Mastocitose: o que é, sintomas, tipos, causas e tratamento

Mastocitose é a proliferação e acúmulo de mastócitos na pele e outros tecido do corpo, causando sintomas como pequenos pontinhos marrom-avermelhados na pele, coceira na pele, náuseas, diarreia ou tontura.

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Esses sintomas estão relacionados à liberação de histamina pelos mastócitos, e podem variar de acordo com o tipo de mastocitose, sendo desencadeados por calor, exercícios físicos ou alterações hormonais.

O tratamento da mastocitose é feito pelo alergologista, clínico geral ou pediatra e varia de acordo com o tipo de mastocitose, podendo ser indicado o uso de remédios para aliviar os sintomas ou até transplante de medula óssea.

Imagem ilustrativa número 4

Sintomas de mastocitose

Os principais sintomas de mastocitose são:

  • Pequenos pontinhos marrom-avermelhados na pele e que podem coçar;
  • Úlcera péptica;
  • Dor de cabeça, nos ossos ou articulações;
  • Vômitos, diarreia crônica ou dor abdominal;
  • Tontura ao se levantar.

Os sintomas de mastocitose podem variar de acordo com seu tipo e estão relacionados com a concentração de histamina circulante liberada pelos mastócitos. 

Na presença de sintomas de mastocitose, deve-se consultar o clínico geral, pediatra ou o alergologista para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado.

Em alguns casos podem surgir sintomas de anafilaxia, como vermelhidão na pele de todo o corpo ou desmaio, devendo-se procurar o pronto-socorro imediatamente. Saiba identificar os sintomas de anafilaxia.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da mastocitose é feito pelo clínico geral, pediatra ou alergologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exames físico, laboratoriais e de imagem.

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Exames que detectam a mastocitose

Os principais exames que detectam a mastocitose são:

  • Hemograma completo e testes de função hepática e renal;
  • Níveis de histamina e triptase no sangue;
  • Endoscopia digestiva alta;
  • Densitometria óssea;
  • Tomografia computadorizada do abdômen;
  • Biópsia de pele, de fígado ou dos linfonodos.

Além disso, o médico também pode solicitar um mielograma ou biópsia de medula óssea para avaliar mutações em genes que podem causar a mastocitose. Saiba como é feito o mielograma e a biópsia de medula óssea.

Leia também: Biópsia de pele: como é feita, tipos e quando é indicada tuasaude.com/biopsia-de-pele

O tipo de exame a ser solicitado pelo médico varia de acordo com os sintomas apresentados e tipo de mastocitose.

Tipos de mastocitose

Os principais tipos de mastocitose são:

1. Mastocitose cutânea

A mastocitose cutânea é caracterizada pelo acúmulo de mastócitos na pele, levando ao aparecimento de sintomas cutâneos.

Esse tipo de mastocitose é mais frequente em crianças, mas também pode afetar adultos.

2. Mastocitose sistêmica

Na mastocitose sistêmica , os mastócitos se acumulam em outros tecidos do corpo, principalmente na medula óssea, interferindo na produção de células sanguíneas.

Além disso, nesse tipo de mastocitose, os mastócitos podem acumular-se no fígado, baço, linfonodos e estômago, podendo interferir, em alguns casos, no funcionamento do órgão.

Possíveis causas

A mastocitose é causada por mutações no gene KIT fazendo com que os mastócitos se multipliquem de forma descontrolada, se acumulando na pele ou em outros órgãos.

Os mastócitos são células produzidas na medula óssea, que são encontrados em vários tecidos do corpo e e que também podem estar relacionadas com a resposta imunológica alérgica.

Leia também: Mastócitos: o que são, funções e quando podem estar alterados tuasaude.com/mastocitos

Fatores de risco para mastocitose

Alguns fatores podem desencadear os sintomas de mastocitose, como:

  • Mudanças na temperatura, principalmente calor;
  • Estresse físico ou emocional;
  • Consumo de alimentos ou bebidas muito quentes ou picantes;
  • Realização de exercícios;
  • Contato com roupas;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Alterações hormonais.

Além disso, o uso de remédios opioides ou anti-inflamatórios não esteroides ou picadas de insetos, também podem desencadear a mastocitose.

Esses fatores podem resultar na liberação de histamina pelos mastócitos, resultando nos sintomas da mastocitose.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a mastocitose deve ser feito com orientação do alergologista, pediatra ou clínico geral de acordo com os níveis de histamina circulantes, estado geral de saúde e sintomas apresentados.

Os principais tratamentos para mastocitose são:

1. Uso de remédios

Na maioria dos casos, o médico pode indicar o uso de remédios para mastocitose, como:

  • Anti-histamínicos, para ajudar a aliviar a coceira, dor abdominal, azia, úlcera péptica ou diarreia;
  • Antileucotrienos, quando os anti-histamínicos não foram eficazes para aliviar os sintomas;
  • Corticoides, para aliviar os sintomas na pele ou reduzir a inflamação;
  • Anticorpos monoclonais, como omalizumabe, para prevenir crises de anafilaxia;
  • Inibidores da bomba de próton, para aliviar os sintomas no estômago;
  • Bisfosfonatos, como pamidronato, para evitar fraturas relacionadas à osteoporose.

Além disso, o médico pode indicar o uso de interferon-alfa, cladribina ou imatinibe, por exemplo.

Nos casos de pessoas que apresentam anafilaxia com frequência, o médico também pode recomendar que a pessoa leve sempre na bolsa uma injeção de adrenalina.

Leia também: Epinefrina: para que serve, como aplicar e efeitos colaterais tuasaude.com/epinefrina-adrenalina

2. Transplante de medula óssea

O transplante de medula óssea autólogo pode ser indicado nos casos de mastocitose sistêmica agressiva, para controlar os sintomas e evitar a evolução da doença até que se encontre um doador de medula óssea.

Leia também: Transplante de medula: o que é, quando fazer e como é feito tuasaude.com/transplante-de-medula