a criança tenha seus níveis de T4 total e livre e de TSH monitorados para que o pediatra verifique a resposta ao tratamento. Confira mais detalhes sobre o tratamento do hipotireoidismo no vídeo a seguir: