Macrocefalia: o que é, sintomas, causas e tratamento

O que é:

A macrocefalia é uma condição rara caracterizada pelo tamanho da cabeça da criança maior do que o normal para o sexo e a idade ou idade gestacional, e que pode ser diagnosticada pelo pelo obstetra pelo exame de ultrassom ou pelo pediatra desde o nascimento até os 2 anos de idade, através da medição do tamanho da cabeça, também chamado de perímetro cefálico ou PC.

Em alguns casos, a macrocefalia não representa risco para a saúde, sendo considerada normal, no entanto, em outros casos, principalmente quando é observado acúmulo de líquido no cérebro, pode haver atraso no desenvolvimento e no tamanho do cérebro, e prejudicar a aprendizagem, atenção, memória, ou até causar convulsões.

O diagnóstico da macrocefalia é feito à medida que a criança se desenvolve, sendo realizada a medição do perímetro cefálico em cada consulta com o pediatra. Além disso, dependendo da relação entre o PC, idade, sexo e desenvolvimento do bebê, o pediatra pode indicar a realização de exames de imagem para verificar se há presença de cistos, tumores ou acúmulo de liquor, indicando o tratamento mais adequado caso haja necessidade.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

O principal sinal da macrocefalia é a cabeça maior que o normal para a idade e sexo da criança, no entanto, podem surgir também outros sintomas como:

  • Atraso no desenvolvimento psicomotor, prejudicando a aprendizagem, atenção, memória ou socialização da criança;
  • Incapacidade física;
  • Atraso mental;
  • Convulsões;
  • Dor de cabeça;
  • Vômitos;
  • Irritabilidade;
  • Fraqueza muscular ou paralisia em um dos lados;
  • Falta de coordenação dos movimentos;
  • Alterações no formato do crânio;
  • Alterações neurológicas;
  • Alterações psicológicas;
  • Alterações da visão.

A presença de qualquer um desses sintomas pode ser indicativo de macrocefalia, sendo importante consultar o pediatra para que seja feita a medição do PC. 

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da macrocefalia é feito pelo pediatra através da medição do perímetro cefálico, avaliação do desenvolvimento da criança e dos sintomas. Além disso, o médico pode solicitar a realização de exames de imagem, como tomografia computadorizada, radiografia e ressonância magnética para avaliar anormalidades no cérebro da criança.

A macrocefalia também pode ser diagnosticada pelo obstetra ainda no período pré-natal através da realização do ultrassom obstétrico, no final do segundo trimestre ou no início do terceiro trimestre, onde se mede o perímetro cefálico do feto.

Possíveis causas

A macrocefalia pode ser causada por fatores genéticos ou ambientais, e incluem:

  • História familiar de macrocefalia;
  • Infecções durante a gravidez, como toxoplasmose, rubéola, sífilis e infecção pelo citomegalovírus;
  • Síndromes genéticas, como a síndrome de Morquio e a síndrome de Hurler;
  • Hidrocefalia, que é o acúmulo de líquido no cérebro;
  • Hipóxia fetal, que é a redução do suprimento de oxigênio para o cérebro do bebê durante o parto;
  • Malformação vascular;
  • Presença de tumores, cistos ou abscessos congênitos;
  • Intoxicação por chumbo;
  • Doenças metabólicas como lipidose, histiocitose e mucopolissacaridose;
  • Neurofibromatose;
  • Esclerose tuberosa.

Além disso, a macrocefalia pode acontecer como consequência de doenças ósseas, principalmente entre os 6 meses e os 2 anos, como osteoporose, hipofosfatemia, osteogênese imperfeita ou raquitismo, que é uma doença caracterizada pela ausência de vitamina D. Conheça mais sobre o raquitismo

Como é feito o tratamento

Quando a macrocefalia não representa risco para a saúde da criança, não é necessário iniciar tratamento específico, sendo o desenvolvimento da criança apenas acompanhado pelo pediatra. 

No entanto, quando é verificada também hidrocefalia, que é o acúmulo excessivo de líquido no cérebro, pode ser necessário realizar cirurgia para drenar o líquido. Entenda como é feito o tratamento para hidrocefalia.  

Além do tratamento poder variar de acordo com a causa da macrocefalia, também pode variar de acordo com os sinais e sintomas apresentados pela criança, podendo ser recomendada a realização de sessões de psicoterapia, fisioterapia ou fonoaudiologia. Pode ser também indicado pelo médico alterações na dieta e uso de alguns medicamentos, principalmente quando a criança apresenta convulsões.