Mialgia é o termo usado na medicina para dor muscular, podendo surgir de forma aguda devido a atividades físicas, distensão muscular, estresse ou infecções, ou de forma crônica, causada por fibromialgia ou artrite reumatoide, por exemplo.
Os sintomas da mialgia são dor muscular moderada a intensa que pode piorar durante o repouso ou movimento do membro afetado, que podem estar acompanhados de outros sintomas, como febre, cansaço ou dor nas articulações.
O tratamento da mialgia é feito pelo clínico geral, ortopedista ou reumatologista e, geralmente, envolve o uso de remédios que variam de acordo com a causa, fisioterapia e até mudanças no estilo de vida.
Sintomas de mialgia
Os principais sintomas de mialgia são:
- Dor muscular moderada a intensa;
- Dor que piora ao repousar ou movimentar o membro afetado;
- Dor muscular que ser constante ou durar alguns minutos;
- Sensibilidade, vermelhidão ou inchaço no músculo afetado;
- Dor localizada, em apenas um músculo, ou dor no corpo todo.
Dependendo da sua causa, a mialgia pode ser acompanhada de outros sintomas, como febre, cansaço excessivo, fraqueza, depressão ou dor nas articulações.
É importante consultar um clínico geral, ortopedista ou reumatologista caso a dor seja intensa ou constante, para que seja identificada a causa e iniciado o tratamento mais adequado.
Principais causas de mialgia
As principais causas de mialgia são:
1. Atividades físicas
As atividades físicas são a causa mais comum de mialgia podendo ocorrer devido ao uso excessivo do músculo, levantar peso de forma errada ou lesões durante o exercício, como a distensão muscular ou câimbra, por exemplo.
Além disso, não realizar aquecimento antes da atividade física e alongamento após o término, pode aumentar o risco de lesões musculares e desenvolvimento de mialgia.
O que fazer: a preparação para o exercício físico é muito importante para evitar lesões musculares e, por isso, é importante investir no aquecimento antes do treino, alongamento após o treino, manter o corpo hidratado durante a atividade física e ter uma alimentação adequada algum tempo antes de começar o exercício. Saiba o que comer antes e depois do treino.
2. Estresse ou ansiedade
O estresse ou ansiedade excessivos podem causa tensão nos músculos dos ombros, pescoço e costas, resultando em espasmos musculares e mialgia, e dificultar ou as atividades do dia a dia.
Além da mialgia, outros sintomas que podem surgir são fraqueza muscular, dor de cabeça ou sensação de formigamento nas extremidades.
O que fazer: adotar medidas para reduzir o estresse e a ansiedade é a atitude mais eficaz para evitar as dores musculares. Assim, é importante adotar uma dieta equilibrada, praticar exercício físico regular, gerir bem o tempo e descansar o suficiente para repôr energias. Além disso, em alguns casos, pode ser necessário fazer terapia com a ajuda de um psicólogo ou até usar remédios indicados pelo psiquiatra. Saiba como aliviar o estresse a a ansiedade.
3. Depressão
A depressão é um transtorno psicológico caracterizado por tristeza persistente, sentir-se triste, ansioso ou "vazio", falta de interesse para realizar atividades que antes eram consideradas prazerosas ou ter sentimentos de falta de esperança ou pessimismo frequentes. Saiba identificar todos os sintomas de depressão.
Além dos sintomas psicológicos, a depressão também pode causar sintomas físicos como mialgia, sensação de falta energia ou cansaço constante.
O que fazer: o tratamento da depressão deve ser feito pelo psiquiatra podendo ser indicado psicoterapia para ajudar a lidar melhor com as emoções e sentimentos, e em alguns casos uso de remédios antidepressivos, como amitriptilina, fluoxetina, citalopram, venlafaxina ou duloxetina, por exemplo. Veja os principais remédios para depressão.
4. Gripe
A gripe pode causar mialgia principalmente nas costas e pernas, além de outros sintomas como febre, fraqueza, cansaço, tosse, espirros ou dor de garganta por exemplo.
O que fazer: deve-se manter o corpo hidratado, bebendo bastante líquido e fazer repouso. Além disso, o otorrinolaringologista pode recomendar o uso de remédios analgésicos, anti-inflamatórios ou descongestionantes, como paracetamol, ibuprofeno ou desloratadina, por exemplo, para ajudar a aliviar os sintomas.
5. Doença de Lyme
A doença de Lyme é uma infecção causada pela bactéria Borrelia burgdorferi que é transmitida a humanos através da picada do carrapato infectado com essa bactéria.
Essa infecção pode causar sintomas como febre, mal estar geral, tontura, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações, dor no peito, palpitações cardíacas ou dificuldade para respirar.
O que fazer: o tratamento é feito pelo infectologista com o uso de antibióticos como a doxiciclina, por exemplo, e quanto mais cedo se inicia o tratamento, mais rápida é a recuperação, evitando as complicações. Veja como é feito o tratamento da doença de Lyme.
6. Hipotireoidismo
O hipotireoidismo é uma diminuição da produção de hormônios T3 e T4 pela tireoide, resultando em sintomas como dor nos músculos e articulações, cansaço, fraqueza e indisposição, pele seca e áspera ou aumento do peso.
A causa do hipotireoidismo pode ser autoimune, ou ocorrer por deficiência de iodo ou alterações na glândula pituitária no cérebro que produz o hormônio TSH, que estimula a tireoide a produzir T3 e T4.
O que fazer: o tratamento do hipotireoidismo deve ser feito com a orientação do endocrinologista, e normalmente envolve remédios, como a levotiroxina, para repor os hormônios tireoidianos. Veja como é feito o tratamento do hipotireoidismo.
7. Fibromialgia
A fibromialgia é uma das doenças reumatológicas mais comuns, cujo principal sintoma é a dor muscular generalizada, em vários pontos do corpo.
Além disso, outros sintomas da fibromialgia são fadiga, rigidez muscular, formigamento nas mãos e também depressão e distúrbios do sono, levando a uma piora da qualidade de vida.
O que fazer: o tratamento deve ser orientado pelo reumatologista que pode indicar o uso de remédios analgésicos ou antidepressivos, fisioterapia ou exercício físico. Saiba mais como é feito o tratamento da fibromialgia.
8. Síndrome da fadiga crônica
A síndrome da fadiga crônica, também chamada de encefalomielite miálgica, é uma doença caracterizada pelo cansaço excessivo, que dura mais de 6 meses, e não tem causa aparente.
Além do cansaço excessivo, essa síndrome também pode causar dor muscular, dor nas articulações, dificuldade para se concentrar e dor de cabeça, por exemplo.
O que fazer: o tratamento deve ser orientado pelo reumatologista para diminuir os sintomas e melhorar a capacidade da pessoa na realização de suas tarefas diárias, podendo ser recomendado psicoterapia, prática regular de exercício físico ou uso de remédios, como anti-inflamatórios ou antidepressivos, por exemplo. Veja os principais tratamentos para a síndrome da fadiga crônica.
9. Artrite reumatoide
A artrite reumatoide é uma doença autoimune, inflamatória e crônica que provoca rigidez, dor e inchaço nas articulações, podendo também causar inflamação e dor muscular.
O que fazer: o tratamento da artrite reumatoide deve ser orientado pelo ortopedista ou reumatologista, de acordo com a gravidade dos sintomas, podendo ser indicado o uso de remédios anti-inflamatórios, corticoides, imunossupressores ou agentes biológicos, além de sessões de fisioterapia. Veja todos os remédios que podem ser indicados para o tratamento da artrite reumatoide.
10. Deficiências nutricionais
Algumas deficiências nutricionais, como deficiência de vitamina D ou de potássio, podem causar mialgia, além de outros sintomas como câimbras, dor nos ossos, cansaço, mal estar geral ou até alteração nos batimentos cardíacos.
O que fazer: deve-se consultar um clínico geral para realizar exames e identificar o tipo de deficiência nutricional que pode estar causando a dor muscular, e assim, ser indicado o tratamento mais adequado que pode envolver alterações na alimentação ou uso de suplementos. Veja os principais alimentos ricos em potássio.
11. Uso de remédios
O uso de remédios principalmente as estatinas, que são indicadas para baixar o colesterol, podem ter como efeito colateral a dor muscular, além de dor de cabeça ou sensação geral de fraqueza.
O que fazer: deve-se consultar o médico responsável pelo tratamento, para reavaliar a medicação, podendo ser mudada a dose ou o remédio. De forma alguma, deve-se interromper o tratamento sem indicação médica.