Menstruação prolongada: 7 causas (e o que fazer)

A menstruação prolongada é aquela que dura mais de 8 dias e o volume não diminui ao longo do tempo, o que pode ser sinal de mioma uterino, pólipos uterinos, hemofilia ou ser consequência do uso de alguns medicamentos.

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A menstruação normal dura, de forma geral, 4 a 8 dias, sendo mais intensa nos primeiros dias e diminuindo progressivamente. Nos casos de menstruação prolongada, a mulher pode apresentar alguns sintomas como fraqueza, tontura, palidez ou anemia.

Assim, é importante que a mulher fique atenta à quantidade de trocas de absorventes que necessita fazer diariamente, já que quanto mais trocas foram precisas, maior é possibilidade de se tratar de uma menstruação prolongada que deve ser investigada pelo ginecologista.

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Principais causas

As principais causas de menstruação prolongada são:

1. Mioma uterino

Os miomas uterinos são tumores benignos formados no tecido muscular que compõe o útero e que podem causar diversos sintomas que variam de acordo com o seu tamanho, quantidade de localização no útero.

Os sintomas mais frequentes são cólicas abdominais, sangramento fora do período menstrual e que pode ser prolongado e abundante, prisão de ventre e dor durante a relação sexual. Veja mais sobre o mioma uterino.

O que fazer: é importante consultar o ginecologista na presença de sintomas de mioma para que seja indicado o tratamento mais adequado de acordo com a quantidade, tamanho e sintomas apresentados pela mulher, podendo ser indicado o uso de medicamentos anti-inflamatórios, hormonais ou cirurgia.

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2. Menopausa

Algumas alterações hormonais, como a menopausa, podem causar menstruação irregular, que pode se apresentar com mais ou menos frequência, ser mais abundante ou durar mais ou menos dias que o normal. Saiba reconhecer os sintomas de menopausa.

O que fazer: na presença de sintomas sugestivos de menopausa, é importante consultar o ginecologista para que sejam solicitados exames de sangue para identificar os níveis hormonais e, assim, confirmar a menopausa, podendo ser indicado também a realização de terapia de reposição hormonal.

3. Pólipos uterinos

Os pólipos uterinos são pequenas bolinhas que aparecem na parede interna do útero e que podem surgir na menopausa ou por outras alterações hormonais, causando sangramento entre as menstruações, dificuldade para engravidar e dor abdominal durante a menstruação.

O que fazer: na maioria dos casos, os pólipos uterinos não necessitam de tratamento e o ginecologista pode apenas recomendar observação e acompanhamento. No entanto, o médico pode indicar tratamento caso a mulher apresente risco aumentado para o desenvolvimento de câncer de útero.

4. Hemofilia

A hemofilia é uma doença genética caracterizada pela deficiência ou diminuição de fatores do sangue que são fundamentais para a coagulação.

Assim, essa condição pode causar sintomas como sangramento nas gengivas e/ ou no nariz, presença de sangue na urina e/ ou nas fezes, hematomas pelo corpo e menstruação abundante e prolongada. Conheça mais sobre os sintomas de hemofilia.

O que fazer: apesar de não ter cura, o tratamento da hemofilia ajuda a evitar que os sangramentos sejam frequentes, podendo ser indicada a realização de reposição periódica dos fatores de coagulação, para que seus níveis estejam sempre aumentados no sangue, e aplicação de um concentrado de fator de coagulação quando existe um episódio de hemorragia, sendo importante seguir as orientações do hematologista.

5. Uso de DIU de cobre

O DIU de cobre é um contraceptivo não hormonal, feito de plástico revestido com cobre, que é liberado de forma contínua no útero, provocando alterações no muco cervical e no útero e resultando na morte dos espermatozoides.

No entanto, o seu uso pode causar alguns efeitos secundários, como anemia, fazendo como que a menstruação seja mais prolongada e abundante. Confira outros efeitos colaterais do DIU de cobre.

O que fazer: caso a menstruação fique mais abundante após a colocação do DIU de cobre, é importante consultar o ginecologista para que seja considerado o uso de outro método contraceptivo.

6. Câncer de endométrio

O câncer de endométrio é caracterizado pela presença de células malignas na parede interna do útero, que causam sintomas como sangramento abundante entre as menstruações ou depois da menopausa, dor pélvica e perda de peso.

O que fazer: na presença de sinais e sintomas sugestivos de câncer de endométrio, é importante que o ginecologista seja consultado para que sejam feitos exames que ajudem a identificar a alteração e iniciar o tratamento mais adequado, o que pode ser feito com quimioterapia, braquiterapia, radioterapia ou hormonioterapia.

Nos casos mais graves, pode ser necessária a realização de cirurgia para retirar um ou mais órgãos do aparelho reprodutor feminino.

7. Uso de medicamentos

O uso de medicamentos anticoagulantes, como heparina, ou antiagregantes plaquetários, como ácido acetilsalicílico ou o clopidogrel, podem fazer com que o sangramento da menstruação seja mais abundante e dure mais tempo do que o normal, podendo levar à anemia, por exemplo.

O que fazer: nesses casos, é importante que o médico seja consultado para que seja feita a avaliação da possibilidade de troca do medicamento ou alteração da dose.

Quando a menstruação prolongada é normal

É normal a menstruação ficar irregular e durar mais tempo depois de tomar a pílula do dia seguinte. 

Além disso, também é comum nas adolescentes que ainda não têm seu ciclo regular e nas mulheres que estão entrando na menopausa, porque nessas idades ocorrem variações hormonais.

Muitos dias menstruada pode ser gravidez?

Ficar muitos dias menstruada, ou seja, mais de 8 dias que é considerado o tempo normal da menstruação, não significa uma gravidez.

Isso porque cerca de 10 a 14 dias após a fecundação, o embrião se implanta no útero, e por isso pode ocorrer a saída de um pequeno sangramento de nidação ou corrimento rosado que desaparece em até 3 dias. Entenda o que é sangramento de nidação.

Caso a mulher esteja grávida e tenha sangramento intenso semelhante à menstruação, pode ser sinal de complicações como descolamento ovular ou da placenta, gravidez ectópica ou abortamento espontâneo.

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