Inseminação artificial: o que é, indicações, como é feita e cuidados

Inseminação artificial é uma técnica de reprodução assistida em que os espermatozoides são inseridos no útero ou colo uterino da mulher, facilitando a fertilização do óvulo e a gravidez.

Foto doutora realizando uma consulta
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Esse tipo de técnica é indicada nos caso de infertilidade masculina ou feminina, no entanto, este método não é a primeira escolha do casal que não consegue engravidar espontaneamente durante 1 ano de tentativas, sendo uma opção para quando outros métodos mais econômicos não alcançaram resultados.

Leia também: Reprodução assistida: o que é, 11 técnicas e quando fazer tuasaude.com/reproducao-assistida

A inseminação artificial pode ser homóloga, quando é feita partindo de sêmen do parceiro, ou heteróloga, quando é usado o sêmen de um dador, o que pode acontecer quando os espermatozoides do parceiro não são viáveis.

Imagem ilustrativa número 1

Quem pode fazer

A inseminação artificial é indicada para certos casos de infertilidade, como os seguintes:

  • Volume de esperma reduzido;
  • Espermatozoides com dificuldades de locomoção;
  • Muco cervical hostil e desfavorável à passagem e permanência dos espermatozoides;
  • Endometriose;
  • Impotência sexual masculina;
  • Defeitos genéticos nos espermatozoides do homem, podendo ser necessário recorrer a um dador;
  • Ejaculação retrógrada;
  • Vaginismo, que dificulta a penetração vaginal.

Existem ainda alguns critérios que devem ser respeitados, como a idade da mulher.

Muitos centros de reprodução humana não aceitam mulheres com mais de 40 anos de idade, porque existe um maior risco de aborto espontâneo, resposta baixa ao processo de estimulação ovariana e diminuição da qualidade dos oócitos coletados, que são essenciais para a gravidez.

Se deseja a avaliação do médico de reprodução assistida para fazer a inseminação artificial, marque uma consulta na região mais próxima:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Como é feita a inseminação artificial

A inseminação artificial é feita pelo médico especialista em reprodução assistida e consiste em algumas etapas:

1.  Consulta inicial

A consulta inicial é uma etapa muito importante para iniciar a inseminação artificial, pois são solicitados exames pelo médico para avaliar a causa da infertilidade masculina ou feminina.

Assim, podem ser solicitados pelo médico exames de sangue, dosagens hormonais e ultrassonografia para avaliar a anatomia ou anormalidades do sistema reprodutor.

Além disso, o médico deve solicitar ao homem um espermograma para avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozoides. Veja como é feito o espermograma.

2. Estimulação ovariana

A estimulação ovariana é feita com remédios indicados pelo médico para induzir a ovulação através de injeções ou uso de comprimidos com hormônios.

Essa etapa pode ser indicada nos casos de mulheres com alterações hormonais ou ciclos menstruais irregulares. 

Leia também: Indução da ovulação: o que é, como funciona e para que serve tuasaude.com/inducao-da-ovulacao

A estimulação do ovário da mulher é uma fase que dura cerca de 10 a 12 dias.

3. Monitoramento da ovulação

O monitoramento da ovulação na mulher é feito através de exames de sangue com dosagens hormonais e ultrassom transvaginal ou pélvico.

Geralmente, durante a estimulação ovariana são feitos de 3 a 4 ultrassons de forma a verificar o crescimentos dos folículos ovarianos e a sua evolução.

4. Programação da inseminação

A programação da inseminação é feita quando os folículos ovarianos atingiram o tamanho adequado, o que é avaliado através do ultrassom.

Quando isso ocorre, programa-se a inseminação artificial para cerca de 36 horas após a administração de uma injeção hCG que induz a ovulação, aumentando as as chances de gravidez. 

Leia também: Ovulação: o que é, como acontece e sintomas (com calculadora) tuasaude.com/o-que-e-ovulacao

4. Coleta e preparo do esperma

A coleta do esperma é feita aproximadamente 2 horas antes do procedimento de inseminação artificial, através da coleta de esperma do parceiro ou de um doador, por meio da masturbação, após 3 a 5 dias de abstinência sexual.

Esse esperma então é preparado no laboratório por meio de uma lavagem para separar os espermatozoides com maior qualidade e com maior capacidade para se movimentarem para aumentar as chances de fertilizar o óvulo. 

5. Inseminação

A inseminação deve realizar-se exatamente no dia agendado pelo médico.

Durante o processo de inseminação artificial, o médico introduz na vagina um espéculo vaginal semelhante ao usado no papanicolau, e retira o excesso de muco cervical presente no útero da mulher, depositando em seguida o esperma dentro do útero ou no colo uterino.

Depois disso, a mulher deve ficar 30 minutos em repouso, podendo ser feitas até 2 inseminações para aumentar as chances de gravidez.

6. Monitoramento após a inseminação

Após realizar a inseminação artificial a mulher deve fazer o acompanhamento médico para monitorar os níveis hormonais e fazer o teste de gravidez, cerca de 2 semanas após o procedimento.

7. Repetir o ciclo

Normalmente, a gravidez ocorre ao fim de 4 ciclos de inseminação artificial e o sucesso é maior nos casos de infertilidade por causa desconhecida.

Nos casais onde 6 ciclos de inseminação não foram suficientes é indicado buscar outra técnica de reprodução assistida.

Leia também: Fertilização in vitro (FIV): o que é, quando é indicada e como é feita tuasaude.com/fertilizacao-in-vitro

Tipos de inseminação artificial

Existem dois tipos de inseminação artificial, que são:

1. Inseminação artificial intrauterina

Na inseminação intrauterina, o esperma é colocado diretamente dentro do útero da mulher, aumentando as chances de fecundação do óvulo.

2. Inseminação artificial intracervical

Na inseminação intracervical, os espermatozoides são colocados diretamente no colo do útero, sendo uma técnica de reprodução assistida que mais se assemelha com a relação sexual normal.

Nesse tipo de inseminação artificial, é importante que a mulher tenha quantidade de muco cervical adequado para permitir a mobilidade dos espermatozoides até as trompas para fecundar o óvulo.

Cuidados após a inseminação

Após a inseminação artificial, a mulher pode voltar normalmente à sua rotina.

No entanto, dependendo de alguns fatores, como idade e condições das trompas e do útero, por exemplo, podem ser recomendados pelo médico alguns cuidados, como evitar ficar muito tempo sentada ou em pé, evitar relações sexuais por 2 semanas após o procedimento e manter uma dieta equilibrada.

Possíveis complicações

Algumas mulheres relatam sangramentos após a inseminação, o que deve ser comunicado ao médico.

Outras possíveis complicações da fertilização artificial incluem gravidez ectópica, aborto espontâneo e gestação de gêmeos.

E embora estas complicações não sejam muito frequentes, a mulher deve ser acompanhada pela clínica de inseminação e pelo médico obstetra para prevenir e/ou tratar a sua ocorrência.

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