Lipomatose: o que é, tipos, sintomas e tratamento

O que é:

A lipomatose é uma doença de causa desconhecida que provoca o acúmulo de vários nódulos de gordura pelo corpo. Esta doença também é chamada de lipomatose simétrica múltipla, doença de Madelung ou adenolipomatose de Launois-Bensaude.

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Os nódulos causados pela lipomatose são conhecidos como "lipoma" e são pequenos tumores benignos feitos de células de gordura, que se acumulam principalmente na região do abdômen e das costas. Muito raramente, os tumores podem se transformam em nódulos malignos de câncer e são mais comuns em homens adultos, com idade entre os 30 e os 60 anos. Entenda melhor o que é um lipoma e como identificar.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

O principal sintoma da lipomatose é a deformidade corporal devido ao acúmulo dos tumores de gordura, sendo comum também a presença de:

  • Formigamento e cãibras nas pernas e nos braços;
  • Aparecimento de úlceras nos pés;
  • Dificuldade para se movimentar ou andar.

Em alguns casos, e dependendo da localização dos tumores, a lipomatose também podem provocar palpitações cardíacas, excesso de suor, impotência sexual, e dificuldade para engolir ou respirar.

O que causa a lipomatose

Apesar de não ter uma causa clara, a lipomatose parece estar ligada principalmente ao consumo excessivo e prolongado de álcool, podendo também ter relação com doenças como colesterol alto, diabetes, anemia macrocítica, excesso de ácido úrico no sangue, acidose tubular renal e polineuropatia.

Além disso, a doença também pode estar ligada à herança genética, havendo casos em que a lipomatose se repete quando há histórico familiar, sendo chamada de lipomatose familiar múltipla.

Tipos de lipomatose

A lipomatose é classificada de acordo com o local do corpo afetado pelos lipomas, como:

  • Abdominal: quando atinge a região do abdômen;
  • Epidural: quando afeta a coluna vertebral;
  • Mediastinal: quando afeta a região do coração e parte das vias respiratórias;
  • Pancreática: quando afeta o pâncreas;
  • Renal: quando afeta os rins;
  • Difusa: quando afeta todo o corpo e provoca uma aparência semelhante à obesidade comum.

A forma difusa da doença é mais comum em mulheres, e normalmente não atinge órgãos e tecidos mais profundos do corpo.

Como é feito o tratamento

O tratamento da lipomatose é feito principalmente através de cirurgia para retirar os nódulos de gordura, além poderem ser utilizados medicamentos e injeções, como mostrado a seguir:

Cirurgia

É indicada principalmente quando há grandes deformações estéticas ou quando os lipomas dificultam a respiração e a alimentação, pois é muito raro a transformação dos lipomas em tumores malignos.

Assim, os lipomas são retirados por meio de cirurgia convencional ou através de lipoaspiração, dependendo do local do tumor. Em geral, a taxa de reincidência dos tumores é baixa, e normalmente só acontece após 2 anos da cirurgia.

Medicamentos

Nos casos mais simples também podem ser usados medicamentos que estimulam a queima de gordura dos lipomas, como hormônios esteroides, Salbutamol e Enoxaparina, mas é comum o reaparecimento dos tumores quando a medicação é suspensa. Veja mais sobre a Enoxaparina.

Injeções

As injeções são utilizadas principalmente em lipomas pequenos, e contêm hormônios e substâncias que ajudam a desfazer as células de gordura, reduzindo o tamanhos dos tumores.

Elas costumam ser dadas a cada 3 a 8 semanas durante vários meses, e costumam ter como efeitos colaterais principalmente dor e hematomas no local da aplicação.

Alterações no estilo de vida

Também é importante lembrar que deve-se parar totalmente de consumir bebidas alcoólicas e de fumar para evitar a progressão da doença, e controlar o peso para diminuir o risco de complicações ligadas à obesidade, como doenças cardíacas e diabetes.

Possíveis complicações

A principal complicação da lipomatose é a deformação estética no corpo causada pelos lipomas. Além disso, os nódulos de gordura podem provocar problemas como:

  • Compressão das vias respiratórias e garganta, causando dificuldade para engolir e respirar;
  • Alteração ou enfraquecimento da voz;
  • Diminuição dos movimentos do pescoço;
  • Inchaço do rosto e do pescoço;
  • Dor no peito;
  • Diminuição da sensibilidade;
  • Dificuldade para movimentar os membros;

Além disso, em alguns casos também pode haver o desenvolvimento de câncer nos órgãos respiratórios, principalmente quando há histórico de uso excessivo de álcool ou cigarro.