Leishmaniose tegumentar: o que é, sintomas e tratamento

Atualizado em setembro 2023

A leishmaniose tegumentar humana é uma doença infecciosa causada pelo pelo protozoário Leishmania, que provoca feridas indolores na pele e nas mucosas do corpo.

A leishmaniose tegumentar, popularmente conhecida como "úlcera de bauru" ou "ferida brava", é causa da picada do inseto do Lutzomyia, conhecidas como mosquito-palha, infectado, que normalmente adquire o parasita ao picar animais portadores, como cachorros, gatos e ratos. Conheça mais sobre a leishmaniose.

Em caso de suspeita de leishmaniose, é importante que o dermatologista ou infectologista seja consultado para que seja feita uma avaliação dos sintomas e iniciado o tratamento, que pode ser feito com o uso de medicamentos específicos.

Imagem ilustrativa número 1
Cicatriz da Leishmaniose tegumentar

Principais sintomas

Os principais sintomas de leishmaniose tegumentar são:

  • Ferida na pele com consistência dura e bordas elevadas;
  • Presença de secreção na ferida;
  • Cicatrização lenta da ferida, podendo demorar 2 a 15 meses para cicatrizar;
  • Inchaço e dor nos nódulos linfáticos;
  • Caroços espalhados pelo corpo, em alguns casos;
  • Vermelhidão e feridas nas mucosas das vias aéreas superiores, que podem ter secreção e crostas.

Além disso, em alguns casos, na mucosa do nariz, pode haver perfuração ou até destruição do septo cartilaginoso e, na boca, pode haver perfuração do palato mole.

Tipos de leishmaniose tegumentar

De acordo com o local em que as lesões aparecem, a leishmaniose tegumentar pode ser classificada em dois tipos principais:

  • Leishmaniose cutânea, quando as lesões estão presentes apenas na pele;
  • Leishmaniose mucosa ou mucocutânea, quando as lesões aparecem na mucosa das vias aéreas superiores, como nariz, orofaringe, palatos, lábios, língua e laringe, por exemplo.

É importante que seja identificado o tipo de leishmaniose tegumentar para que o tratamento mais adequado possa ser indicado pelo médico.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da leishmaniose tegumentar deve ser feito pelo dermatologista ou infectologista por meio da observação das lesões e avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa.

No entanto, para confirmar o diagnóstico, pode ser indicada a realização de teste específico para a leishmaniose, conhecido como teste de Intradermorreação de Montenegro, exame de aspiração ou biópsia da lesão, para identificar o parasita. Em alguns casos, o médico também pode recomendar a realização de exames de sangue, ELISA ou PCR.

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Como é feito o tratamento

As lesões da leishmaniose tegumentar normalmente cicatrizam sem necessidade de tratamento. Porém, no caso das feridas que aumentam de tamanho, são muito grandes, se multiplicam ou localizadas no rosto, mãos e articulações, pode ser recomendado fazer o tratamento com remédios, como cremes e injeções, orientados pelos dermatologista. 

Os remédios de primeira escolha no tratamento das leishmanioses são os antimoniais pentavalentes, feito em doses diárias, intramusculares ou venosas, por 20 a 30 dias. Veja mais detalhes do tratamento para leishmaniose.

Se as feridas infeccionarem durante o processo de cicatrização pode ser também aconselhável fazer o tratamento com um enfermeiro para um melhor cuidado e evitar a piora da ferida.

Além disso, após a cicatrização, as cicatrizes podem permanecer na pele e provocar alterações estéticas. Por isso, pode ser necessário fazer acompanhamento psicológico ou recorrer a cirurgia plástica para tratar alterações no rosto, por exemplo.

Como prevenir

Para evitar a transmissão da leishmaniose é importante se investir em atitudes individuais e coletivas como:

  • Usar repelentes quando se estiver em ambientes onde o mosquito-palha é encontrado, e evitar exposição nos horários de maior intensidade de mosquitos;
  • Usar mosquiteiros de malha fina, bem como colocar telas em portas e janelas;
  • Manter terrenos e quintais próximos limpos, removendo entulhos e sujeiras, e podando árvores, para diminuir a umidade que facilita a procriação do mosquito e moscas;
  • Evitar lixos orgânicos no solo, para não atrair animais, como ratos, que podem conter a doença;
  • Manter animais domésticos fora de casa durante a noite, de modo a diminuir a atração dos mosquitos e moscas para este ambiente;
  • Evitar construir casas com distância menor que 4000 ou 500 metros da mata.

Além disso, na presença de feridas que não cicatrizam facilmente, e que possam indicar esta doença, é importante procurar atendimento no posto de saúde para que sejam identificadas as causas e o tratamento adequado mais rapidamente.